Neste início de semestre letivo, a Secretaria de Comunicação publica uma série de matérias com informações sobre os principais serviços disponíveis aos estudantes da Universidade de Brasília e à comunidade externa. Agora, conheça mais sobre iniciação científica.
Despertar a vocação científica de estudantes de graduação e prepará-los para o ingresso na pós-graduação são os principais objetivos do Programa de Iniciação Científica (ProIC) da Universidade de Brasília. A pesquisa pode ser realizada nas áreas de Exatas e Tecnologia, Artes e Humanidades, Saúde e Vida, oferecendo oportunidades para as diversas vocações profissionais dos universitários.
A estudante de Biotecnologia Helena Ipê Guimarães está no quarto ano do curso e vivencia a iniciação científica desde o segundo semestre. A experiência lhe abriu portas fora do país. "Desde que entrei na faculdade eu queria participar do Ciência sem Fronteiras, mas foi a iniciação científica que me deu um norte. Indicada pelos professores do projeto, fui para uma universidade que tinha um laboratório parceiro do nosso aqui na UnB”, conta Helena, que estudou por um ano na Universidade de Wisconsin-Madison nos Estados Unidos.
Professora do Instituto de Ciências Biológicas, Anamélia Lorenzetti Bocca orienta o projeto de pesquisa do qual participa Helena Guimarães. Para a docente, o ProIC é um diferencial na formação acadêmica dos universitários. "A iniciação científica amplia a visão do aluno porque abre uma perspectiva prática do que ele aprende na teoria. Também prepara o estudante para a pós-graduação, fazendo com que ele tenha uma capacidade maior de executar os projetos com independência. Além disso, é uma experiência que ajuda a definir os caminhos que o aluno quer ou não seguir", avalia.
COMO FUNCIONA – Todos os anos são publicados três editais destinados exclusivamente a estudantes de graduação: Programa de Iniciação Científica (PIBIC), Programa de Iniciação Científica em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) e Programa de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (PIBIC-AF), esse último voltado a alunos beneficiários de políticas de inclusão social. Há também um edital para estudantes do ensino médio de escolas públicas, previsto para ser publicado nos próximos dias.
As inscrições de projetos de pesquisa são feitas exclusivamente por docentes pelo sistema SIBOL WEB, conforme datas e orientações previstas em edital. Uma novidade do Edital PIBIC 2017/2018 é que o período de inscrição varia de acordo com a área de conhecimento, particularidade que não acontece para PIBITI e PIBIC-AF. Outra inovação é que, com exceção do processo para ensino médio, todos os editais passam a ter as inscrições feitas pela internet – facilidade que antes só se aplicava ao PIBIC.
Os projetos aprovados têm duração de 12 meses, com início em agosto e término em julho do ano seguinte. Ao final, os estudantes participam do Congresso de Iniciação Científica da UnB, quando apresentam os resultados finais da pesquisa.
QUEM PODE PARTICIPAR – Alunos regularmente matriculados em disciplinas de curso de graduação de qualquer instituição de ensino superior do Distrito Federal podem participar do ProIC, desde que atendam as exigências previstas em edital. Entre os requisitos estão: ser selecionado e indicado pelo orientador para o projeto de pesquisa em questão; apresentar Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) igual ou superior a três; ter currículo na Plataforma Lattes do CNPq.
O universitário interessado na iniciação científica pode obter informações sobre os projetos em andamento e a previsão de novas propostas com os professores ou coordenadores de cursos de graduação ou pós-graduação de cada departamento. Outra possibilidade é que o aluno apresente sua proposta de pesquisa a um docente interessado em orientar e submeter o projeto aos editais do ProIC.
Para incentivar novos pesquisadores, 20% das bolsas do ProIC são destinadas a docentes recém-doutores (titulados a partir de 2014) ou docentes mestres. “O programa é um caminho para professores novos na Universidade ou jovens doutores que querem pesquisar e atuar na pós-graduação, mas que ainda não têm produção científica regular ou não têm oportunidades de credenciamento como orientadores nos programas de pós-graduação. Por isso, é uma política de inclusão não apenas de alunos, mas também de docentes”, enfatizam a decana de Pós-Graduação, Helena Shimizu, e o diretor de Fomento à Iniciação Científica, Sérgio Granemann.
BOLSISTAS – Estudantes que ingressam no ProIC podem participar na categoria remunerado (bolsista) ou voluntário. Quando remunerado, o valor da bolsa será de R$ 400 por mês, sendo necessário declarar que não possui vínculo empregatício, não recebe qualquer modalidade de bolsa (de outro programa do CNPq, da UnB, da FAP/DF ou de outra Agência de Fomento) e não participa de monitoria remunerada.
A seleção de bolsistas obedece à classificação no processo seletivo, escore que envolve a análise do perfil do orientador (que engloba sua experiência de orientação e sua produção científica, tecnológica e cultural) e o mérito científico da proposta. É permitido o acúmulo da bolsa PIBIC somente com bolsa de permanência e com estágio remunerado, conforme regras do certame.
MELHORIAS – A modernização do sistema SIBOL WEB é uma das metas da atual gestão, de acordo com o diretor Sérgio Granemann. Ele explica que o fracionamento do período de inscrição de projetos de PIBIC é uma solução paliativa, mas que há planos de longo prazo. “Até o ano passado tudo era feito no mesmo período, porém o sistema não suportava a carga de inscrição e o envio de arquivos. Então, adotamos o escalonamento das inscrições para reduzir o pico de demanda e evitar desconforto e dificuldades para o usuário. Nossa meta é a modernização desse sistema para possibilitar que inscrições e envio de produtos e relatórios sejam feitas ao mesmo tempo para todos os editais", afirma o gestor.
O desenvolvimento de novas funcionalidades, como a geração de relatórios estatísticos, é uma das prioridades de melhoria no sistema. “Precisamos de indicadores para verificar se os objetivos da pesquisa foram alcançados; se os egressos do programa ingressaram na pós-graduação; se os participantes conseguiram colocação no mercado profissional devido à experiência do ProIC”, afirma o diretor, que avalia as possibilidades de modernização junto ao CPD.
De acordo com o Decanato de Pós-Graduação, o Comitê de Gestão do ProIC será ampliado e os programas de pós-graduação podem contribuir indicando professores para participar efetivamente da avaliação e execução da iniciação científica.
SOBRE – A decana de Pós-Graduação, Helena Shimizu, explica que o ProIC/UnB surgiu no final da década de 1990 e cresceu exponencialmente, sobretudo após o Reuni. Atualmente, o programa possui 2.376 alunos ativos, 1.153 orientadores e 1.547 projetos cadastrados. Do montante total de alunos, 945 têm pesquisas financiadas pelo CNPq ou pela Fundação Universidade de Brasília, acarretando um investimento anual de R$ 4,536 milhões. Além disso, há a expectativa de repasse de recursos por parte da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF), ainda em 2017, no valor de R$ 1,440 milhão, para custear 300 bolsas adicionais de Iniciação Científica.
SERVIÇO – O ProIC é coordenado pela Diretoria de Fomento à Iniciação Científica (DIRIC), subordinada ao Decanato de Pós-Graduação (DPG) da UnB. Outras informações podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones 3107 0825/0826.
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