CONTRA COVID-19

Hospital, que integra a rede da Secretaria de Saúde do DF, vem testando todos os colaboradores, inclusive os assintomáticos, conforme o grau de exposição ao risco de contágio

HUB ampliou o monitoramento da covid-19 entre os colaboradores no início de junho, com aplicação do teste rápido até mesmo para profissionais assintomáticos. Foto: Ascom/HUB

 

O Hospital Universitário de Brasília (HUB) intensificou as medidas de proteção aos cerca de 3 mil colaboradores da instituição diante da pandemia do novo coronavírus. O HUB – que, desde o início da crise, avalia funcionários com sintomas de covid-19 e realiza teste diagnóstico para os casos suspeitos – ampliou o monitoramento no início de junho, com aplicação do teste rápido até mesmo para profissionais assintomáticos.

 

Na primeira convocação, foram testados cerca de 300 funcionários de áreas com maior risco de exposição ao vírus: a Unidade de Manejo da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Usrag), setor que recebe pacientes graves de covid-19; os postos de triagem; a radiologia e Unidade de Processamento de Materiais Esterilizados. A segunda convocação, para 800 pessoas, está sendo feita nesta terça-feira (23) e uma terceira deve ocorrer nesta semana. 

 

"O objetivo é cuidar dos nossos profissionais para que eles não adoeçam. Mas, caso isso ocorra, também estamos preparados para dar todo o suporte para o imediato afastamento e um retorno seguro", explica a superintendente do Hospital, Elza Noronha, que também é docente da Faculdade de Medicina (FM/UnB). 

 

O HUB integra o Plano de Contingência da Secretaria de Saúde para o enfrentamento da pandemia no DF. A unidade abriu 12 leitos de cuidados intensivos e dez na enfermaria para atendimento a pacientes com a doença. Também ofereceu leitos de retaguarda para a Secretaria – ou seja, pode receber pessoas que precisem de internação, mas sem suspeita do novo coronavírus.

 

Outra medida para garantir a proteção dos colaboradores – entre profissionais da saúde e administrativos, funcionários de empresas terceirizadas, docentes, residentes, estudantes de graduação e voluntários – foi a implementação do projeto Vigilância Ativa, realizado em parceria com a Universidade de Brasília (UnB).

Desde março, o Hospital Universitário de Brasília implantou mais de 30 novos protocolos e fluxos sobre a atuação dos profissionais durante a pandemia. Foto: Ascom/HUB

 

Funcionários cadastrados no projeto respondem diariamente a um formulário sobre as medidas de prevenção adotadas no local de trabalho e se apresentam algum sintoma relacionado à covid-19. 

 

Ainda para garantir a proteção dos trabalhadores, a instituição reforçou o estoque e uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPIs) para os profissionais de saúde. "Recentemente, fomos avaliados pelo CRM [Conselho Regional de Medicina] e o Ministério Público do Trabalho a esse respeito. Esses órgãos atestaram que temos condições adequadas para o combate à covid-19 e às demais doenças", destaca a professora Elza.

 

CUIDADO – Eloína Pessoni, enfermeira supervisora da Usrag, conta que a rotina no setor é pesada. "Como a doença não tem tratamento específico, temos que acompanhar as instabilidades e a evolução do paciente mais de perto", relata. "As medidas adotadas pelo HUB são essenciais neste momento. Ter EPIs disponíveis, treinamentos e atualizações constantes e a testagem em massa são coisas que trouxeram mais segurança para a equipe".

 

Desde março, o Hospital implantou mais de 30 novos protocolos e fluxos sobre a atuação dos profissionais durante a pandemia. Também foram oferecidos cursos e treinamentos sobre prevenção e tratamento de casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus, todos baseados em recomendações de autoridades de saúde nacionais e internacionais. “A rotina é muito cansativa, mas me sinto cuidada pela instituição. Recebemos todos os EPIs necessários e a testagem em massa é mais uma forma de cuidado", opina a médica Adriana Gherardi, que também atua na Usrag.

 

PRECAUÇÃO – No início da pandemia, o HUB afastou todos os funcionários que fazem parte do grupo de risco. Também como medida de prevenção, o hospital adotou o esquema de rodízio e teletrabalho para os profissionais da área administrativa. A unidade monitora, ainda, a saúde de pacientes com outras doenças e de acompanhantes. Todos passam por postos de triagem, para verificar se aqueles que procuram a unidade por outros motivos apresentam também os sintomas de covid-19. Nos últimos 30 dias, foram triadas quase 20 mil pessoas, entre pacientes, acompanhantes e colaboradores.

 

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