GESTÃO

Comunidade apresentou demandas de melhoria do espaço físico e discutiu desafios da valorização das universidades e da área de Humanidades

 

Professores, estudantes e técnicos do Instituto de Ciências Humanas (IH) receberam, na última sexta-feira (22), a visita de representantes da administração da Universidade. Na conversa, apresentaram demandas da unidade acadêmica, principalmente relacionadas à melhoria do espaço físico, e dúvidas sobre o apoio institucional a questões de saúde mental. Também foi discutida a valorização das universidades públicas e da área de Humanidades no atual contexto do país.

Diretora do IH, Neuma Brilhante traçou panorama do instituto. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

“O espaço físico é uma de nossas prioridades, e temos encontrado apoio da Reitoria para resolver isso. Tínhamos uma área do Instituto ocupada pela Face [Faculdade de Administração, Contabilidade, Economia e Gestão de Políticas Públicas], algo que foi resolvido. Mas ainda temos a UnBTV e o ICS (Instituto de Ciências Sociais) em locais originalmente nossos”, relatou a diretora do IH, Neuma Brilhante.

O assunto também foi trazido pela docente do Departamento de História Eloísa Pereira Barroso. “Há apenas dois cursos de licenciatura em História abertos no DF, e um deles na UnB. Temos um papel social muito importante, de formar profissionais para o ensino da disciplina. Nesse contexto, precisamos realmente melhorar nossas instalações, com mais salas de aula”, defendeu.

A reitora Márcia Abrahão falou dos esforços para a adequação dos espaços físicos da unidade. Além da saída da Face, a administração está em diálogo com o ICS e também em busca de novo local para a UnBTV. Além disso, está em fase de licitação a reforma do Módulo 24, no subsolo, com cerca de 400 metros quadrados e a previsão de auditório, com espaço para 97 pessoas, que ficará sob a responsabilidade do IH.

A gestora aproveitou a oportunidade para falar sobre desafios da gestão, que enfrentou bloqueio orçamentário de cerca de 31% entre os meses de abril e novembro. “Se não fosse a arrecadação própria, estaríamos praticamente sem fazer nenhum investimento na Universidade”, destacou. “Há outras questões de fundo neste momento, graves. Uma delas é o ataque sofrido pelas instituições públicas de ensino superior e, em especial, a área de Humanidades”, acrescentou.

CAMPO  A comunidade do IH também trouxe questões sobre a realização de atividades de campo. “As atividades de campo são muito importantes para nosso curso, e há estudantes dos primeiros semestres que ainda não tiveram essa oportunidade”, disse o aluno Taryk Araújo, representante do centro acadêmico de Geografia. A preocupação também foi externada pelo professor Juscelino Eudâmidas. “Oferecemos cerca de 33 disciplinas por semestre, dez delas exigem atividades de campo”, pontuou.

A reitora lembrou que houve aumento do orçamento das unidades acadêmicas para permitir, entre outras coisas, que as direções pudessem fortalecer as atividades de campo. “No caso do IG (Instituto de Geociências), todo estudante que vai para o campo recebe uma diária. O valor não é alto, mas serve como auxílio, dando mais tranquilidade para a execução das atividades”, ilustrou.

Reitora Márcia Abrahão respondeu questões e apresentou feitos da atual gestão. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

Ao falar sobre a saúde mental, ela mencionou a recente criação da Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu), no âmbito do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), que está organizando uma série de ações preventivas. “Esse assunto é central para nós e representa um grande desafio. A saúde mental tem sido uma questão, principalmente entre os jovens, que são o nosso principal público na Universidade”, observou. “Não vamos dar conta de algo que é responsabilidade do sistema de saúde, mas podemos e já estamos aprimorando o acolhimento.”

MANUTENÇÃO A servidora técnica Andreia Rezende, que trabalha no Departamento de Filosofia reclamou da morosidade para a execução de ordens de serviço por parte da Prefeitura. “Outro assunto é a possibilidade de uma creche pública no campus. Sei que há o PIJ [Programa Infanto-Juvenil, vinculado à Associação dos Servidores da Fundação Universidade de Brasília], mas temos muitas pessoas com filhos na comunidade acadêmica e que não têm condições de pagar por esse serviço”, ressaltou.

A diretora de Administração e Logística da Prefeitura da UnB, Ana Cristina Brandão Silva, admitiu que havia atraso na execução, mas afirmou que o problema está sendo resolvido com o estabelecimento de prioridades junto às unidades acadêmicas. “Também estamos desde junho com uma nova empresa, que faz todos os serviços de manutenção em cada local, o que agiliza muito as coisas”, afirmou.

A reitora lembrou que tem levado a demanda por uma creche no campus Darcy Ribeiro ao governo do Distrito Federal (o atual e o anterior). “Estávamos em tratativas avançadas com o ex-secretário de Educação Rafael Parente, já com destinação de uma área para a creche, e já retomamos o assunto com o atual secretário”, disse.

 

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