DIREITOS HUMANOS

Documento afirma posição institucional quanto à importância de respeito e inclusão de pessoas idosas, além do combate ao etarismo

Aprovada na CDH, Política do Envelhecer Saudável, Participativo e Cidadão propõe fortalecer cultura de respeito, inclusão e valorização do idoso. Foto: Beto Monteiro/Ascom UnB


A Câmara de Direitos Humanos da UnB (CDH) aprovou por unanimidade, nesta sexta-feira (17), a Política do Envelhecer Saudável, Participativo e Cidadão. A intenção do documento é atender e adequar as necessidades de pessoas idosas na ótica dos direitos humanos, combater o etarismo, e, principalmente, preparar as gerações para o envelhecimento saudável, participativo, digno e cidadão.

De acordo com a presidente da comissão de elaboração do documento, professora Leides Moura, a política trará mais visibilidade para o tema, já que afirma uma posição institucional sobre a importância da pauta para a Universidade. “Nós estamos falando do grupo que mais cresce na nossa população. Com a criação da política, a UnB olha para a comunidade interna e externa, apontando ações, diretrizes e estratégias pra trabalhar a questão. A UnB é, historicamente, protagonista em acolher minorias sociais, e isso precisa ser mantido”, ressaltou Leides Moura.

Entre os objetivos da política está cultivar uma cultura de respeito e inclusão de pessoas de todas as idades por intermédio de projetos para a valorização de idosos, de seu conhecimento, memória e de sua contribuição para a Universidade; ampliar a participação de pessoas idosas como estudantes e como participantes de equipes de projetos de pesquisa e extensão; fomentar linhas de pesquisas e estudos na temática do envelhecimento e fortalecer a temática nos cursos e na oferta de disciplinas de graduação e pós-graduação.

"Os eixos da Política estão muito bem organizados e já apontam para o Plano de Desenvolvimento Institucional da UnB. A alma da política está bem descrita, mas precisa apenas ser dito como ela será implementada no organograma institucional", explicou a professora Elen Geraldes, que leu o parecer favorável à Política em nome da comissão composta ainda por Evelyn Toledo e Jacyara Leite, membros da CDH.

Em sua conclusão, o relatório reitera "a importância da PESPC em um cenário no qual a Universidade é convidada a contribuir para pensar o envelhecimento diante das profundas mudanças demográficas em andamento no país".

O documento foi elaborado no âmbito do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) antes de ser encaminhado à CDH. O decano Ileno Izídio afirma a necessidade de difundir conhecimentos e propor ações para essa população em constante crescimento. “As universidades devem assumir o compromisso de liderar essas ações. A UnB deverá debater essa realidade para contribuir com a população em processo de envelhecimento do ponto de vista saudável e promotor de saúde”, disse.

A política é apresentada em um cenário social de transição demográfica. No Distrito Federal, segundo dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), em 2030 haverá aproximadamente 565 mil pessoas idosas.

A iniciativa atua em consonância com a Década de Envelhecimento Saudável nas Américas (2021-2030) instituída pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) da Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é promover o desenvolvimento de ações que visem melhorar a vida de pessoas idosas, a partir da reunião de governos, sociedade civil, academia, mídia e setor privado.

GT – Desde 2020, a UnB contempla um grupo de trabalho, vinculado à Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu) do DAC, que discute questões específicas sobre envelhecimento saudável. O grupo foi criado como parte do projeto de construção da Política de Promoção da Saúde da UnB. A partir das ações organizadas nesse período, coordenadas por Leides Moura, o grupo tornou-se independente, articulando outras áreas e apoiando na construção da Política do Envelhecer Saudável, Participativo e Cidadão.

 

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