COMUNICAÇÃO

Expectativas, desafios e caminhos para ampliar atuação como televisão pública educativa foram temas dos debates

 

Foto: Beatriz Ferraz/Secom UnB

 

Estimular uma comunicação pública que respeite os anseios do cidadão e difundir conhecimento e cultura por meio de uma programação educativa. Essas são algumas das propostas da UnBTV, que em 2016 completa uma década. O canal universitário foi ao ar pela primeira vez no dia 21 de novembro de 2006, pelo Canal 15 da NET, e hoje atua como um dos principais veículos de divulgação de ensino, pesquisa e extensão na Universidade. Para comemorar essa trajetória, estudantes, professores e servidores da TV estiveram reunidos na última sexta-feira (10), no auditório Pompeu de Sousa da Faculdade de Comunicação (FAC), durante o Seminário UnBTV 10 anos.

 

Colaboradores na fundação do canal e diretoria participaram da mesa de abertura, que discutiu conquistas e perspectivas para os próximos anos. A programação contou ainda com mesa sobre A importância da TV universitária para a comunicação pública e para a ciência e a tecnologia. Diretora da TV, Neuza Meller, diretor da FAC, Fernando Paulino, professor Murilo César Ramos, senador Hélio José e reitor da UnB, Ivan Camargo, tocaram o debate.

 

“Essa TV só está de pé por causa do esforço e determinação dessas pessoas que estão desde o começo conosco”, foi o elogio da diretora Neuza Meller aos colegas que dividiam a mesa ao início do seminário. Inserida na estrutura organizacional do Centro de Produção Cultural e Educativa (CPCE) somente em 2015, a história da UnBTV se confunde à do próprio centro, já que de lá partiu a ideia de criação do canal. Atualmente, 15 programas se revezam durante as 12 horas diárias que a TV permanece no ar.

 

Apesar do projeto inovador, Bruno de Castro, diretor de programas da EBC e um dos fundadores da UnBTV, apontou as dificuldades enfrentadas para implantação da unidade, o que incluiu questões como falta de verba e de parcerias formalizadas com outras instituições. Também avaliou atuais necessidades, como melhoria das instalações e equipamentos, além da migração para canal aberto. “É um futuro da UnBTV chegar a um canal aberto digital para desenvolver programas de educação e interatividade”, comentou.

Seminário também abordou os desafios da comunicação pública e as perspectivas para a UnBTV. Foto: Beatriz Ferraz / Secom UnB

 

Para o ex-diretor da TV e professor da FAC, Armando Bulcão, esse objetivo só se justificaria se a UnBTV passasse a investir não só em programação atrativa, mas também em um projeto de ensino a distância, já que a intenção do canal é justamente dialogar com modos diferentes e interativos de se fazer televisão educativa.

 

Durante a manhã de atividades, também foram exibidos alguns dos programas criados por estudantes que estagiaram na TV e hoje estão no mercado de trabalho, como o Gentevê, que propôs maior participação do público nos conteúdos produzidos pelo canal, e o Puxando Papo, um programa humorístico. Antigos integrantes do quadro da TV também relataram as experiências positivas no período em que trabalharam lá.

 

FUTURO – Os desafios da realização de uma comunicação pública que atenda aos interesses da sociedade como, por exemplo, o acesso ao conhecimento científico, também foram fonte das discussões da segunda mesa do evento. Entre os projetos que estão em fase de consolidação, a equipe da UnBTV integra um grupo de trabalho para apresentar propostas de aprimoramento das políticas de comunicação da Universidade com o intuito de promover maior integração entre os diversos canais de comunicação institucionais.

 

Alguns dos investimentos no canal universitário necessários para efetivar essa iniciativa foram listados pelo diretor da FAC, Fernando Paulino. Entre eles: melhoria do sinal da televisão, parcerias com fundações de apoio para captação de recursos para iniciativas de comunicação, parcerias com órgãos externos, capacitação dos servidores e espaço físico adequado para realização das atividades cotidianas.

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