TRANSPARÊNCIA

Relatório torna acessível informações sobre ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas na unidade em 2018 e 2019

Equipe do projeto Retrato Acadêmico Administração UnB exibe a versão impressa do relatório. Foto: Kelvia Tiba Rodrigues

 

O Departamento de Administração (ADM) da Universidade de Brasília publicou 253 artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019. A unidade, que integra a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (Face), também somou 119 projetos de pesquisa, 23 projetos de extensão e recebeu 34 premiações. À frente dos projetos, estão 55 docentes efetivos da unidade vinculados à graduação, cuja idade média é de 46 anos.

 

As informações são parte do relatório Retrato Acadêmico Administração UnB, realizado pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Departamento, em parceria com estudantes. O objetivo é aproximar Universidade e sociedade e criar uma cultura de transparência e responsabilidade social. Para isso, o relatório reúne, em formato e linguagem acessível a todo público, os resultados das ações de ensino, pesquisa e extensão da unidade.

 

>> Acesse aqui a íntegra do Relatório Acadêmico Administração UnB

 

“O retrato traz dados expressivos do que tem sido feito no Departamento. Estamos acenando para a sociedade quem somos e o que fazemos. Queremos ouvir a comunidade, alinhar interesses e atender demandas”, esclarece o docente do ADM e um dos coordenadores do projeto, Diego Mota Vieira.

 

Segundo o docente, a iniciativa também foi pensada para auxiliar os processos decisórios internos. “Percebemos que, nas discussões acadêmicas e pedagógicas do Departamento, às vezes faltam informações concretas para subsidiar a tomada de decisões. O relatório tem essa função, além de prestar contas à sociedade.”

 

Presidente do NDE do Departamento e também coordenadora do projeto, a professora Siegrid Guillaumon acrescenta que o retrato foi pensado num momento em que as universidades foram questionadas sobre a relevância de sua contribuição social. “Se existe essa dúvida, é porque não está claro para todos a importância da pesquisa e do conhecimento gerados pela universidade e como eles chegam na sociedade”, afirma.

 

Ela menciona que o currículo Lattes dos docentes é o instrumento de transparência que registra a produção acadêmica e a atuação dos professores na formação de alunos, “mas entre esse instrumento, os dados do Departamento e a sociedade, há um caminho longo”. Segundo Diego Mota, o relatório vem para preencher a lacuna e reunir as informações de modo “que auxiliem as pessoas a compreender o que estamos fazendo”.

 

METODOLOGIA – A coleta dos dados do relatório aconteceu em três etapas: levantamento da produção acadêmica, considerando as dimensões do tripé ensino-pesquisa-extensão; entrevistas em profundidade com docentes do curso; e pesquisa quantitativa (survey) em uma amostra de estudantes do curso.

 

O recorte temporal é de janeiro de 2018 a dezembro de 2019. Os dados foram extraídos de plataformas administrativas, como o antigo Matrícula Web; dos sites do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA); de currículos dos docentes na Plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); além de coletados nas entrevistas com docentes e discentes.

 

As informações foram organizadas a partir dos seis eixos disciplinares do curso: Administração Pública e Gestão Social (APGS); Estudos Organizacionais e Gestão de Pessoas (EOGP); Estratégias e Inovação (E&I); Finanças e Quantitativas (F&Q); Marketing (MKT); Produção, Logística e Sistemas de Informação (PLSI).

 

“Agrupamos as informações por eixo porque o objetivo não é analisar o desempenho individual do docente, mas ter um panorama geral do curso", explica o professor Diego Vieira.

 

Antes da extração de dados da Plataforma Lattes, a chefia do Departamento solicitou a todos os docentes que atualizassem seus currículos. Dos 54 docentes envolvidos na análise, sete não haviam feito a atualização até a data da coleta.

 

RESULTADOS – No âmbito do ensino, contabilizou-se 171 turmas de disciplinas optativas, atreladas a 49 disciplinas; 122 trabalhos de conclusão de curso; 22 iniciações científicas; e 34 prêmios e títulos.

 

Em relação à pesquisa, contabilizou-se 119 projetos relacionados a 76 grupos de pesquisa, nos quais 41 docentes estão ativos. Houve publicação de 253 artigos em periódicos nacionais ou internacionais, 208 trabalhos em anais de congressos, 14 livros e 46 capítulos de livros.

O gráfico mostra a quantidade de projetos de pesquisa vinculada a cada eixo do curso, bem como a média de projetos de pesquisa por docente de cada eixo. Imagem: Reprodução/Retrato Acadêmico Administração UnB

 

No âmbito da extensão, o Departamento soma 23 projetos, 35 eventos organizados e 39 participações na mídia. Em relação ao perfil demográfico docente, a média de idade dos professores é de 46,2 anos. A unidade conta com 55 docentes efetivos, sendo 37 homens (67,27%) e 18 mulheres (32,73%).

