A Universidade de Brasília possui uma longa tradição de atletas que disputam competições de alto nível. Em 2022, três deles se juntam a este rol: Thiago Gomide, graduando em Educação Física, que disputa o Mundial Universitário de Triathlon; Ana Teresa Cavalcanti, estudante de Engenharia Ambiental, prestes a ir ao Campeonato Mundial Universitário de Vôlei de Praia; e Ygor Almeida, da Ciência Política, que está de olho no Mundial de Xadrez.
Thiago Gomide, de 21 anos, irá disputar em setembro, pela primeira vez, o Mundial Universitário de Triathlon, em Maceió. O estudante-atleta relata que a rotina de conciliar estudos com treinos, que incluem as modalidades de ciclismo, natação e corrida, é desafiadora: “Saio de casa às 5h para treinar, não consigo pegar matéria no primeiro horário. Quando chego para a aula das 10h, já malhei, treinei, fiz fisioterapia e, às vezes, até massagem", conta.
Thiago irá para a capital alagoana pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), sendo o único representante de Brasília na comitiva de seis atletas que irão ao Mundial, promovido entre 6 e 10 de setembro. A classificação se deu com a terceira colocação na segunda etapa do Circuito Triathlon Brasil Sprint, que ocorreu em Florianópolis, em julho. Thiago pretende utilizar a competição como aprendizado para ir às Olimpíadas, seu maior objetivo: “O sonho começou lá atrás, fui atleta de natação e não deu muito certo. Entrei no triatlo e vi que era um sonho um pouquinho mais palpável”, relembra o estudante.
O triatleta afirma que escolheu cursar Educação Física para ajudar na sua carreira. “Eu queria saber como funciona o corpo, como a gente monta e faz um treino. Então era mais para me ajudar do que realmente lecionar”, conta Thiago. Ele afirma que os auxílios e a bolsa-atleta da Universidade de Brasília ajudam e são importantes para conseguir manter a carreira esportiva e continuar os estudos, porém outros tipos de suporte, como o abono de faltas por parte dos professores, deveriam ser considerados.
RUMO AO PÓDIO – Estudante de Engenharia Ambiental e atleta de vôlei de praia, Ana Teresa Cavalcanti embarcará para o Campeonato Universitário Mundial da modalidade. A competição, assim como o Mundial Universitário de Triátlon, ocorre em Maceió, entre 6 e 10 de setembro.
“Tenho boas expectativas. Eu disputo o Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia e o nível é bem alto, sempre temos atletas brasileiras no pódio dos mundiais, então isso eleva bastante nosso desempenho. Somado a isso, treino diariamente e busco estar sempre evoluindo e aprendendo mais, e na competição será uma oportunidade de colocar tudo em prática”, diz a atleta de 25 anos.
Teresa revela que os professores em geral prestam apoio, abonando faltas e permitindo a realização de provas em segunda chamada. Desde o colégio praticante do esporte, Teresa acredita que é possível conciliar os estudos com a carreira profissional de atleta. “Eu concilio a vida de atleta com o curso que amo, muito alinhado com meus propósitos. Da mesma forma, sou apaixonada pelo esporte. Então sei que poderei me realizar em ambas as profissões”, afirma.
“O sonho é evoluir cada vez mais como atleta e como pessoa, além de ter bom desempenho e resultados em competições nacionais e internacionais. Quero viajar pelo mundo jogando os torneios mundiais e representando o Brasil”, almeja.
SONHO CONCRETIZADO – Enxadrista desde os 13 anos, Ygor Almeida afirma que estudar a modalidade era mais fácil durante a época de escola do que atualmente na Universidade. A distância entre a UnB e sua casa, assim como o transporte, atrapalha, segundo ele: “Eu moro na Ceilândia Norte e o tempo que eu gasto me locomovendo para casa é um tempo em que eu poderia estar estudando o xadrez ou as matérias da faculdade.” No entanto, o atleta diz que, devido à sua experiência em competições e aos anos de prática, ele está bem preparado para o Mundial.
Classificado em terceiro lugar na Seletiva Internacional de Xadrez, que aconteceu em Rio Verde, Goiás, Ygor irá disputar o 2022 Fisu Championship Mind Sports, que acontece na Bélgica, na cidade de Antuérpia, entre os dias 11 e 17 de setembro. “Eu sei que não vai ser fácil, mas eu tenho boas expectativas em relação à competição”, afirma o enxadrista. “Acredito que o atleta ter a oportunidade de representar o seu país num Mundial é realizar um sonho. Estou vivendo um sonho”, acrescenta.
Para a professora Claudia Goulart, docente da Faculdade de Educação Física e diretora de Esportes e Atividades Comunitárias da UnB, a projeção internacional é muito importante tanto para a Universidade quanto para os atletas. “Isso motiva os alunos a terem um compromisso, a defenderem e levarem o nome da UnB para fora”, afirma. “Agora nós aguardamos os resultados, torcendo para que tenham um bom desempenho, não somente a nível competitivo, mas em termos de conhecimento, aprofundamento do esporte que praticam e da cultura que estão conhecendo”, completa Claudia.
*estagiário em Jornalismo pela Secom/UnB.
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