Com a marca de 3,3 milhões de casos e quase 110 mil mortes em razão da covid-19, no Brasil, a 14ª edição do boletim do Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes) da UnB abordou estratégias da Universidade para conter a pandemia e seus efeitos na sociedade. Outro destaque do periódico foi o retorno às aulas na UnB, em modo remoto, iniciado em 17 de agosto.
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RETOMADA DAS ATIVIDADES ACADÊMICAS – Conforme decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), as aulas foram retomadas na última segunda-feira, 17, de forma remota. Houve até agora intensa mobilização das equipes, incluindo a administração central, as unidades acadêmicas, as coordenações dos cursos, os servidores e estudantes na tentativa de garantir o sucesso da retomada da atividade acadêmica.
O processo de treinamento dos professores para uso de ferramentas on-line continuou na última semana. Entre 10 e 14 de agosto, os docentes receberam capacitação da Coordenadoria de Capacitação (Procap), com foco no uso das multiplataformas do Office 365.
Diversas turmas foram formadas para a realização de oficinas remotas que seguem até esta semana. As oficinas são realizada em duas sessões de 1h30, totalizando 3 horas cada.
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Para o decano de Assuntos Comunitários e presidente do Coes Ileno Izídio, “a Universidade de Brasília deliberou pelo retorno remoto das aulas respeitando as recomendações do Coes pois a pandemia no Brasil, e no DF em particular, atingiu um patamar de estabilidade muito alto, com contaminação permanente e mortes recorrentes. Desta forma, até o fim do ano não podemos desmobilizar as ações de enfrentamento ao novo coronavírus, como o distanciamento social, uso de máscaras, etiqueta de higiene e cuidado redobrado com pessoas do grupo de risco”.
O decano reiterou, ainda, a importância da educação em modo remoto neste momento. “Retornar remotamente significa preservar a saúde de nossa comunidade e poder implantar as ações de cuidado para quando for o caso de retorno presencial. Ao mesmo tempo, estamos cuidando dos espaços físicos, com atenção à proteção com EPIs onde couber, e trazendo informação e educação em saúde para proteção de toda a comunidade”, completa.
APOIO PSICOSSOCIAL – Diante do triste cenário do recorde de mortes por covid-19 no Brasil, as professoras Sílvia Lordello e Isabela Machado, do Departamento de Psicologia Clínica (IP/UnB), estão engajadas em promover bem-estar e conforto por meio do projeto Vínculos e Reflexões: Grupo Terapêutico Breve para Familiares de Vítimas da covid-19. O projeto tem realizado reuniões à distância, com pessoas que tiveram perdas relacionadas à doença. Os grupos são compostos de pessoas entre 18 e 70 anos, de diversos estados do país. Os encontros promoveram atividades que permitiram aos participantes o compartilhamento de suas emoções ao receberem a notícia de perder um familiar acometido pela covid-19.
PANORAMA – Na edição, foram atualizados os dados sobre a covid-19 no Brasil e no mundo, evidenciando novas ondas da doença em países que já não apresentavam números expressivos de contaminação. Nova Zelândia ainda lidera o combate, mostrando que as orientações de isolamento foram responsáveis pela contenção da pandemia no território; ainda assim, o país anunciou, na última semana, uma nova fase de lockdown, resultado do registro de alguns poucos casos.
Na Ásia, a China apresenta pequenos núcleos da doença, todos controlados. A Índia continua ascendendo na curva de números de casos, seguida por países menores como Butão e Bangladesh. No Irã, centenas de cadáveres foram identificados por instituições internacionais, sendo um forte indicativo de que os dados daquele país podem ocultar parte dos registros.
Na África, a África do Sul segue liderando a região com o maior número de mortos. Apesar da carência de sistemas de saúde e de insumos para testagem, o continente vem conseguindo notificar casos de forma expressiva, principalmente por conta das doações recebidas. Há casos em quase todos os países. Apesar do quadro, surpreendentemente, o Sars-CoV2 tem provocado proporcionalmente menos mortes no continente.
Enquanto isso, na Europa, Espanha, França e Itália apontam para uma segunda onda da doença. O panorama de curto prazo é o fechamento de escolas, universidades, limitações no transporte e circulação de pessoas e fechamento de pontos turísticos. Reino Unido segue a mesma tendência.
Estados Unidos continuam puxando as Américas, sendo o país que mais registrou óbitos e casos no mundo. Chama atenção os dados nova iorquinos, que apontam uma mortalidade de 88% entre os pacientes que evoluem com necessidade de respirador. Um a cada cinco pacientes morre de covid-19 em território estadunidense. O México segue sua escalada no número de casos, enquanto países da América do Sul também apresentam alta incidência, como Chile, Bolívia, Peru e Equador.
O Brasil manteve seu posto de segundo país no mundo com mais casos e número de mortos. Esse cenário é reflexo direto da falta de políticas públicas adequadas e da alienação da população sobre a realidade do vírus e sua doença no território. Além disso, a doença vem se comportando de forma diferente em cada uma das regiões do país. No Distrito Federal, os dados da pandemia apontam na direção contrária à flexibilização que vem ocorrendo.
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