A estudante de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Comunicação (FAC) Paula Ribeiro lançou uma campanha de conscientização sobre vaginismo, transtorno sexual doloroso que atinge cerca de 7% das mulheres no mundo. Com o objetivo de levar informação ao público sobre a doença e, com isso, ajudar mulheres a receberem diagnóstico e tratamento adequados, Paula desenvolveu uma cartilha digital e uma página no Instagram.
“Há muito tempo tenho interesse em temas relacionados à saúde da mulher, especialmente o vaginismo, e queria promover um canal para levar informação sobre o transtorno”, diz Paula. “As pessoas têm vergonha de falar sobre vagina. O tabu é tão grande que até mesmo médicos e médicas especialistas em ginecologia muitas vezes têm essa dificuldade [de abordar], situação que dificulta o diagnóstico. Acredito que todo esse tabu é uma construção social e, por isso mesmo, é importante falar cada vez mais sobre o assunto, normalizando o tema”, observa.
A boa notícia, segundo ela, é que, desde que começou esse trabalho, apesar da estranheza inicial, a maioria das pessoas se abriu para aprender sobre o tema. “Falar sobre saúde íntima da mulher é falar sobre saúde pública. Ou seja, é fundamental. Nesse sentido, o papel da comunicação é promover e facilitar esse diálogo, levando informação e ajudando a mudar vidas para melhor”, acredita Paula.
A campanha faz parte do trabalho final apresentado na disciplina Criação em Comunicação e Publicidade, ministrada pela professora da FAC e coordenadora do Núcleo de Estudos da Diversidade Sexual e de Gênero do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da UnB, Abra Afraa.
SAIBA MAIS – Mas, afinal, o que é vaginismo? É a contração involuntária e recorrente da musculatura do assoalho pélvico que impede total ou parcialmente a penetração. Para as mulheres que sofrem com o problema, a dor pode ser sentida até mesmo ao sentar-se, durante exames ginecológicos de rotina ou no uso de absorventes internos. As causas podem ser diversas, como traumas, ansiedade e fraqueza da musculatura pélvica. O transtorno não tem cura, mas os sintomas podem ser atenuados com o tratamento adequado. O tratamento pode envolver psicólogos, psiquiatras e, principalmente, fisioterapia pélvica.
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