Em sua primeira reunião, realizada na última quinta-feira (25), os membros do Comitê Permanente de Acompanhamento das Políticas de Ação Afirmativa (Copeaa) deram início aos trabalhos com uma discussão sobre as bancas de heteroidentificação, que estarão presentes em todos os processos seletivos de graduação e pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB). A medida não se aplica a certames já iniciados, nem às concorrências de pós-graduação feitas em forma de consórcio entre a UnB e outras instituições de ensino superior. O encontro ocorreu no Salão de Atos da Reitoria.
Ao comitê, compete realizar a homologação da composição das Comissões de Validação e das Comissões Recursais da Autodeclaração Étnico-Racial dos(as) candidatos(as) negros(as), indígenas e quilombolas e, também, receber e certificar-se que denúncias de descumprimento das ações sejam apuradas. “É importante dizer que é uma tendência entre as instituições federais, e a UnB se soma a elas com objetivo de aumentar a efetividade das ações de políticas afirmativas”, detalha o decano de Ensino de Graduação, Diêgo Madureira.
Escolhida presidente do Copeaa por aclamação, Elizabeth Maria Mamede da Costa, da Faculdade UnB Planaltina (FUP), destacou que o comitê vai desenvolver atividades educativas, monitorar a implementação de políticas afirmativas, além de zelar, acompanhar e avaliar o cumprimento de tais ações. “Quero falar da minha felicidade e gratidão por ser a primeira presidente. Estou ciente da responsabilidade. É a continuidade de um trabalho que já tinha se iniciado na Universidade”, disse a professora. O objetivo da iniciativa é tornar a comunidade acadêmica da UnB cada vez mais diversa.
Presente à abertura da reunião, o vice-reitor Enrique Huelva saudou os membros do comitê e agradeceu “a disposição de todos de participar de algo tão importante para a UnB”. O Copeaa foi criado como resultado de diversas discussões sobre o tema e visa dar mais transparência ao processo seletivo e garantir acesso às políticas afirmativas estabelecidas pela UnB – primeira instituição federal a adotar o sistema de cotas raciais, em 2003. Desde então, a Universidade vem aprimorando a forma de ingresso na comunidade acadêmica de negros, indígenas e quilombolas.
Vinculado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), o Copeaa terá mais duas reuniões este ano para definir grupos de trabalho. Ao todo, o comitê conta com 12 membros: a presidente Elizabeth Maria Mamede da Costa; Felipe Canova Gonçalves, da Coordenação de Processos Seletivos; Edson Willy Cirqueira de Oliveira, que trabalhou na Comissão de Heteroidentificação do Decanato de Pós-Graduação (DPG); Dalila Fernandes Negreiros, da Coordenação Negra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH); Cláudia Regina Nunes dos Santos Renault, da Coordenação Indígena da SDH; Daniel Alves Moraes de Almeida, da Coordenação de Orientação e Supervisão das Unidades Avançadas; Joaze Bernardino Costa, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam); Nelson Fernando Inocêncio da Silva, do Instituto de Artes (IdA); Renísia Cristina Garcia Filice, da Faculdade de Educação (FE); Breitner Luiz Tavares, da Faculdade UnB Ceilândia (FCE); Mariléa de Almeida, do Instituto de Ciências Humanas (ICH); e Thiago Sebastiano de Melo, do Centro de Excelência em Turismo (CET).
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