INTERAÇÃO ACADÊMICA

O Promover oferecerá mais de 2 mil disciplinas remotas para alunos de universidades federais de todo o país. Inscrições vão até 12 de maio

Um dos objetivos do programa é proporcionar maior integração entre as instituições federais de ensino superior. Arte: Andifes

 

A UnB juntou-se a 11 universidades de todo o Brasil na adesão ao Programa de Mobilidade Virtual em Rede (Promover), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Além de incentivar o intercâmbio de estudantes da graduação por meio da oferta de disciplinas remotas nas instituições participantes, a iniciativa visa à interação acadêmica, a promoção de diferentes perspectivas de aprendizagem e a versatilidade na formação. A iniciativa está com inscrições abertas para universitários até 12 de maio.

 

>> Confira o edital na íntegra 

 

Serão ofertadas 2 mil disciplinas e 10 mil vagas para estudantes de universidades públicas das cinco regiões do Brasil. A UnB participará do programa oferecendo, no próximo semestre, 73 turmas de 66 disciplinas, o que totaliza 1.022 vagas. Para se inscrever, é necessário que os estudantes interessados estejam com matrícula ativa em uma das universidades que integram o programa e preencham um formulário eletrônico

 

Há possibilidade de cursar até três disciplinas do total disponibilizado no edital, desde que não seja da instituição de origem. O resultado final sairá no dia 22 de maio. O estudante classificado deverá aguardar o contato da universidade na qual participará da mobilidade, que enviará informações relativas à matrícula, acesso à plataforma virtual de aprendizagem e normas específicas da instituição.

 

Para auxiliar os discentes na inscrição, a Andifes elaborou um tutorial e disponibilizou um FAQ com perguntas frequentes sobre o programa.

 

MAIOR INTERAÇÃO – Em 2020, a Andifes propôs um debate sobre a possibilidade de instituir um sistema integrado em rede de instituições de ensino superior, baseado no ensino mediado por tecnologias da informação e da comunicação. À época, foi elaborado um projeto piloto, constituído por quatro instituições de ensino superior da rede pública federal, que formatou aquele que seria o embrião do Programa de Mobilidade Virtual em Rede. 

 

Nesta segunda edição, o número de participantes foi ampliado para 12 instituições e a expectativa é que alcance a totalidade de universidades vinculadas à Andifes até setembro, somando 69. Segundo a diretora de Acompanhamento e Integração Acadêmica do Decanato de Ensino de Graduação (Daia/DEG), Lígia Cantarino, entre as oportunidades oferecidas pelo Promover estão a ampliação dos horizontes de conhecimento, o favorecimento do intercâmbio entre instituições, o contato com diferentes realidades pelos estudantes e a possibilidade de cursar disciplinas que não estão sendo e/ou não são ofertadas pela universidade de origem do aluno.

 

"É uma oportunidade de os estudantes conhecerem instituições diversas, interagirem com docentes e discentes de forma interinstitucional, além da promoção de perspectivas novas, possibilidades de participação em atividades, projetos e pesquisas e o estreitamento e fortalecimento dos laços institucionais", afirma.

 

A UnB ingressou no programa devido à inovação da proposta, que irá beneficiar o corpo acadêmico com a interação ampliada entre as instituições federais de ensino superior (Ifes). "Sempre foi de interesse da UnB aderir a programas de interação acadêmica. A oferta de disciplinas excepcionalmente em caráter remoto nas universidades antecipou uma discussão que já vinha sendo feita no âmbito da Andifes, da possibilidade de colaboração efetiva na oferta de vagas sem o deslocamento físico dos estudantes", acrescenta a diretora da Daia.

 

"O momento é oportuno para essa colaboração, uma vez que todas as Ifes estão enfrentando dificuldades frente às adequações de ensino decorrentes da pandemia de covid-19. As instituições podem se ajudar mutuamente em prol do ensino superior no país", acredita.

 

PERSPECTIVAS – A decana de Extensão, Olgamir Amancia, explica que, a princípio, a mobilidade tem ocorrido apenas na área de ensino de graduação, por meio da oferta de disciplinas. "Estudos estão sendo feitos na área de extensão e pesquisa, para ver a possibilidade de promover também a mobilidade para estas dimensões. Entretanto, a condição de virtualidade tem exigido uma reflexão ampliada sobre essa possibilidade, de forma a manter a qualidade da educação desenvolvida", explicita.

 

Olgamir acrescenta que a mobilidade acadêmica sempre foi desejada pelas universidades, por entenderem esse caminho como uma possibilidade de ampliar o espectro do diálogo entre sujeitos e áreas de conhecimento distintas, o que potencializa e qualifica a aprendizagem. "Além desse impacto sobre os estudantes, também oportuniza a atuação interinstitucional, fortalecendo a rede de instituições federais e consolidando um sistema público de educação superior", aponta.

 

Segundo a decana, iniciativas como essa contribuem para que a UnB promova formação acadêmica diferenciada a seus estudantes. "Somos uma instituição que reafirma a interdisciplinaridade e interprofissionalidade como dimensões fundamentais da aprendizagem e que entende que outros espaços, para além dos 'muros' da própria universidade, podem apresentar formas inovadoras e diferenciadas de desenvolvimento do processo formativo, que agregam valor às atividades finalísticas da educação superior", finaliza.

 

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