Começou ontem (24) o 22º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 13º do Distrito Federal, evento sediado na Universidade de Brasília (UnB). A programação segue até o dia 27 de outubro. Durante estes dias, 2.351 trabalhos serão apresentados para a comunidade. São estudos desenvolvidos na graduação (2.340) e no ensino médio (37), produzidos entre agosto de 2015 e julho de 2016 nos Programas de Iniciação Científica da UnB, da Universidade Católica de Brasília (UCB), do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF). Os trabalhos estão inseridos em três grandes áreas: Ciências da Vida, Humanas e Exatas. O tema deste ano foi Sustentabilidade: o futuro em nossas mãos.
Na tarde desta segunda-feira (24), no auditório Joaquim Nabuco, da Faculdade de Direito (FD) da UnB, ocorreu o evento de abertura do Congresso. Estavam presentes o reitor da Universidade, Ivan Camargo; o coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação da UDF, Bernardo Petriz; a Coordenadora do Comitê Interno de Iniciação Científica da UCB Silvia Alencar e a assessora de Pós-graduação e Pesquisa do UniCEUB, Fernanda Costa.
Egressa da UnB, Silvia Alencar comentou a importância da realização da pesquisa, desde a graduação. Segundo ela, o Congresso traz oportunidades de aprendizado e troca de conhecimentos. “Temos todos os instrumentos para mostrar ao Distrito Federal nosso crescimento na área científica”, disse.
Em sua fala, a assessora do UniCEUB, Fernanda Costa, concordou com Sílvia: “Temos excelentes chances de realizar contatos com outros colegas e com outras instituições”, afirmou.
O reitor da UnB agradeceu as representações de UCB, UDF e UniCEUB no Congresso. “O futuro está em nossas mãos”, falou. “Aproveito para dizer que a vida de pesquisador é muito boa. Há grande reconhecimento. É uma ótima carreira”, incentivou.
MARGARET MEE – A segunda mesa foi composta pela vice-reitora da UnB, Sônia Báo; pelo decano de Pesquisa e Pós-graduação (DPP/UnB), Jaime Martins de Santana; pela presidente da comissão organizadora do Congresso e diretora de Fomento à Iniciação Científica do DPP, Heloísa Salles, e pelo palestrante Marcos Silva Ferraz.
Professor do Instituto de Ciências Biológicas (IB), Ferraz falou sobre Ilustração Científica e Sustentabilidade. Segundo o pesquisador, "a imagem faz parte da sociedade e está cada vez mais presente". De acordo com os dados apresentados na palestra, de 1990 para cá houve aumento de 400% do uso de imagens na literatura; e de 2007 até agora, registrou-se um crescimento de 9.900% na internet.
“A ilustração científica é instrumento de comunicação. Seja entre pares, entre cientistas e leigos, no processo de ensino, ou para incentivar o público infanto-juvenil”, declarou. “A aplicação da ilustração científica é enorme. Seja para coisas que existem, seja para as que não existem mais, como os dinossauros”, exemplificou.
A seguir, Ferraz apresentou o trabalho de Margaret Mee, artista botânica inglesa que morou no Brasil por 36 anos. Neste período, ela realizou 15 expedições à floresta amazônica, para registrar a flora. “Margaret passou a ilustrar as plantas dentro do contexto em que estavam inseridas para mostrar o desmatamento, o que era incomum”, comentou.
Os estudantes Débora Hanna (UniCEUB), Felipe Moura (UDF) e Luana Almeida Silva (UCB) compuseram a terceira mesa do evento. O trio compartilhou as experiências vividas enquanto participaram de programas de iniciação científica.
Ao final, a presidente da comissão organizadora, Heloísa Salles, apresentou panorama geral do Congresso. No dia 11 de novembro, serão divulgados os trabalhos vencedores nas três grandes áreas, selecionados pelo Comitê Institucional Gestor do ProIC. A cerimônia de premiação ocorrerá às 15h, no auditório do Instituto de Ciência Política da UnB.