BEM-ESTAR AO ENVELHECER

Integram o estudo 19 universidades federais brasileiras. No Distrito Federal, haverá coleta de dados em duas Unidades Básicas de Saúde

À esquerda, a docente Juliana Martins Pinto, coordenadora do projeto Icope em Brasília, ao lado de pesquisadores e coordenadores que comandam o estudo em outros estados. À direita, a professora Flávia Abreu, parte da equipe local. Foto: Arquivo pessoal

 

Diante do aumento do envelhecimento da população mundial, torna-se necessário dedicar olhar aos cuidados demandados pelas pessoas idosas. Neste sentido, a UnB e outras 18 universidades federais integram estudo realizado por várias instituições de ensino superior brasileiras sobre cuidados na saúde pública para aquele grupo populacional.

 

O estudo analisa o manual Integrated Care for Older People (Icope, da sigla em inglês), criado em 2020 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com diretrizes para profissionais de saúde a respeito do cuidado integrado à pessoa idosa. Assim, o Icope Brasil avalia a aplicação do documento no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) no país. A expectativa é avaliar 500 pacientes idosos em Brasília e que a pesquisa dure 24 meses.

 

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A docente da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) Juliana Martins Pinto coordena o estudo em Brasília, com uma equipe composta pelas professoras Karla Vilaça e Flávia Abreu (ambas da Universidade Católica de Brasília) e Patricia Azevedo Garcia (FCE), junto a discentes de graduação e pós.

 

ICOPE – Voltado para países em desenvolvimento, o manual Icope detalha os processos do cuidado integrado à pessoa idosa, com a identificação das necessidades, busca por esse grupo na população, conexão e facilitação do acesso aos serviços disponíveis na comunidade.

 

Juliana Martins Pinto diz que os estudantes terão treinamento para aplicação das ferramentas de avaliação dos participantes e de organização e análise dos dados, e também participarão de reuniões com gestores nacionais do estudo. “É uma oportunidade de formação e inserção no mercado da comunidade científica”, afirma.

 

“Na primeira etapa de avaliação existe uma ferramenta de rastreio, baseado em domínios da capacidade intrínseca que devem ser avaliados e monitorados na população idosa. Esses domínios são aspectos da saúde importantes para que os pacientes apresentem melhor funcionalidade, sejam mais ativos e vivam com mais qualidade de vida. O projeto pretende usar essa ferramenta de rastreio comparando com outros instrumentos utilizados e validados na população idosa brasileira”, explica a coordenadora.

 

COMO VAI FUNCIONAR – A pesquisa vai coletar dados em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS), de regiões do Distrito Federal (DF) com perfis sociodemográficos variados. Serão cerca de 250 avaliações e os participantes serão selecionados por sorteio.

 

A coordenadora destaca que a UnB construiu, ao longo de anos, uma trajetória de apoio e suporte ao envelhecimento ativo e saudável. “Ao participarmos de um projeto nacional desta magnitude, com dados relevantes para o Brasil e que terão repercussão internacional, inserimos a UnB em um âmbito de destaque nacional e mundial na área de pesquisa relacionada ao envelhecimento”, pontua a docente.

 

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O projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e faz parte do programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT).

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

 

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