Até quinta-feira (28), o Pavilhão João Calmon (PJC), no campus Darcy Ribeiro, está recebendo 54 escolas para a tradicional Mostra de Cursos da UnB, que apresenta as graduações ofertadas na Universidade a estudantes do ensino médio. O evento é organizado pela Diretoria de Inovação e Estratégias para o Ensino de Graduação do Decanato de Ensino de Graduação (Dieg/DEG) e faz parte da programação da Semana Universitária 2023, com o tema O Futuro é Feminino!.
A exposição com 54 cursos é protagonizada por estudantes da UnB, que explicam detalhes sobre suas graduações para os futuros universitários. “Eles trazem o material normalmente utilizado em aula prática ou então banners. Assim, os estudantes de escolas com alguma identificação ou que já desejam fazer um determinado curso de graduação podem ter alguma prática e vivência”, ressalta a docente da Faculdade de Ceilândia (FCE) e diretora da Dieg, Thaís Lamounier.
Entre as exibições do curso de Saúde Coletiva dos campi Darcy Ribeiro e UnB Ceilândia, a docente aproveitou a iniciativa da graduação do campus da Asa Norte, que pela primeira vez na Mostra de Cursos estava vacinando contra a gripe e covid-19. A ação estava prevista apenas para o primeiro dia da Mostra.
Segundo o estudante Carlos Henrique, do Centro Educacional 06 do Gama, que está no 1° ano do ensino médio e acompanhou as explicações dos discentes da UnB, o evento vai ajudar “a escolher em qual área da Universidade prosseguir”. No fim do ano ele realiza a primeira etapa do Programa de Avaliação Seriada (PAS).
A estudante de Saúde Coletiva do campus Darcy Ribeiro, Laura Almeida, está no 6° semestre e percebe a relevância da ação para expandir o alcance da graduação para os alunos visitantes.
“No ano passado fizemos a Mostra de Cursos e neste ano a nota de corte do curso aumentou. Nós vimos que mais estudantes vieram atrás dessa graduação”, conta a discente. Ela cita ainda que o curso cresceu após a pandemia, quando a comunidade entendeu a importância de um sanitarista.
Já Bruna Morais, estudante do 6° semestre de Engenharia de Energia, aponta a dimensão para os alunos do ensino médio em poderem ver “a representação de uma mulher dentro de um curso de engenharia”.
“Acredito que talvez a engenharia seja mal interpretada por muitos, por pensarem que é apenas cálculo. Acho que todo e qualquer sistema do mundo precisa de um engenheiro para solução de problema, manutenção e operação. Ser mulher e estar em um curso de engenharia é romper todos esses tabus”, afirma.
Para a professora de português Yohara Lauene, do Centro Educacional 11 de Ceilândia, a mostra é uma oportunidade positiva para eles se familiarizarem com a Universidade, já que a maioria dos alunos nunca entraram em uma faculdade.
“Isso vai nos ajudar muito a descobrir o que queremos. A cada sala que passamos nós vamos conhecendo sobre engenharia, enfermagem, etc.. E isso é legal porque nós vamos aprendendo e nos identificando mais com a área que nós queremos”, conta a estudante Maria Heloísa, do 2° ano do ensino médio do CED 11.
*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.