Para celebrar os 60 anos recém-completos, o Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de Brasília realizou a conferência Psicologia e relações Étnico-Raciais: diálogos interdisciplinares para o presente-futuro. A solenidade tomou lugar no dia 28 de agosto, no auditório 9 do Instituto Central de Ciências (ICC), campus Darcy Ribeiro. A reitora Márcia Abrahão esteve presente na mesa de abertura, junto com a diretora do IP, Maria Inês Gandolfo; a coordenadora de graduação do IP, Sílvia Lordello; e a representante docente do IP, Cláudia de Oliveira Alves.
O tema da conferência convergiu com a marca dos 20 anos de adoção e implementação do sistema de cotas raciais na graduação da UnB. “Esse é um tema fundamental para pensarmos psicologia e demais áreas do conhecimento, então, é muito relevante que ele esteja acontecendo agora por que pode também pavimentar os próximos 60 anos da psicologia na UnB”, avalia Claúdia Alves, professora do IP.
O anuário estatístico da UnB de 2022 aponta que 27,5% dos alunos da instituição ingressaram por cotas étnicas e dados do SAA apontam que, desde o primeiro vestibular com o sistema de cotas, em 2004, até junho deste ano, um total de 38.042 estudantes ingressaram pela modalidade nos cursos de graduação da Universidade.
O decano de Assuntos Comunitários Ileno Costa relembra a própria trajetória como estudante negro. Graduado em psicologia na UnB, o professor menciona a importância de ações constantes para a permanência dos alunos. “Fazendo uma breve retrospectiva de quando entrei aqui na década de 1970, eu era o único estudante negro dos 15 que, na época, se formaram. Hoje a diversidade está muito maior. Como decano, trabalhamos a questão da inclusão e assistência estudantil, em busca da permanência desses estudantes na Universidade. Mantê-los aqui é extremamente necessário para a diversidade de pessoas na academia”, disse.
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