A pandemia da Covid-19 e o isolamento social têm despertado práticas solidárias, movidas pelo sentimento de empatia aos mais vulneráveis à contaminação e pelo novo contexto socioeconômico. Para fortalecer esse movimento, o aplicativo UnB Solidária pretende integrar a comunidade acadêmica em uma rede voluntária para o atendimento aos moradores do Distrito Federal.
O UnB Solidária é elaborado pelo Laboratório de Tecnologias da Tomada de Decisão – Latitude (ENE/FT) e pelo Laboratório UnB Internet of Things – UIoT, vinculados aos programas de Pós-Graduação da Faculdade de Tecnologia (FT). O aplicativo é um dos 115 projetos aprovados pela primeira chamada pública realizada Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI), Decanato de Extensão (DEX) e pelo Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de combate à Covid-19 (Copei).
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Entre as funções do app, disponível na loja de aplicativos Play Store, o usuário poderá solicitar ajuda para realizar compras em supermercados e farmácias; passeio com animais e até consultas com médicos e psicólogos da Universidade, que poderão se cadastrar no sistema para auxiliar a comunidade. O sistema atua em contato com professores das Faculdades de Medicina e de Saúde com o uso de software para apoio à telessaúde. A oferta das ações de ajuda se dá nas regiões do Distrito Federal conforme a existência de voluntários nessas localidades.
SINTOMAS – Além das atividades do dia a dia, o app também abrange ajuda específica ao contexto da Covid-19. No aplicativo, o usuário poderá selecionar possíveis sintomas da doença e emitir alertas de emergências, quando houver insuficiência respiratória, por exemplo. A partir dos alertas, os voluntários poderão classificar a prioridade dos atendimentos. “Os cadastrados poderão informar quadros de hipertensão e relatar imunodeficiência precedente ou eventos de saúde que os coloquem em risco diante da pandemia”, detalha Rafael Timóteo, professor do Departamento de Engenharia Elétrica (ENE/UnB) e responsável pelo projeto.
A princípio, os serviços serão prestados apenas por membros da comunidade acadêmica. “Reduzimos riscos e garantimos a transparência, uma vez que todos os voluntários possuem matrícula vinculada à UnB, informadas durante o cadastro voluntário”, destaca Rafael Timóteo.
De acordo com o docente, o sistema se apropria de recursos tecnológicos para colocar a pesquisa científica à disposição da sociedade e, por consequência, atinge o progresso da formação acadêmica, ao capacitar estudantes e especialistas para situações adversas, como a crise atual.
“O desenvolvimento do aplicativo envolve inteligência artificial, internet das coisas e diversos sistemas funcionando em tempo real. São conhecimentos científicos aplicados como resposta imediata à sociedade”, comenta Timóteo.
Para implementar os serviços em amplo alcance e ininterruptamente, Rafael Timóteo ressalta a necessidade de investimento externo. "Agora, precisamos realmente fazer um pedido de apoio, pois estamos no limite dos recursos que o nosso laboratório pode colocar no projeto" expressa.
*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.
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