Promovendo diálogo com as unidades acadêmicas, a Administração Superior da Universidade de Brasília se reuniu com estudantes, professores e técnicos da Faculdade de Ciência da Informação (FCI), na sexta-feira (22), para ouvir demandas e esclarecer dúvidas. O encontro, realizado no auditório da FCI, foi espaço de debate sobre questões como infraestrutura predial, assistência estudantil para pós-graduação e orçamento.
A reitora Márcia Abrahão relembrou que a gestão priorizou a ampliação do orçamento de unidades acadêmicas mesmo em meio ao cenário de cortes e reduções. “Sabemos de todas as dificuldades e necessidades nesse período. Estávamos sobrevivendo, mas conseguimos muito mais do que sobreviver: somos a única Universidade que tem um orçamento na matriz para extensão, para a qual destinamos R$ 500 mil, com distribuição proporcional do valor”, ressaltou a reitora.
Ao reforçar a necessidade de trabalhar pela interseccionalidade de ensino, pesquisa e extensão, a decana de Extensão, Olgamir Amancia, afirmou que houve um aumento de 60 para 2.040 projetos institucionalizados no sistema em 2023. “Aqui na UnB nós temos esse salto de qualidade em relação ao aporte de recursos para extensão. O recurso é pequeno, de fato, mas, quando se compara onde estávamos com onde estamos, vemos um grande avanço. E essa batalha tem que continuar”, pontuou a decana.
O diretor da FCI, Renato Tarciso, destacou o rendimento do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCINF), nota cinco pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Apesar disso, o programa demanda espaços de atendimento e salas de estudos, segundo o coordenador do PPGCINF, Clovis Britto. Dentre as questões citadas pelo diretor, estão a superlotação de turmas e os problemas estruturais do prédio. “Não temos para onde crescer ou remodelar o nosso prédio. Há uma demanda da nossa comunidade por um novo prédio, para o qual temos o projeto pronto”, disse Renato Tarciso.
Ao relembrar o primeiro plano de obras feito pelo Conselho de Administração, em 2017, a reitora Márcia Abrahão afirmou que essa atuação é distribuída entre as unidades e que, aos poucos, as obras planejadas foram feitas, apesar de implicações orçamentárias. “Nós temos conseguido priorizar as atividades da Universidade. Com relação ao prédio, o que precisamos fazer é a proposta no plano de obras. Quando assumimos havia muitas obras inacabadas, que desde então estamos concluindo.”
Segundo o coordenador do curso de Biblioteconomia, Márcio Bezerra, os equipamentos dos laboratórios de informática estão defasados. Em resposta, o secretário de Infraestrutura, Augusto César Dias, reconheceu a necessidade de uma infraestrutura mais “robusta” nos espaços. “Vamos dialogar com as áreas e ver as reais necessidades, pensando também no futuro. Para chegarmos a um modelo de prédio que atenda as necessidades de vocês.”
ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL – Representante discente do mestrado de Ciência da Informação, Kátia Silene solicitou amparo aos estudantes da pós-graduação, como por meio da gratuidade das três refeições diárias no Restaurante Universitário (RU). A reitora Márcia Abrahão relembrou que a maioria das universidades atende especificamente a uma legislação de assistência e que o perfil para ser contemplado com os benefícios é ter a renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio.
A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, afirmou que o orçamento estudantil obterá aumento no próximo ano. Contudo, o acréscimo abarca somente estudantes de graduação presencial. Estão previstos para lançamento editais destinados à aquisição de equipamentos de informática e de pesquisa utilizando recursos da Universidade.
A decana refletiu sobre o orçamento de 2024, em que haverá aumento de 5,04%, bastante inferior às necessidades da Universidade. Lembrou que na FCI, de 2016 a 2023, o aumento de recursos foi de 67%. “Nosso cenário orçamentário não aponta para a melhoria dos recursos da instituição. É importante entender isso, porque nossos desejos precisam estar conformados com o orçamento que temos”, ressaltou Denise Imbroisi.
XIV ENEMU – O 14º Encontro Nacional de Estudantes de Museologia (Enemu) será sediado na UnB em 2024 e reunirá estudantes de museologia de todo o país para estabelecer diálogo sobre a área de pesquisa. A última edição ocorreu neste ano, na Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais.
Representante discente do curso de Museologia, Ana Clara Bispo pediu apoio da Reitoria e da Prefeitura para a realização do evento. “A gente tem apoiado os estudantes nesses encontros. O que estiver sob responsabilidade da Prefeitura, iremos apoiar firmemente. Que venha o encontro de vocês no próximo ano!”, disse o prefeito da UnB, Valdeci Reis.