O governo federal divulgou aumento em diversas bolsas de estudos. O anúncio foi feito pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva em cerimônia com ministros e representantes da comunidade acadêmica e científica, entre os quais, a reitora da Universidade de Brasília, Márcia Abrahão. O evento ocorreu nesta quinta-feira (16), no Palácio do Planalto. Na UnB, mais de 2.450 estudantes serão beneficiados.
O auxílio de iniciação científica na graduação passa de R$ 400 para R$ 700, aumento de 75%. Bolsistas de mestrado e doutorado, que recebem R$ 1,5 mil e R$ 2,2 mil, respectivamente – desde 2013 – terão acréscimo de 40%, subindo para R$ 2,1 mil e R$ 3,1 mil. No caso do pós-doutorado, o benefício teve reajuste de cerca de 25%, indo de R$ 4,1 mil para R$ 5,2 mil. Os novos valores passam a valer em março.
Atualmente, a UnB tem, entre os bolsistas que recebem recursos federais, 739 de mestrado, 902 de doutorado, 18 de pós-doutorado, 620 de iniciação científica na graduação e 173 recebem a Bolsa Permanência. “O aumento das bolsas é uma grande conquista para a comunidade acadêmica, após anos de desmonte. Fazer ensino, pesquisa e extensão requer, além de planejamento e um corpo técnico e docente altamente qualificado, dinheiro", destaca a reitora Márcia Abrahão.
Os estudantes dependem do benefício para continuar a desenvolver seus trabalhos. "O retorno que a sociedade brasileira terá no futuro com esse investimento será enorme. Se um país quer sempre estar se desenvolvendo, melhorando, oferecendo bem-estar para as pessoas, é fundamental a promoção e a defesa da ciência”, acrescenta a reitora.
A Bolsa Permanência varia de R$ 400 a R$ 900, um acréscimo entre 55% e 75%. O auxílio tem foco em estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, quilombolas, indígenas de instituições federais de ensino superior e integrantes do Prouni. O benefício foi criado em 2013 e nunca passou por reajuste.
O presidente Lula também informou que o número de bolsas de mestrado será ampliado. Em 2015, eram 58,6 mil. No ano passado, a oferta era de 48,7 mil, queda de aproximadamente 17%. Agora, serão 53,6 mil.
O investimento para o aumento das bolsas é de R$ 2,38 bilhões, destinado a programas de instituições como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os recursos são provenientes dos ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
PROFESSORES – As bolsas de formação de professores da educação básica terão acréscimos que variam de 40% a 75%. Os valores repassados, atualmente, são entre R$ 400 e R$ 1,5 mil. Os recursos vão beneficiar, este ano, 125,7 mil futuros professores.
ENSINO MÉDIO – Jovens do ensino médio que participam de editais de iniciação científica também receberão reajuste nas bolsas. Elas sobem de R$ 100 para R$ 300. O objetivo dos programas é promover a produção científica de estudantes.
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