Localizado em prédios históricos da Universidade de Brasília – projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer –, o Instituto de Artes (IdA) foi a unidade acadêmica visitada pela administração superior na última sexta-feira (29). Na ocasião, professores, técnicos e estudantes do instituto apresentaram as principais demandas à gestão da UnB e debateram sobre a importância da valorização da arte no contexto atual.
A diretora do IdA, Fátima Aparecida dos Santos, pediu reformas em edificações, entre elas, as que abrigam o curso de Artes Visuais e o Auditório da Música. “Também gostaríamos de pedir a ocupação de um dos módulos do subsolo do ICC Sul, para o curso de Teoria, Crítica e História da Arte, e a manutenção do Núcleo de Dança junto ao prédio onde está o Ceplan. A sala está completamente adaptada às nossas necessidades”, explicou.
Outro pedido foi a conclusão das obras no Teatro Helena Barcelos. “Do mesmo modo que os estudantes de Medicina precisam de um hospital para sua prática, nós precisamos de um teatro. Temos dificuldades para a apresentação de trabalhos ao final de cada semestre”, pontuou o professor Marcus Mota. “Temos espetáculos nossos levados para outros países, mas que não encontram espaço para serem apresentados aqui”, completou o docente Fernando Villar.
O estudante Arthus Okada, presidente do centro acadêmico de Música, também pediu atenção à questão do espaço físico. “Temos muita consciência de todas as dificuldades orçamentárias e de que, por isso, é preciso estabelecer prioridades. Como as artes aparecem nisso?”, questionou.
A reitora Márcia Abrahão lembrou que as obras e reformas mais robustas são discutidas pelos órgãos colegiados, responsáveis por elencar as prioridades. “A definição é feita nos conselhos. Não há, nesta gestão, decisão tomada entre quatro paredes”, frisou. Além disso, a realização de obras e reformas e a aquisição de equipamentos dependem de recursos de investimentos, que ainda não foram liberados pelo governo federal neste ano.
Ainda na reunião, a secretária de Infraestrutura, Helena Zanella, informou que o Núcleo de Dança poderá permanecer no local onde está. “Fizemos uma reunião com o pessoal do Ceplan [Centro de Planejamento Oscar Niemeyer] e decidimos por manter a sala no local”, relatou. A decisão foi comemorada pelos presentes na reunião.
SEGURANÇA – Outra demanda trazida pela comunidade do IdA diz respeito à segurança. Professores reclamaram da ausência de profissionais terceirizados em diversos dias. “É preciso averiguar o que houve, porque a Universidade está pagando pelo serviço de portaria e vigilância”, disse a decana de Administração, Maria Lucilia dos Santos.
A Prefeitura da UnB está elaborando uma lista com o quantitativo e os horários dos funcionários terceirizados. “Temos fiscais dos contratos, mas é importante que toda comunidade nos auxilie, para verificar se os serviços estão sendo feitos em conformidade”, destacou o prefeito, Valdeci Reis. Nos próximos dias, as informações serão enviadas às direções das unidades acadêmicas.
A reitora também esclareceu que a administração vem implementando mudanças substanciais na área de segurança, com retornos positivos nos indicadores medidos pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. “Criamos um comitê de segurança, presidido pelo vice-reitor, que discute e define as estratégias para essa área. Instalamos 350 câmeras de videomonitoramento nos campi, colocamos cadeiras nos estacionamentos e mudamos as rondas”, enumerou. “Mas tenho consciência de que muito precisa ser feito, pois estamos em um campus aberto, integrado à cidade.”
DIÁLOGO – O IdA foi a primeira unidade acadêmica a receber a visita da administração neste ano. A vinda dos gestores foi elogiada pelos presentes. “É a primeira vez que temos uma equipe da reitoria vindo nos ouvir. Não tinha ideia de que viriam representantes de todas as áreas”, comentou a professora Daniela Garrossini.
“Preciso deixar registrado o pronto atendimento que estamos tendo em relação às nossas solicitações”, disse a diretora do IdA, Fátima dos Santos. Ela também comemorou a mudança na distribuição orçamentária às unidades acadêmicas, aprovada pelo Conselho Universitário. “Este ano, vamos receber R$ 34 mil a mais do que ano passado. É bom ver nossa excelência reconhecida”, destacou.
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