ÓRGÃOS COLEGIADOS

Decisão do Conselho Universitário altera denominações e abre novas perspectivas para os campi de Ceilândia e do Gama

Agora, o nomes da FCE e da FGA passam a ser, respectivamente, Campus UnB Ceilândia: Faculdade de Ciências e Tecnologias em Saúde e Campus UnB Gama: Faculdade de Ciências e Tecnologias em Engenharia. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

O Conselho Universitário (Consuni) aprovou, com uma abstenção, a mudança de nome da Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e da Faculdade UnB Gama (FGA), respectivamente, para Campus UnB Ceilândia: Faculdade de Ciências e Tecnologias em Saúde e Campus UnB Gama: Faculdade de Ciências e Tecnologias em Engenharia. A decisão ocorreu no dia 4 de outubro.

 

Na reunião, o Consuni também aprovou o Relatório de Avaliações Parciais e Finais dos Resultados dos Projetos Avaliados pela Câmara de Projetos, Convênios, Contratos e Instrumentos Correlatos (Capro), e o relatório de atividades do Conselho Diretor Relativo ao Ano de 2023.

 

A proposta de mudança de nome partiu de demanda das próprias comunidades dos dois campi. “Ao analisar o processo em pauta, ressalto que o mesmo foi amplamente discutido nas respectivas comunidades da FCE e da FGA, com participação dos três segmentos. Ocorreram algumas divergências, mas houve respeito à democracia e aos regramentos da Universidade e, posteriormente, as decisões foram referendadas em suas instâncias de decisão formal”, explicou o relator do parecer favorável à proposta, o docente da Faculdade UnB Planaltina (FUP) Luís Antônio Pasquetti.

 

A reitora Márcia Abrahão ressaltou que, após 16 anos de trajetória, os dois campi da Universidade de Brasília alcançaram maturidade que abre caminho para a criação de novas faculdades. Segundo ela, a mudança de nome não apenas viabiliza essa expansão, mas também fortalece os laços com as comunidades locais. “Estou muito satisfeita por concluir minha gestão na UnB testemunhando esse progresso dos campi. Que venham novas faculdades”, comemorou.

 

“Hoje, mais do que nunca, reconhecemos a importância dessa identificação territorial, que vai ao encontro da transformação social que se espera de uma universidade pública brasileira”, afirmou o diretor do, agora, Campus UnB Ceilândia: Faculdade de Ciências e Tecnologias em Saúde, João Paulo Chieregato. “Em parceria com nossa comunidade interna e externa, desenvolvemos a proposta que não apenas preserva esse vínculo territorial, que nos é precioso, mas que nos representa quanto à área de conhecimento, atuação e saberes.”

 

O diretor da FUP, Reinaldo Miranda Filho, contou que o campus de Planaltina também está discutindo a troca de nomenclatura. “Isso traduz toda autonomia que a gestão da reitora Márcia Abrahão tem dado para os campi da UnB. Não há nada mais bonito e democrático do que a gente respeitar o que está sendo deliberado pela comunidade que ali vive. Esse debate também está sendo construído no nosso campus e, muito provavelmente, virá a este Consuni com a proposição, a partir da maturidade do debate que vai ser construído no nosso conselho, na nossa assembleia geral, nos nossos fóruns de curso e em nossos fóruns diários”, detalhou.

 

CAPRO – Durante a reunião do Conselho Universitário, a decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter, apresentou o Relatório de Avaliações Parciais e Finais dos Projetos Avaliados pela Capro. O documento, que abrange iniciativas analisadas em 2024, foi aprovado por unanimidade.

 

A reitora Márcia Abrahão lembrou que o relatório, antes de ser encaminhado à apreciação do Consuni, foi aprovado pela Capro, depois de passar pela Comissão de Prestação de Contas, formada por membros da própria Capro e servidores das unidades acadêmicas. “Isso mostra a seriedade e o compromisso da câmara e deste Consuni com a regularidade dos nossos processos”, ponderou a reitora.

 

O relatório trouxe 52 projetos avaliados em 2024, sendo 43 avaliações finais e nove parciais. “Isso mostra como nossa Universidade avançou na questão de regularização tanto da tramitação, na hora da formalização, quanto do acompanhamento, por meio das prestações de contas parciais”, explicou Maria Emília Walter.

 

“Essas prestações de contas que são feitas neste Consuni também faziam parte da lista de tarefas que a gente tinha que fazer de pendências que encontramos na Universidade de Brasília no início da gestão e que agora estão sendo feitas com regularidade”, salientou a decana, ao agradecer à Comissão de Prestação de Contas pelo apoio.

 

IMÓVEIS – O Consuni também aprovou, com duas abstenções, o Relatório de Atividades do Conselho Diretor Relativo ao Ano de 2023, que aborda a gestão do patrimônio imobiliário da UnB. “Esse documento traz para a comunidade da UnB todo o trabalho dos técnicos da Secretaria de Patrimônio Imobiliário (SPI) e o esforço na condução e no cuidado com o patrimônio da Universidade”, disse a secretária da SPI, Dioney Magalhães. O documento, antes de ser encaminhado ao Consuni, havia sido aprovado pelo próprio Conselho Diretor.

 

No parecer favorável à aprovação do relatório, o diretor da Faculdade de Direito (FD), Alexandre Bernardino, destacou a mudança das atribuições do Conselho Diretor. “A partir de decisão deste Consuni que, fundamentada na Constituição de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e na legislação que rege a administração da Universidade de Brasília, passou a ser um órgão consultivo para assuntos relacionados ao patrimônio imobiliário da UnB residencial e comercial.”

 

“Desde que assumimos, nós tivemos esse compromisso de fazer a mudança de modo a respeitar a LDB, para que este Conselho Universitário se tornasse, de fato, o conselho superior da UnB. Fico feliz de o parecer lembrar dessa questão do Conselho Diretor, que deliberava sobre o orçamento e outros temas, até recentemente, antes de a gente assumir a gestão”, pontuou a reitora Márcia Abrahão.

 

Confira a íntegra da 517ª reunião do Consuni, transmitida pela UnBTV: 

 

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