DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Atividade nesta terça (8) abriu programação da Universidade para o mês da mulher. Ocasião também marcou entrega de proposta de política voltada ao tema

Mesa virtual de abertura do #8MUnB2022 debateu a importância da equidade de gênero. Imagem: Reprodução/UnBTV

 

Com diálogo sobre presença feminina, inclusão e equidade, teve início o #8MUnB2022, programação da Universidade de Brasília em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Realizada de forma virtual, com transmissão pelo canal da UnBTV no YouTube, a abertura, nesta terça-feira (8), ultrapassou a distância física e reafirmou o papel da mulher na sociedade.

 

Convidada da conferência inaugural, a professora emérita do Departamento de Antropologia Lia Zanotta abordou as Políticas de Gênero na UnB: trajetórias, desafios e perspectivas – UnB 60 anos. Durante o debate, a docente reforçou a necessidade de implementar ações para diminuir as desigualdades de gênero.

 

“Hoje as mulheres são maioria nas universidades, embora esse percentual ainda não desponte na entrada no mercado de trabalho de ensino superior. É o que chamamos de teto de vidro. A tão desejada heterogeneidade de espaço de gênero aumenta a necessidade da defesa de equidade de gênero”, explicou Lia Zanotta.

 

Na ocasião, a docente também lembrou marcos e datas históricas no combate à violência de gênero na UnB e a importância dos coletivos feministas da Universidade. “Precisamos estabelecer caminhos para que as mulheres consigam se formar sem sofrer danos psicológicos. As mulheres têm sido violentadas, assediadas moral e sexualmente. Isso parte do machismo e do poder de gênero que foram impostos por códigos civis penais, daí que temos um patriarcado sexista estrutural que intersecciona com racismo estrutural e expectativas sociais.”

A professora emérita Lia Zanotta relembrou a importância dos coletivos Ipê Rosa e Afetadas no combate ao machismo na Universidade. Imagem: Reprodução/UnBTV

 

POLÍTICA DE GÊNERO – Com participação da reitora da UnB, Márcia Abrahão, da reitora do Instituto Federal de Brasília (IFB), Luciana Massukado, e da representante da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília Maria Passos, a mesa que abriu o #8MUnB2022 simbolizou a reafirmação do compromisso da Universidade em promover a equidade de gênero.

 

À frente da UnB, Márcia Abrahão ressaltou a honra em participar do evento. Ela afirmou que existe uma grande responsabilidade em exercer um cargo de gestão e ser um exemplo para tantas outras mulheres que desejam conquistar espaços de poder em meio a uma sociedade patriarcal e machista.

 

“Precisamos conscientizar as meninas e mostrar que elas podem ocupar qualquer lugar, mas também é nosso papel buscar meios para que isso aconteça", defendeu. "Aqui na UnB, nós somos a maioria entre alunas e técnicas, mas somos 46% de docentes. Quando vamos aprofundar a análise, vemos que nos cursos de ciências exatas, não chegamos a 30%. Em termos de pesquisadoras do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], somos 30% de mulheres. Cada uma de nós e todas juntas somos responsáveis por conquistar as mudanças necessárias para que as novas gerações de mulheres alcancem seu espaço na sociedade.”

 

A atividade também teve presença da diretora da Diversidade (DIV), Susana Xavier, da coordenadora das Mulheres (Codim/DIV/DAC), Roberta Cantarela, e da mestranda em Política Social Débora Tupinikim Barros dos Santos.

 

Durante o evento foi entregue a proposta de resolução da Política de Enfrentamento à Violência de Gênero. O documento foi desenvolvido após a I Conferência de Combate à Violência de Gênero da Universidade de Brasília, em 2020. Após a validação, a ideia é apresentá-lo para outras universidades.

 

>> Confira os textos base que subsidiaram as propostas de Política de Combate a Violência de Gênero da UnB

 

PARTICIPE – Organizada pela Coordenação das Mulheres (Codim/DIV/DAC), a  programação do #8MUnB2022 vai até o dia 31 de março e integra atividades diversas, remotas e presenciais, norteadas pelo debate sobre a Política de Igualdade de Gênero na UnB. Os eventos são abertos para todo o público interno e externo à Universidade. Para participar, é necessário se inscrever pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa). A inscrição nas atividades garante créditos de extensão aos participantes.

 

Confira a abertura do #8MUnB2022:

 

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