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Entre os temas tratados, o reajuste das bolsas e aumento dos assentos no Conselho Superior da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal

Em encontro com a presidência da FAPDF, representantes da administração superior da UnB discutiram ações de fomento à pesquisa e posição da Universidade no Conselho da Fundação. Foto: Divulgação

 

Aumentar o valor das bolsas financiadas pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), recompor o orçamento da FAPDF e aumentar os assentos da Universidade de Brasília (UnB) no Conselho Superior da Fundação foram alguns dos assuntos tratados pela reitora Márcia Abrahão na reunião com o presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, na sexta-feira (10), na sede da instituição. “Tivemos uma reunião muito amistosa e produtiva, em que pudemos avaliar os projetos que envolvem fomento da FAPDF e traçar nossas ações conjuntas nos próximos anos”, comemorou Márcia Abrahão na saída da reunião.

Participaram do encontro o vice-presidente da Fundação, Paulo Nicholas Nunes, a decana de Pesquisa e Inovação da UnB, Maria Emília Walter, o diretor de Fomento à Iniciação Científica do Decanato de Pós-Graduação, Sérgio Granemann, a superintendente Científica, Tecnológica e de Inovação da FAPDF, Renata Vianna, e o chefe da Procuradoria Jurídica da FAPDF, Andrey Rank.

O reajuste das bolsas de pesquisa foi a primeira demanda apresentada pela reitora ao presidente. “Tivemos um reajuste em nível nacional após nove anos. Agora, a comunidade está reivindicando reajuste nos valores das bolsas para equiparação das bolsas concedidas pela Fundação com as anunciadas pelo Governo Federal.”

O presidente explicou que o reajuste das bolsas de iniciação científica está em avaliação e ponderou que desde 2022 a FAPDF lançou edital com as bolsas de mestrado e doutorado já mais altas em comparação com o reajuste de 2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Enquanto nossas bolsas estão em R$ 3.700, o CNPq e a Capes reajustaram para R$ 3.100. No caso de pesquisador doutor, a FAPDF passou para R$ 6.900 e o CNPq e a Capes, para R$ 5.200 o sênior”, afirmou o presidente.

Para projetos de pesquisa aprovados em editais de anos anteriores, a Fundação permite que seja enviado pedido de remanejamento financeiro para que o coordenador do projeto possa adequar o valor das bolsas, contanto que não haja alteração no valor total aprovado para o projeto. O mesmo vale para bolsas de iniciação científica e pós-graduação do ano passado.

Outro assunto tratado na reunião foi a recomposição do orçamento da Fundação, que foi de 2% para 0,5% da receita líquida do DF desde 2021. Em fevereiro de 2021, a reitora esteve na Câmara Legislativa do DF para pedir apoio para aumentar o orçamento da FAPDF. “Temos muitos projetos que demandam recursos equivalentes, pelo menos, ao dobro do orçamento atual”, argumentou a reitora.

O vice-presidente da Fundação, Paulo Nicholas, sugeriu que o aumento do orçamento seja uma pedido realizado em conjunto com a reestruturação da Fundação, que englobe concurso público, por exemplo, o que depende de aprovação da Câmara Legislativa. Atualmente, a FAPDF conta 50 trabalhadores e “é importante pontuar que hoje nós conseguimos executar o nosso orçamento em sua totalidade”.

Em 2019, a UnB perdeu dois dos quatro assentos no Conselho Superior da FAPDF. A reitora pediu que fosse avaliada a possibilidade do retorno das vagas. “A Universidade sempre teve quatro assentos e consideramos importante retornar ao número porque nossa parceria é intensa,” afirmou Márcia Abrahão.

Também estiveram em pauta a possibilidade de editais com temas específicos e de interesse do DF, como feminicídio, água e mobilidade urbana, além de editais para compra de equipamentos destinados a laboratórios multiusuários, para incentivar mestrados e doutorados para a inovação, como sugeriu Maria Emília Walter. "É fundamental para a inovação essa parceria entre o setor produtivo e a academia.”

Sérgio Granemann contou sobre a experiência da UnBTV com a divulgação de trabalhos em linguagem não acadêmica e sugeriu à FAPDF que apoie programas de divulgação científica nas televisões universitárias, dispondo-se a minutar essa proposta. Além disso, o diretor de Fomento à Iniciação Científica ficou responsável por colaborar com a gestão dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) juniores, que reúne estudantes de escolas de ensino médio.

 

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