 

A pesquisa consolidou informações sobre a primeira e a segunda graduação do corpo discente, atividades extracurriculares das quais participaram e a identificação dos alunos com os diferentes eixos do curso.

 

No universo de 134 respondentes, 80 estudantes fizeram estágio remunerado, 51 atuaram em atividade de monitoria, 31 em trabalhos voluntários, entre outras opções, como intercâmbio. As alternativas não eram excludentes, podendo o aluno marcar participação em mais de uma atividade.

Em pesquisa on-line, os estudantes informaram em quais atividades extracurriculares já atuaram. Imagem: Reprodução/Retrato Acadêmico Administração UnB

 

Outra curiosidade identificada foi com qual eixo do curso o estudante mais se identifica. O eixo de maior adesão foi Estudos Organizacionais e Gestão de Pessoas (EOGP), escolhido por 67 estudantes, seguido do eixo Marketing, com 64 respostas. As opções também não eram excludentes.

 

O documento traz ainda entrevistas com sete professores, para identificar sua percepção em relação à estrutura e à colaboração no departamento. 

 

CONSTRUÇÃO COLETIVA – “O engajamento dos estudantes é uma característica da qual não abrimos mão”, ressalta Siegrid Guillaumon sobre a construção do relatório, que somou esforços de docentes e discentes.

 

Estudante do sétimo semestre de Administração, Luísa Boudens Rocha, de 21 anos, integrou a equipe do projeto. “Participo de muitos colegiados do curso e sempre vejo discussões, por exemplo, de qual eixo precisa de mais professores. Agora, o relatório pode embasar esse tipo de decisão”, aponta a jovem.

 

“Reunimos dados de quais eixos produzem mais, quais somam mais docentes. Com isso, também surgem novas perguntas: esse eixo produz mais por ter mais docentes ou o contrário? É um caminho para irmos aperfeiçoando nossas informações”, completa Luísa.

 

Yuri Odaguiri, 20 anos, orgulha-se de ter contribuído na iniciativa, que será perpetuada nos próximos anos. “Tive um retorno muito positivo quando mostrei para familiares e amigos. Utilizamos muitas fotos, isso deixou o documento com cara de retrato. As pessoas liam e falavam: ‘eu já passei por esse prédio’ ou ‘que legal que o Departamento produz tanto’”, conta o universitário, que atuou no design e na diagramação do documento.

 

Os jovens convidam os colegas do Departamento a acessarem o relatório para descobrir novas possibilidades na vida universitária. “Quando entrei no curso, não sabia que havia tantos caminhos a serem seguidos. Ao ter conhecimento dos eixos e da produtividade de cada um deles, os estudantes podem ter sua percepção sobre a graduação ampliada”, comenta Yuri.

 

Para o docente Diego Vieira, o documento contribui para elevar a percepção de qualidade que os estudantes têm do curso. “Ao conhecerem os dados da produção acadêmica, eles percebem que, de fato, estão num curso de excelência. Outra possibilidade é saber quais são os professores de cada eixo, bem como as disciplinas e os projetos de extensão”, pontua.

 

Para facilitar o acesso de toda a comunidade às informações do relatório, foram criadas contas do projeto (@retratoadm_unb) no Instagram e no Twitter. “Muitos estudantes ficam restritos à parte do ensino na Universidade e deixam de aproveitar a pesquisa e extensão. Deixamos o convite para que todos nos acompanhem por esse canais e possam se engajar no projeto”, compartilha Yuri.

 

A equipe deseja que a iniciativa inspire outras unidades a desenvolverem relatórios semelhantes, contribuindo para maior transparência e aproximação da Universidade com a sociedade.

 

OPORTUNIDADE – O impacto positivo da iniciativa resultou em sua aprovação como projeto de extensão permanente, com objetivo de gerar novos relatórios dos próximos anos.

 

Parte da equipe que atuará no próximo relatório já foi escolhida. Nova seleção está prevista para janeiro, para compor as vagas ainda não preenchidas. Estudantes de qualquer curso de graduação podem se inscrever. A oportunidade será divulgada nas redes sociais do projeto e no site do Departamento de Administração.

 

MAIS TRANSPARÊNCIA – Interessados em conhecer dados de toda a Universidade, podem acessar o Relatório de Autoavaliação Institucional da UnB. O documento relata e avalia as principais ações e projetos executados pela instituição, e reúne dados como a avaliação e o desempenho dos cursos, indicadores de diferentes ranking, além de informações obtidas na Consulta à Comunidade Acadêmica.

  

Realizada anualmente, a consulta acontece pela internet e pode ser respondida, em poucos minutos, por docentes, estudantes e técnicos, para avaliar a instituição em diversos aspectos. A pesquisa referente ao ano de 2020 está disponível até 31 de dezembro.

 

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ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.