A retomada progressiva das atividades presenciais na Universidade de Brasília (UnB) foi discutida com os diretores das unidades acadêmicas e dos centros, em reunião virtual, nesta quinta-feira (21). O encontro tratou da Instrução Normativa 90, do Ministério da Economia (ME), e de uma circular enviada pelo Ministério da Educação (MEC) às instituições de ensino superior. Os documentos orientam o retorno gradual às atividades presenciais e servirão para elaborar resolução sobre o tema, a ser apresentada ao Conselho de Administração (CAD) na próxima quinta-feira (28).

A orientação da UnB é que as unidades e os centros sigam as etapas de seus planos de contingência, aprovados em seus conselhos, e observem que estão aptos para retornar às atividades todos os servidores, estagiários e demais trabalhadores, com várias exceções. A IN 90 prevê a permanência em trabalho remoto de grupos de risco, por meio de autodeclaração. Estão nesse caso, por exemplo, tabagistas, obesos e pessoas com mais de 60 anos (veja a lista completa no artigo 4°). Ainda assim, aqueles que pertencem a um grupo de risco e desejam retornar ao trabalho presencial estarão autorizados desde que preencham autodeclaração.

“A UnB está preparada para retomar de forma tranquila e segura. Somos uma comunidade de aproximadamente 50 mil pessoas e precisamos continuar preservando vidas, como fizemos até agora. Não podemos desperdiçar todo o esforço que empenhamos”, afirmou a reitora Márcia Abrahão. Atividades como colação de grau e reuniões dos colegiados superiores continuarão remotas. “Daremos exemplo pela Administração Superior. Espero que os conselhos das unidades façam o mesmo.”

O vice-reitor da UnB, Enrique Huelva, presidente do Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (Ccar), responsável pelo elaboração do Plano Geral de Retomada das Atividades na UnB, informou que um guia de boas práticas individuais para a convivência coletiva será divulgado em breve. “Nosso retorno será gradual e seguro. Paulatinamente passaremos a ocupar os espaços. Os planos de contingência das unidades devem ser revisitados e poderão retornar à etapa anterior sempre que necessário”, disse.

A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, lembrou que todos estão elegíveis à volta ao presencial, exceto as categorias descritas na IN 90. Além disso, as unidades terão flexibilidade para adequar seus horários de trabalho, desde que cumpram a carga horária estabelecida. Poderão ser remanejados de ambiente de trabalho aqueles que estejam alocados em áreas ainda não recomendadas pelos planos, sem ventilação e sem o espaço adequado para o distanciamento, por exemplo.

“Somos uma instituição educadora que, com esforço coletivo, conseguirá superar os receios que temos. Teremos um aprendizado com relação a uma maior presencialidade dos estudantes no próximo ano. Sou otimista”, frisou a decana Denise Imbroisi.

O diretor da Faculdade de Medicina, Gustavo Romero, ressaltou que, para enfrentar a pandemia, a ferramenta mais importante é a vacinação, seguida pelo uso de máscaras e o distanciamento. “Estar vacinado é o gesto mínimo para que todos estejam seguros. Precisamos proteger, em primeira instância, aqueles que recusaram a vacinação. São essas pessoas que correm mais riscos e estão mais vulneráveis. Universidade tem sua autonomia, está pautada nas melhores evidências científicas e tem boas razões para discutir esse tema neste sentido”, disse Romero.

A Universidade deverá entregar aos órgãos de controle sua organização sobre a quantidade de trabalhadores em regime presencial e em regime remoto. As condições de infraestrutura tecnológica para o teletrabalho ainda estão em avaliação pelo Decanato de Gestão de Pessoas (DGP).

>> Veja o informe mais recente da Reitoria sobre a retomada de atividades presenciais na UnB