A Universidade de Brasília dá um novo passo para se tornar uma instituição cada vez mais inclusiva e acessível. A reitora Márcia Abrahão assinou o Termo de Execução Descentralizada (TED) que permitirá a realização da obra de instalação de plataformas vertical e inclinada de acessibilidade no edifício da Faculdade de Educação Física (FEF). O investimento é de R$ 256.743,34. A cerimônia ocorreu nesta sexta-feira (1º), na FEF.
A reitora Márcia Abrahão destacou que a acessibilidade é um elemento que está no Plano de Obras da Universidade de Brasília. “Nós estamos conseguindo fazer obras de acessibilidade e avançar, apesar de todas as dificuldades. A inclusão tem de ser uma prioridade da UnB. Não adianta a gente falar que tem uma universidade de excelência, se ela é de excelência para poucos. Ela tem de ser de excelência para todos e todas”, disse. Márcia Abrahão lembrou de quando frequentava o Centro Olímpico da FEF, durante a graduação em Geologia, e celebrou a reforma das pistas de atletismo, entregues em 2023.
Com prazo de execução de quatro meses, a obra das plataformas de acessibilidade na FEF terá início neste mês. A empresa ATI – Aparelhos de Transporte Inteligente é a responsável pelo serviço. O secretário de Infraestrutura, Augusto Dias, explicou que o prédio da FEF é uma edificação antiga, construída quando não havia normas de acessibilidade.
“A gente precisava ter essas adaptações que consistem na instalação de uma plataforma vertical, ao lado dessa escada, ligando o pavimento interno à sala de aula, e também a instalação de uma plataforma inclinada no auditório. Assim, a gente garante a autonomia, a segurança e o livre acesso das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida”, detalhou.
A diretora de Acessibilidade (Daces) do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), Sinara Pollom Zardo, explicou que a deficiência representa uma das formas de diversidade humana e que precisa ser reconhecida e respeitada.
“A questão da acessibilidade arquitetônica e urbanística é uma demanda de toda a comunidade universitária. Ela vai garantir não só às pessoas com deficiência o direito de acesso, ela vai garantir que todas as pessoas possam transitar pela instituição com segurança e autonomia, como mulheres gestantes, pessoas idosas e qualquer pessoa que tem alguma dificuldade de locomoção”, argumentou.
“A Faculdade de Educação Física se importa com a pessoa com deficiência, que se importa com a acessibilidade. Nós temos que avançar mais, mas temos que dar um passo de cada vez. Acredito que esse é um grande passo, uma grande conquista para a gente”, completou o diretor da FEF, Martim Bottaro.
Estevão Lopes, multiatleta paralímpico e coordenador do projeto Empoderando Mobilidade e Autonomia – realizado na FEF –, afirmou que a Universidade de Brasília é uma referência na inclusão e na formação de atletas de alto rendimento. Para ele, medidas como a instalação das plataformas tornam o Brasil mais igualitário.
“Sabemos que ser um país 100% acessível vai ser muito difícil, mas essas ações nos fazem ficar mais próximos dessa realidade. Está no artigo 5º da Constituição o direito de ir e vir. Esse direito é garantido para todos, independentemente da situação física ou financeira”, ressaltou.
A reitora Márcia Abrahão lembrou de duas demandas antigas da comunidade da FEF: o mezanino, entregue em 2020; e a pista de atletismo com padrões internacionais, inaugurada em 2023. O investimento foi de R$ 1,1 milhão e R$ 18 milhões, respectivamente. “Uma das minhas pautas guardadas no coração é a melhoria da Faculdade de Educação Física e do Centro Olímpico. Eu me sinto muito feliz de estar no último ano do mandato e vir aqui com conquistas”, enfatizou.