EVOLUÇÃO

Dados do ProIC revelam crescimento, entre 2015 e 2020, de discentes ingressantes no mestrado e doutorado que participaram da modalidade

Decanato de Pós-Graduação está com editais abertos para participação no Pibic e no Pibiti. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

Importante experiência de inserção de graduandos no universo da ciência e para a formação de novos pesquisadores, a iniciação científica (IC) pode abrir portas para a trajetória na pós-graduação e, ainda, no mercado de trabalho. Diante do impacto gerado pela adesão de estudantes à modalidade, em 2022 a Universidade de Brasília (UnB) dobrou a oferta de bolsas de IC com auxílio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). Por meio do Programa de Iniciação Científica (ProIC), nos últimos anos a instituição tem desenvolvido estratégias para alavancar o número de participantes.

 

Reflexos da iniciativa podem ser vistos não só com o envolvimento no programa, mas também na pós-graduação. Segundo levantamento de dados do ProIC com a plataforma Sucupira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), entre 2015 e 2020, houve um forte crescimento de egressos de IC nos cursos de mestrado e doutorado da Universidade.

 

Em 2015, 0,57% dos estudantes que entraram na pós-graduação – ou seja, 14 de 2.425 – tinham sido bolsistas de iniciação científica. Já em 2020, esse quantitativo chegou a 13,87% do total de ingressantes na pós – 294 de 2.119.

 

Segundo o diretor de Fomento à Iniciação Científica da Universidade, Sérgio Granemann, tais números revelam o principal objetivo da modalidade. “Isso mostra que na UnB se faz ciência tanto na graduação como na pós-graduação e, como resultado imediato, são formados novos cientistas e pesquisadores que permitem a renovação dos quadros da instituição e do país. Por outro lado, o crescimento mostra que conseguimos iniciar, já na graduação, a formação de pesquisadores qualificados para a pós-graduação stricto sensu”, afirma.

A vivência de Joaquim Vasconcelos na iniciação científica o inspirou a ingressar na pós-graduação. Foto: Arquivo pessoal

 

Joaquim Vasconcelos foi um dos estudantes contemplados com bolsa de iniciação científica. A aproximação da pesquisa se transformou em interesse pela pós-graduação na Universidade. O discente emendou graduação e especialização, em 2008, com o mestrado, em 2016, seguidos do doutorado em 2021. Hoje, o bacharel em Saúde Coletiva pela Faculdade UnB Ceilândia (FCE) é professor do mesmo curso de sua formação no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG).

 

“A iniciação científica aumentou meu interesse pelos conteúdos disciplinares do curso. Além disso, permitiu conhecer outras realidades a partir da participação nos eventos acadêmicos em âmbito nacional e internacional. Só de me envolver com o contexto acadêmico, acabei me espelhando nos profissionais que se encontravam ali. Com isso, percebi a pós-graduação como um caminho inevitável para o sucesso profissional na minha área de formação”, explica.

 

Para Sílvia Guimarães, professora orientadora de Joaquim Vasconcelos, os docentes têm papel fundamental no incentivo à iniciação científica. Segundo a professora, a ciência possui repercussão na sociedade e precisa ser estimulada em todos os alunos de graduação. “Quando a gente começa a despertar o senso crítico e científico em um estudante, isso tem retorno para a sociedade, porque ele está ali levantando questões, tentando resolver problemas sociais. Esses estudantes, como cientistas, criam alternativas para todo um contexto além da Universidade. A docência é um local de incentivo muito importante”, ressalta.

 

Sérgio Granemann também reforça o papel da Universidade em criar oportunidades para novos bolsistas e futuros pesquisadores. Ele pontua, ainda, que um aluno que passa por uma iniciação científica tem mais chances de cursar uma pós-graduação, o que o transforma em um profissional altamente qualificado.

 

“Por meio do Decanato de Pós-Graduação (DPG) e dos programas de pós-graduação, a instituição consegue viabilizar a oferta de bolsas de mestrado e doutorado em quantidades significativas, sejam elas oriundas de recursos próprios ou externos. Tudo é coordenado, e é por isso que se busca a integração entre a graduação e a pós-graduação stricto sensu. A iniciação científica tem papel relevante nesse processo. Nossa expectativa é que isso também contribua para melhorar os índices da iniciação científica nos próximos anos, com mais e mais egressos complementando suas carreiras acadêmicas na pós-graduação” afirma.

 

OPORTUNIDADES – Para 2022, as metas da Universidade continuam fortes para os futuros pesquisadores. O DPG está com 850 vagas abertas para os interessados na iniciação científica, sendo 150 bolsas para o edital do Programa de Iniciação Científica em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti/FAP-DF 2022-2023), e mais 700 vagas para o edital do Programa de Iniciação Científica (Pibic/FAP-DF 2022-2023).

 

>> Saiba mais sobre o Programa de Iniciação Científica da UnB (ProIC)

 

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