Mais inclusão e oportunidade para o fazer científico. Esse é o resultado da seleção para o Programa de Iniciação Científica (ProIC) da Universidade de Brasília referente ao período 2017-2018, que registrou um total de 2.526 alunos participantes, entre bolsistas e voluntários. O número representa crescimento de 41% em relação a 2016. Outro destaque refere-se à quantidade de docentes contemplados com bolsas para seus projetos, cujo salto foi de 705 para 955.
Os dados são da Diretoria de Fomento à Iniciação Científica, vinculada ao Decanato de Pós-Graduação (DPG), e referem-se ao resultado final dos editais do ProIC para alunos de graduação, divulgado neste mês de julho. “Esse balanço retrata nosso compromisso em incluir novos docentes e alunos no Programa”, destaca a decana de Pós-Graduação, Helena Shimizu.
Estudante do 7º semestre de Terapia Ocupacional na UnB Ceilândia, Gabriele Meneses de Lima é novata no ProIC. Contemplada com uma bolsa pelo projeto Saúde mental infanto-juvenil nos jovens em conflito com a lei da unidade de internação de Santa Maria, a aluna está animada para vivenciar a pesquisa científica.
“Tenho ótimas expectativas em relação ao aprendizado que vou ter no Programa. Até porque, no meu curso, a gente valoriza muito a pesquisa como fundamento que embasa nossas práticas. Além disso, é uma grande oportunidade, porque tenho planos de prosseguir no mestrado”, diz.
Confira abaixo o balanço do ProIC:
INCLUSÃO – O diretor de Fomento à Iniciação Científica, Sérgio Granemann, destaca que a inclusão de novos professores no programa foi possível graças a uma análise mais atenciosa dos projetos e planos de pesquisas que concorreram aos editais, de forma a balancear o peso que é dado aos currículos dos docentes. “Professores com excelentes currículos continuaram a ser contemplados, mas o aumento na quantidade de bolsas e sua melhor distribuição possibilitou inserir novos profissionais”, garante o diretor.
É o caso de Martha Veras Rodrigues, professora no curso de Engenharia de Produção da Faculdade de Tecnologia (FT) e novata no ProIC. Apesar de ter vínculo com a Universidade desde 2006, ela conta que não se sentia estimulada a participar da seleção do ProIC. “É mais difícil para professores iniciantes somar pontos na análise curricular. É como a situação do jovem em busca do primeiro emprego, não se pode exigir que ele tenha experiência para ser contratado”, ilustra. “Entendo que essa é uma oportunidade para que o professor aumente sua produção científica e tenha condições de pleitear sua inserção na pós-graduação”, complementa.
MUDANÇAS À VISTA – Para a próxima seleção, os comitês assessor e gestor do ProIC estudam alterações no modelo de avaliação. “Será um aperfeiçoamento para tornar nosso programa mais inclusivo e de maior qualidade. A grande busca é pelo equilíbrio na avaliação do projeto, plano de trabalho, participação discente e análise curricular do docente”, detalha Sérgio Granemann.
A decana Helena Shimizu explica a importância das medidas para tornar o programa mais inclusivo. “O ProIC é uma oportunidade para esse professor trabalhar e orientar alunos de iniciação científica, e para produzir e publicar artigos científicos. Essas são condições necessárias para que ele consiga se credenciar como docente em programas de pós-graduação”, avalia. De acordo com o decanato, outras melhorias estão sendo pensadas para o médio prazo, como a modernização do sistema utilizado nas seleções do ProIC, o Sibol Web, e o desenvolvimento de sistema para acompanhamento de egressos.
ProIC – O Programa de Iniciação Científica visa despertar a vocação científica de estudantes e prepará-los para o ingresso na pós-graduação. Anualmente, são publicados três editais destinados a alunos de graduação: Programa de Iniciação Científica (PIBIC), Programa de Iniciação Científica em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), Programa de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (PIBIC-AF). Além destes editais, há também o do Programa de Iniciação Científica para Ensino Médio (PIBIC-EM), que nesta edição selecionou 120 alunos de escolas do Distrito Federal relacionados a projetos de vinte docentes da UnB.
Podem participar da iniciativa alunos regularmente matriculados em disciplinas de curso de graduação de qualquer instituição de ensino superior do Distrito Federal, ou alunos do ensino médio, no caso do PIBIC-EM. A pesquisa é dividida nas áreas de Exatas e Tecnologia, Artes e Humanidades, Saúde e Vida, oferecendo oportunidades para as diversas vocações profissionais dos universitários.
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