A entrega de sete projetos de softwares para empresas e instituições de Brasília marcou o encerramento da segunda turma do programa Residência em TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) em cerimônia realizada dia 20, na Faculdade UnB Gama (FGA).
A iniciativa capacitou estudantes das áreas de tecnologia e ciências exatas da Universidade de Brasília, sendo 250 participantes na primeira etapa de formação básica e, entre eles, os 40 mais bem classificados seguiram para a imersão de formação avançada.
A residência foi conduzida pelo Laboratório Avançado de Produção, Pesquisa e Inovação em Software (Lappis/FGA), e teve fomento da organização Brisa – Sociedade para o Desenvolvimento da Tecnologia da Informação, e apoio da Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro, e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
“O programa foi possível graças ao trabalho de extrema colaboração com as instituições que viabilizaram o financiamento”, agradeceu a docente em Engenharia de Software e coordenadora do Lappis, Carla Rocha.
Ela destacou que os estudantes concluem a formação aptos para o mercado de software. “Esse projeto mostra que o campus do Gama tem vocação e capacidade para formar alunos com alta qualidade, além de ter forte conexão com o mercado de trabalho”, destacou a docente e parabenizou os universitários pela conquista.
PARCERIA DE SUCESSO – Representantes de órgãos e empresas vinculadas ao projeto compuseram a mesa de abertura da cerimônia.
A reitoria Márcia Abrahão agradeceu as autoridades pela parceria com a UnB e enfatizou a importância da continuidade no fomento para oferta de novas turmas da residência. “Como professores, sabemos como é difícil retomar uma pesquisa quando é interrompida. Por isso, reforçamos a importância de que o programa continue a ser ofertado na UnB Gama, contribuindo para capacitar nossos alunos, que são tão demandados e bem recomendados no mercado de trabalho de Brasília e região.”
O coordenador-geral de Inovação Digital do MCTI Hamilton José Mendes da Silva destacou que o ministério tem investido para “recuperar políticas públicas que fortaleçam a indústria do país e para criar oportunidade para que os jovens tenham mais espaço para realização profissional”, sem que haja fuga da mão de obra para outros países.
Silva mencionou que o setor de TICs “é a locomotiva da sociedade contemporânea e que precisa de recursos humanos qualificados e motivados para prosperar”. Ele expressou, ainda, o desejo de que a iniciativa inspire gestores públicos para que “num futuro próximo, a residência tecnológica faça parte da sistemática de formação e capacitação do Brasil”, traçando paralelos com a prática já consolidada na área da saúde.
“A residência tecnológica, além de fortalecer conteúdos já ofertados nos bancos escolares, oferece aos alunos oportunidade de serem expostos a projetos e desafios extraídos da realidade do mercado de trabalho”, completou o coordenador do MCTI.
O diretor da UnB Gama, Sandro Hadadd, ressaltou que, como evidencia o projeto, “a FGA está aberta para ajudar o governo a investir de forma adequada e com qualidade os recursos públicos, e para entregar profissionais capacitados para o mercado de trabalho”.
CONHECIMENTO EM PRÁTICA – A residência em TIC capacitou estudantes de cursos das áreas tecnológicas e ciências exatas. Foram ofertadas 250 vagas na primeira etapa de formação, composta por cinco módulos EAD e uma jornada de estudos de 180 horas.
Passaram para a etapa seguinte os 40 estudantes mais bem classificados, cumprindo uma imersão de seis meses, com 480 horas dedicadas a estudos de computação avançada e desenvolvimento de projetos de software que resultaram na entrega do chamado Produto Mínimo Viável (PMV) – versão simplificada de um produto criada para ser testada no mercado.
Ao todo foram entregues sete projetos de softwares. Entre eles está o novo site da revista Darcy, publicação de jornalismo científico e cultural da Universidade de Brasília, que será lançado oficialmente em breve. Por enquanto, segue em ambiente de acesso restrito aos servidores da instituição, em fase final de ajustes, validação e apropriação por parte da equipe técnica da Universidade.
“O trabalho desenvolvido para a revista Darcy envolveu a criação de um site mais moderno e com um novo conceito visual. Além disso, um requisito importante foi a migração para outra plataforma de gerenciamento de conteúdo, que atenderá ao novo padrão adotado pela UnB”, detalha Jefferson Sena, graduando em Engenharia de Software e gestor de produto na equipe de estudantes dedicada à Darcy.
“Estamos muito satisfeitos com o trabalho realizado pelos estudantes. Foi uma parceria que permitiu à revista concretizar uma demanda importante: a modernização do site, com foco em proporcionar aos leitores uma melhor experiência de consumo da versão digital da revista, cuja qualidade já é consolidada no formato impresso”, avaliou Vanessa Vieira, jornalista da Secretaria de Comunicação da UnB e coordenadora do projeto.
Para conhecer os demais projetos desenvolvidos pelos estudantes, acesse a página do Brisa.