INOVAÇÃO

Tecnologias de saúde devem permitir mais agilidade no atendimento aos usuários

O Projeto 3TS está depositando solicitação de registro de patente e o pedido de proteção de propriedade intelectual com titularidade da UnB e da Secretaria Municipal de Goiânia. Imagem: Reprodução

 

Grupo de pesquisa em engenharia biomédica da Faculdade UnB Gama (FGA) criou uma solução para melhorar o funcionamento do SUS tanto na perspectiva do usuário quanto da gestão pública. Coordenado pela professora Suélia Fleury Rosa, o projeto Desenvolvimento, Avaliação e Aplicação de Inovações para Uso no Ambiente do Sistema Único de Saúde (SUS) - Caso Modal 3TS é operacionalizado por meio de um convênio realizado entre a UnB, via Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).

 

Cerca de 22 pesquisadores, entre professores e discentes da UnB, e técnicos da SMS estão envolvidos no projeto. A proposta do grupo é fazer a integração entre a Secretaria e a UnB para desenvolver e produzir tecnologias em saúde que possam atender às necessidades dos usuários do SUS no município de Goiânia (GO).

Parte dos equipamentos utilizados pelo grupo de pesquisa. Foto: Arquivo pessoal

 

Em julho de 2019, a Secretaria Municipal solicitou ao grupo que desenvolvesse tecnologias capazes de qualificar e acelerar o atendimento aos usuários do SUS no município de Goiânia. "Nosso grupo promove conhecimentos, métodos e formação acadêmica em Engenharia Eletrônica, de Software, Políticas Públicas em Saúde entre outros", destaca Fleury.

 

O processo de pesquisa visa a interação entre os setores público e privado, para atender as necessidades em saúde da comunidade. O gerente de Tecnologia da Informação da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Elifrâncio Silva, destacou que o elo entre a Universidade e a secretaria de saúde foi essencial. “É uma inovação tecnológica que facilitará de forma considerável a vida do paciente e dos profissionais envolvidos", disse.

 

FERRAMENTAS – A parceria resultou no desenvolvimento de três produtos: o SoSUS, que é um sistema que irá permitir a melhor tomada de decisões dos gestores públicos para traçar estratégias de atendimento a acidentados; o SUS+, que é um cartão digital que reúne o histórico do paciente e permite que ele dê início ao seu atendimento em totens instalados nas unidades de saúde; e o ImunaSUS, cartão de vacina digital, com biometria que permite visualizar o histórico de vacinação e pendências. A tecnologia do cartão SUS+ e dos totens foi patenteada pela Universidade em parceria com a prefeitura de Goiânia.

 

Segundo a professora Suélia Fleury, o grupo de pesquisa de Engenharia Biomédica trabalha com a chamada Pesquisa Translacional em Saúde (PTS), que tem o objetivo de transformar os desenvolvimentos científicos da Universidade em produtos com características mercadológicas capazes de atender às necessidades de saúde da população. 

 

É importante destacar que o projeto será implementado com baixo custo dentro dos próximos meses. Os totens de autoatendimento, que foram desenvolvidos por Suélia, irão custar cerca de 4% do valor de mercado.

 

Valdivino Marcos de Oliveira, servidor da Gerência de Tecnologia da Informação da SMS, destacou que o objetivo das ferramentas é dar alguma independência aos pacientes. Ele acredita que a produção ficará mais barata, devido à escolha de componentes e de desenvolvimento de software feita pelos profissionais. 

Suélia destaca que os produtos são inéditos, e que seu grupo de pesquisa contribui para aplicação e formação de recursos humanos. Imagem: Reprodução

 

“Temos uma grande esperança de que todos os projetos sejam aplicados para o restante do Brasil, já que é um projeto inovador e que levará ganhos para toda comunidade", opina Oliveira.

 

O PROJETO – “A equipe da Secretaria de Saúde, na pessoa da professora Fátima Mrué, procurou universidades, incluindo a UnB, para apresentar três situações problema. Primeiro, o acompanhamento aos usuários do Sistema Único de Saúde; segundo, a questão da carteira de imunização; e, terceiro o SOS SUS, que é um sistema inteligente capaz de identificar acidentes”, destaca coordenadora do grupo de pesquisa, Suélia Fleury.

 

Resultados parciais já foram apresentados em dezembro para a secretária de Centros de Atenção Integrada à Saúde, Fátima Mrué. Entre eles, o desenvolvimento do cartão SUS para o usuário nos acessos ao sistema (92% realizados); a integração do cartão SUS para vacinas (95% realizados); e o desenvolvimento do sistema de imagens para atendimento do Samu (65% realizados). A entrega final está prevista para maio de 2021. 

 

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