CIDADANIA

Grupo de trabalho reuniu-se presencialmente pela primeira vez, em setembro. A UnBTV esteve no município de Benjamin Constant (AM) para acompanhar 

A população Ticuna está espalhada em 47 aldeias localizadas em seis municípios do Alto Solimões, no Amazonas. Dos idiomas indígenas existentes no Brasil, o Ticuna é o que tem mais falantes. Imagem: Reprodução/UnBTV

 

Pesquisadores e docentes da Universidade de Brasília, em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH) e a Finatec, uniram-se para realizar a tradução do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Estatuto da Juventude para o idioma indígena Ticuna.

 

O intuito é facilitar o acesso da população indígena a direitos básicos. Segundo dados da Funai, a população Ticuna soma aproximadamente 60 mil pessoas. Além do Brasil, os Ticunas também estão no Peru e na Colômbia.

 

Entre os dias 11 e 15 de setembro, a UnBTV esteve no município de Benjamin Constant, no Amazonas. Lá, a equipe pôde acompanhar como está o andamento da iniciativa, que visa fabricar um glossário Ticuna-Português/Português-Ticuna.

 

“A ideia partiu da OEI e da Secretaria da Criança e do Adolescente do MDH. Então, lançou-se um edital nacional, mas só a UnB entrou com um projeto. Não é uma tradução feita por uma só pessoa, como um doutorando, um mestrando ou por dois indígenas. Não. Nós temos 13 colaboradores, inclusive jovens alunos da UnB”, explicou a coordenadora do projeto, professora Ana Suelly Arruda (IL/UnB).

 

>> Leia também: Projeto promove compreensão, tradução e difusão de direitos em aldeias Tikunas

 

Essa foi a primeira vez que o grupo formado por professores, linguistas e lideranças reuniu-se presencialmente. Eles debateram os termos que melhor traduzem o ECA e o Estatuto da Juventude, privilegiando as características socioculturais e a língua nativa do povo.

 

“Muitos pais não conseguem ler em português e muitas crianças têm dificuldades de interpretar informações no idioma. Essa é uma forma que a gente vai levar esse direito para eles. Enquanto o professor está lendo em Ticuna, vai facilitar bastante para elas”, destacou Myrian Pereira Vasques, tradutora e uma das integrantes do projeto.

 

Saiba mais sobre a visita na matéria da UnBTV:

 

Com informações da UnBTV.

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