GESTÃO

Adequação à nova lei de licitações e contratos que entra em vigor no início do próximo ano está entre os principais desafios do mandato

Novo decano de Administração pretende dar prioridade ao planejamento de contratações, ao acompanhamento dos contratos e ao uso de mecanismos de contratações alternativos quando necessário, prezando pela agilidade. Foto: Anastácia Vaz/Secom UnB


Ex-auditor-chefe da Universidade de Brasília (UnB) com quase 20 anos de experiência na administração pública, Abimael Costa é o novo decano de Administração. O professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Pública (Face) assume no lugar de Rozana Naves e estará no cargo nos próximos dois anos.

“Me coloco integralmente à disposição da comunidade universitária para prover todos os meios necessários ao alcance das metas previstas no PDI [Plano de Desenvolvimento Institucional] que foram indicadas por cada unidade administrativa e acadêmica da UnB. Assumir um cargo na alta administração da Universidade é uma oportunidade de contribuir e somar”, disse.

Em entrevista à Secretaria de Comunicação (Secom) da UnB, Abimael falou das principais metas e desafios da nova gestão e destacou a importância do diálogo com a comunidade acadêmica para o aperfeiçoamento dos serviços prestados. O Decanato de Administração (DAF) é responsável pelas compras e contratos necessários ao pleno funcionamento da Universidade.

Confira a entrevista:

O que precisa ser aprimorado e quais projetos seguem em curso?
A gestão da professora Márcia Abrahão [reitora da UnB] inovou no redesenho de fluxo de processos relativos a compras, licitações e contratos administrativos. Priorizar a gestão eficiente de contratos representa um ganho extremo na oferta de serviços. Já herdo essa boa prática na gestão de contratos. A Universidade também avançou no redesenho da fiscalização de contratos, que é fundamental para o alcance da qualidade dos serviços terceirizados.

Quais as principais metas da atual gestão?
Focar no planejamento de contratações dentro de um desenho de nova governança de contratos, ampliar o acompanhamento dos nossos contratos e utilizar novos instrumentos de contratação que possam ser uma alternativa quando houver algum impedimento administrativo ou legal. Agilidade e gerenciamento de riscos são minhas bandeiras. O foco é no planejamento das aquisições em fluxos sem gargalos que os demandantes nos ajudarão a detalhar. É comum no processo de compras haver questionamento de licitantes e órgãos de controle, mas as necessidades precisam ser atendidas dentro de um tempo razoável para a continuidade das atividades de ensino, pesquisa, etc. Se algo atrasar a compra, o DAF terá uma medida alternativa para atender o laboratório, o grupo de pesquisa ou a unidade acadêmica enquanto a dificuldade é superada.

Qual o maior desafio a ser enfrentado nesse período?
Hoje temos um novo desafio, que é uma nova legislação sobre licitações e contratos administrativos que vai mudar toda a dinâmica da administração pública. A nova legislação aprimora a Lei n. 8.666/93 e deve entrar em vigor em janeiro. Vamos aproveitar a oportunidade para utilizar as novas ferramentas que virão para redesenhar a governança de compras e aperfeiçoar a aquisição de bens e serviços dentro das especificidades da Universidade. Conhecer as potencialidades da nova legislação e promover a apropriação dos novos procedimentos e ferramentas pelo corpo técnico e pela comunidade universitária é o nosso maior desafio nesse momento.

Como sua experiência em auditoria pode ajudar no trabalho a ser realizado no DAF?
A Auditoria Interna da UnB tem colaborado bastante com os fluxos dentro do DAF porque auxilia nos pontos de controle e atenção, o que ajuda no diagnóstico. Durante o período em que estive à frente da Auditoria, conseguimos reduzir em 90% os questionamentos dos órgãos de controle ao nos colocarmos à disposição dos gestores da Universidade, muitas vezes antecipando problemas e ajudando a propor planos de ação.

O que a comunidade acadêmica pode esperar do DAF nos próximos dois anos?
Total disponibilidade em ofertar bens e serviços às unidades acadêmicas e administrativas, com o compromisso de modernização de fluxos e simplificação do processo de planejamento de compras, sem deixar nenhum aspecto estratégico para trás, ou seja, pensando o modelo de governança de aquisições e contratações de serviços em atendimento ao novo cenário de mudança de legislação ao mesmo tempo em que se amplia e se dinamiza a fiscalização contratual.

 

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