Álvaro Bragança e Marcus Guilherme Cruz ingressaram no curso de Ciências Contábeis no primeiro semestre de 2015. Ricardo Monteiro entrou no segundo semestre de 2017, mas foi aluno especial do curso no 2º/2016 e no 1º/2017. Álvaro pensava em cursar Economia. Marcus também cogitou a possibilidade, além de Engenharia Ambiental. Na dúvida, ambos escolheram a área da contabilidade. Dois anos depois, os colegas formam, junto com Ricardo, o pódio da terceira edição da Olimpíada Brasileira de Contabilidade (OBC), realizada em outubro de 2017 na UnB. Álvaro ficou em primeiro lugar, Ricardo em segundo e Marcus em terceiro. O trio de brasilienses disputou com estudantes de outras 11 universidades brasileiras.
A olimpíada é um projeto de extensão coordenado pelos professores Fátima Freire e Edmilson Soares Campos, do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (CCA) da UnB. “A OBC é uma competição estudantil com objetivo de fornecer a alunos e professores das instituições de ensino superior um novo mecanismo de avaliação durante a formação discente, contribuindo com elementos para reflexões sobre ensino e aprendizagem da contabilidade”, comenta Fátima Freire.
A competição é dividida em duas etapas. A primeira é interna a cada instituição de ensino; a segunda é nacional. O vice-campeão Ricardo Monteiro estreou nesta edição. Para o campeão e o terceiro colocado, esta foi a segunda experiência. Em 2016, Álvaro e Marcus tiveram bom desempenho na etapa interna. Sendo que o último se qualificou para a disputa nacional, encerrando a participação no sexto lugar geral.
“A experiência é significativa, pois nas provas são cobrados conteúdos de todo o curso”, avalia o vencedor em 2017. O campeonato cobra disciplinas de contabilidade básica, fiscal, pública, societária, teoria contábil, econômico-financeira, custos, perícia e análise.
Ficar à frente de universidades com tradição em contabilidade foi outro ponto positivo destacado pelos estudantes. “A Universidade Federal de Minas Gerais é bastante respeitada na área e conseguimos ficar em melhor colocação que os estudantes de lá. Enxergamos isso como um reconhecimento ao nosso trabalho e esforço”, destaca Álvaro.
“Dá orgulho pessoal”, completa Marcus, que ressaltou o estímulo ao aumento de intensidade nos estudos como importante legado deixado pela competição.
O vice-campeão Ricardo Monteiro já considera a perspectiva de futuros ganhos oriundos da OBC. “Penso que um bom resultado na prova agrega valor ao currículo acadêmico do aluno de Ciências Contábeis, principalmente daquele que visa dar continuidade aos estudos na pós-graduação."
HISTÓRICO – A primeira edição da OBC ocorreu em novembro de 2014, com as Olimpíadas Internas da UnB. “A partir daí, a competição teve sua efetivação como um exame aplicado aos alunos de Ciências Contábeis”, lembra Fátima Freire, coordenadora do projeto. No ano seguinte, depois de testados os mecanismos de avaliação na UnB, a metodologia foi replicada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) e no Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), que cadastraram o projeto, em suas unidades, como atividade extraclasse, de modo a promover olimpíadas internas.
Desde 2015, as Olimpíadas Internas de Contabilidade (OIC) ocorrem nas instituições de ensino superior participantes, correspondendo à primeira fase da OBC. Dessas competições locais, são selecionados os cinco melhores estudantes de cada instituição para participar da etapa nacional. Em 2016, o projeto contou com a participação de 11 instituições. Já em 2017, foram 14 e mais de 500 estudantes de todo o país.