A Universidade de Brasília dá um passo adiante para concretizar a instalação da sede permanente do Centro de Estudos Avançados do Cerrado (UnB Cerrado) no município de Alto Paraíso de Goiás, a 230 km de Brasília. O braço da instituição na região onde está situada a Chapada dos Veadeiros, importante unidade de conservação e refúgio da biodiversidade do Cerrado, ganhou novas edificações para acolher as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no local.
O recebimento de parte da obra foi marcado por cerimônia on-line nesta terça-feira (2), com participação de representantes do centro de estudos, da reitora da UnB e do prefeito de Alto Paraíso. O encontro foi transmitido ao vivo pelo canal da UnBTV no YouTube. As estruturas concluídas correspondem ao Núcleo 1, composto por nove blocos. No local irá funcionar recepção, secretaria, refeitório, salas de aula, salas de informática, laboratórios, auditório, além de biblioteca.
Resultado de convênio entre a Universidade e a gestão do município, as novas instalações foram erguidas em terreno de 47 mil metros quadrados doado pela prefeitura local à instituição. Completam o projeto as edificações do Núcleo 2, ainda em construção.
Emocionado com a conquista, o diretor do Centro UnB Cerrado e professor do Instituto de Ciências Biológicas (IB), André Cunha, projeta um futuro promissor para o espaço que, até então, estava ativo em local provisório. Para ele, trata-se de um polo agregador de saberes das diversas áreas do conhecimento, pesquisa e extensão na Chapada dos Veadeiros.
“Pretendemos continuar avançando no ensino com as disciplinas de graduação e cursos de especialização e, daqui para frente, ter também nossos cursos de mestrado e doutorado, complementar os cursos de graduação da UnB, levando os alunos a campo, e integrar as atividades da Universidade Aberta do Brasil (UAB)”, vislumbra.
O docente também vê a oportunidade de ampliar as parcerias com outras instituições de ensino, produzir mais extensão na região e fortalecer a atuação da UnB na oferta de conhecimento técnico e científico que contribua para o desenvolvimento de agendas relevantes, como a do turismo sustentável e da conservação da biodiversidade.
O centro de estudos foi criado em 2011 e tem alcançado seus propósitos, como: aproximar a academia da realidade da região; ampliar os horizontes do conhecimento e expandir a concepção do Cerrado para além de um nicho biológico, entendendo-o como território onde habitam populações diversas.
Nina Laranjeira, professora aposentada da Faculdade de Planaltina (FUP), foi uma das envolvidas na consolidação do projeto e também comemorou a entrega do novo espaço. A docente, que esteve à frente da unidade entre 2011 e 2017, lembrou os esforços conjuntos da comunidade local, autoridades públicas, administração superior, professores e técnicos administrativos da UnB para instalar o centro na Chapada dos Veadeiros.
“A universidade que a gente sonhou é aquela que dialoga com o mundo real e com as pessoas que estão em volta, que quer pensar junto e construir soluções. É uma universidade que entende que vivemos uma grande mudança histórica e que tem de estar junto com a sociedade, pensando as mudanças necessárias”, disse Nina Laranjeira.
Na avaliação do prefeito de Alto Paraíso, Martinho Mendes da Silva, com a construção da sede definitiva, o impacto do Centro UnB Cerrado será ainda maior e abre caminhos para os moradores da região buscar a formação superior.
“Esta é a finalidade da universidade, levar o conhecimento às pessoas, principalmente quando consegue chegar a lugares longínquos, integrando aquelas pessoas que dificilmente teriam condições”, observa.
Para a reitora Márcia Abrahão, o centro de estudos tem potencial de estender sua atuação para além de Alto Paraíso e oferecer contribuições a toda da região do Centro-Oeste.
“Acreditamos que uma universidade tem de se expandir para além dos seus muros e retornar à sociedade tudo o que nela é investido. Vimos em Alto Paraíso uma oportunidade para a instituição colocar em prática todo o seu conhecimento”, afirmou a reitora.
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