EXTENSÃO

Delegação formada por estudantes, técnicos e docentes somou à conferência a experiência acumulada em mais de uma década de vivências na região Norte


O Núcleo de Estudos Amazônicos da Universidade de Brasília (Neaz/Ceam) promove há décadas expedições à região Norte do país e pôde levar contribuições à COP30, sediada em Belém do Pará. Clique no player e assista ao material da UnBTV sobre a participação.

 

O Núcleo de Estudos Amazônicos da Universidade de Brasília (Neaz/Ceam/UnB) levou sua expertise à COP 30, realizada em Belém do Pará no mês de novembro. A delegação foi composta por estudantes, técnicos e professores envolvidos com o projeto de extensão Vivência Amazônica, que há mais de dez anos promove imersões em territórios da região para aproximação com povos e comunidades tradicionais. A participação no evento internacional foi construída coletivamente, inspirada na trajetória do projeto e em sua articulação com movimentos sociais e parceiros locais.

 

Segundo integrantes da delegação, a ida ao encontro global sobre clima surgiu de forma natural. “Estamos há mais de dez anos organizados em torno do tema Amazônia e não podíamos ficar fora dessa COP. Depois da Vivência Amazônica deste ano, que foi para Roraima, começamos a pensar na possibilidade de vir juntos para a conferência”, conta o professor Manoel Andrade, coordenador do Neaz.

 

A preparação seguiu o modelo já conhecido pelos participantes da Vivência Amazônica, baseado em trabalho coletivo, divisão em comissões e diálogo com diferentes atores. O grupo buscou professores, pesquisadores e representantes de movimentos sociais que pudessem contribuir com a programação. A iniciativa convergiu também com a pré-COP realizada na Universidade de Brasília.

 

“Juntamos o movimento da UnB com o nosso e montamos o nosso itinerário aqui. Havia uma série de programações, e pedimos ao pessoal para privilegiar nossos parceiros da Vivência Amazônica”, diz a professora Enaile Iadanza, pesquisadora no Neaz.

 

Essa articulação permitiu a realização de atividades conjuntas e o reencontro com comunidades que já haviam participado das edições anteriores do projeto. A presença desses grupos ampliou o impacto das discussões e evidenciou o papel da Universidade na mediação entre ciência, saberes tradicionais e mobilização social.

 

EXPERIÊNCIA – Para os participantes, vivenciar a COP 30 reforçou a dimensão formativa da extensão e sua força na construção de vínculos que ultrapassam a sala de aula. “Encontrar pessoas das comunidades que vivenciamos e participar desses debates com elas é muito mais forte. A gente sente, na prática, o que a extensão é capaz de fazer e como a universidade tem esse papel de transformação social”, compartilha Franscisco Alerton Medes, estudante de Economia e extensionista no Neaz.

 

A participação na conferência também ampliou a compreensão dos estudantes sobre os desafios climáticos e ambientais, ao aproximar os conteúdos estudados na Universidade de Brasília da realidade de povos que vivem diretamente os impactos dessas mudanças. “Sair de dentro da universidade, da capital do país, para vir aqui para o Norte é dar nome, cara e voz às pessoas que a gente aprende dentro da sala de aula. É um processo formativo, uma festa da cultura e da diversidade que forma”, avalia a extensionista Luiza Castilho, estudante de Biotecnologia.

 

A delegação ressaltou ainda o caráter representativo da participação do Neaz na COP. “Estar presente é muito importante. O Neaz carrega muito isso e o nosso coletivo também. Não é só por mim: é por todo mundo com quem a gente convive, articula, conhece, mas também representa”, afirma Maria Victória Vilanço, estudantes de Relações Internacionais e integrante do Neaz.

 

A presença da Universidade de Brasília na COP 30 reforça o compromisso institucional com a pesquisa, a extensão e a formação voltadas aos desafios amazônicos e climáticos, ampliando a interlocução da universidade com comunidades, políticas públicas e agendas globais de sustentabilidade.

 

*com informações da UnBTV.

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