Ex-auditor-chefe da Universidade de Brasília (UnB) com quase 20 anos de experiência na administração pública, Abimael Costa é o novo decano de Administração. O professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Pública (Face) assume no lugar de Rozana Naves e estará no cargo nos próximos dois anos.
“Me coloco integralmente à disposição da comunidade universitária para prover todos os meios necessários ao alcance das metas previstas no PDI [Plano de Desenvolvimento Institucional] que foram indicadas por cada unidade administrativa e acadêmica da UnB. Assumir um cargo na alta administração da Universidade é uma oportunidade de contribuir e somar”, disse.
Em entrevista à Secretaria de Comunicação (Secom) da UnB, Abimael falou das principais metas e desafios da nova gestão e destacou a importância do diálogo com a comunidade acadêmica para o aperfeiçoamento dos serviços prestados. O Decanato de Administração (DAF) é responsável pelas compras e contratos necessários ao pleno funcionamento da Universidade.
Confira a entrevista:
O que precisa ser aprimorado e quais projetos seguem em curso?
A gestão da professora Márcia Abrahão [reitora da UnB] inovou no redesenho de fluxo de processos relativos a compras, licitações e contratos administrativos. Priorizar a gestão eficiente de contratos representa um ganho extremo na oferta de serviços. Já herdo essa boa prática na gestão de contratos. A Universidade também avançou no redesenho da fiscalização de contratos, que é fundamental para o alcance da qualidade dos serviços terceirizados.
Quais as principais metas da atual gestão?
Focar no planejamento de contratações dentro de um desenho de nova governança de contratos, ampliar o acompanhamento dos nossos contratos e utilizar novos instrumentos de contratação que possam ser uma alternativa quando houver algum impedimento administrativo ou legal. Agilidade e gerenciamento de riscos são minhas bandeiras. O foco é no planejamento das aquisições em fluxos sem gargalos que os demandantes nos ajudarão a detalhar. É comum no processo de compras haver questionamento de licitantes e órgãos de controle, mas as necessidades precisam ser atendidas dentro de um tempo razoável para a continuidade das atividades de ensino, pesquisa, etc. Se algo atrasar a compra, o DAF terá uma medida alternativa para atender o laboratório, o grupo de pesquisa ou a unidade acadêmica enquanto a dificuldade é superada.
Qual o maior desafio a ser enfrentado nesse período?
Hoje temos um novo desafio, que é uma nova legislação sobre licitações e contratos administrativos que vai mudar toda a dinâmica da administração pública. A nova legislação aprimora a Lei n. 8.666/93 e deve entrar em vigor em janeiro. Vamos aproveitar a oportunidade para utilizar as novas ferramentas que virão para redesenhar a governança de compras e aperfeiçoar a aquisição de bens e serviços dentro das especificidades da Universidade. Conhecer as potencialidades da nova legislação e promover a apropriação dos novos procedimentos e ferramentas pelo corpo técnico e pela comunidade universitária é o nosso maior desafio nesse momento.
Como sua experiência em auditoria pode ajudar no trabalho a ser realizado no DAF?
A Auditoria Interna da UnB tem colaborado bastante com os fluxos dentro do DAF porque auxilia nos pontos de controle e atenção, o que ajuda no diagnóstico. Durante o período em que estive à frente da Auditoria, conseguimos reduzir em 90% os questionamentos dos órgãos de controle ao nos colocarmos à disposição dos gestores da Universidade, muitas vezes antecipando problemas e ajudando a propor planos de ação.
O que a comunidade acadêmica pode esperar do DAF nos próximos dois anos?
Total disponibilidade em ofertar bens e serviços às unidades acadêmicas e administrativas, com o compromisso de modernização de fluxos e simplificação do processo de planejamento de compras, sem deixar nenhum aspecto estratégico para trás, ou seja, pensando o modelo de governança de aquisições e contratações de serviços em atendimento ao novo cenário de mudança de legislação ao mesmo tempo em que se amplia e se dinamiza a fiscalização contratual.
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