Após um 2022 repleto de conquistas, mas também de desafios para a Universidade de Brasília – sobretudo com os cortes orçamentários e ameaça de agravamento da pandemia –, 2023 se apresenta com perspectivas de mudanças e esperança por um futuro melhor. A administração superior da instituição inicia o ano com planejamento e metas definidas para promover ensino, pesquisa, extensão e gestão com ainda mais qualidade e excelência.
Em diálogo com o mote da nova campanha institucional da UnB, Futuro é agora, a reitora Márcia Abrahão prevê que, em 2023, a comunidade acadêmica terá a oportunidade de pensar sobre a UnB que quer para os próximos anos, com ações realizadas no presente e seguindo as metas previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). O documento é norteador do planejamento da Universidade e contempla os eixos, diretrizes e políticas para as áreas de ensino, pesquisa, extensão, inovação e gestão.
“Temos a oportunidade de refletir sobre a UnB e contribuir com o processo de construção de novos caminhos pautados nas metas do PDI e na missão institucional. Por meio desse planejamento, poderemos alcançar patamares cada vez mais altos em termos de excelência acadêmica e de gestão”, explica.
PERSPECTIVAS ACADÊMICAS — No âmbito do ensino, a previsão é mais positiva do que nos últimos anos, afinal, a Universidade voltará ao calendário acadêmico regular em março, superados os impactos mais imediatos das adaptações ocorridas durante a fase aguda da pandemia. “Esse cenário nos dará condições de investir em diversas iniciativas, não apenas para a recuperação dos prejuízos acumulados, mas especialmente no fomento à inovação nas práticas de ensino de graduação”, explica o decano de Ensino de Graduação, Diêgo Madureira.
PRIORIZAÇÃO DA CIÊNCIA — Fortalecer a excelência em pesquisa também é um dos focos da Universidade ao longo do ano. O Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI) pretende priorizar projetos estratégicos, como o fomento da produção científica de alto impacto por meio de editais de apoio, a consolidação da atuação dos coordenadores de pesquisa e inovação, o aprimoramento dos processos de coleta de dados de pesquisa e inovação e a consolidação dos laboratórios multiusuários na UnB. Também estão no horizonte a melhoria na execução e prestação de contas de projetos acadêmicos aprovados na Câmara de Projetos, Convênios, Contratos e Instrumentos Correlatos (Capro) e o avanço nos processos de transparência de informações sobre projetos acadêmicos executados na UnB e nas fundações de apoio.
“Temos, ainda, a intenção de criar e aprimorar normativos para apoiar ações de inovação na Universidade, explorando as possibilidades oferecidas pelo marco legal de inovação, em particular, e promovendo e disseminando a cultura de propriedade intelectual, transferência de tecnologia e empreendedorismo em palestras internas à UnB e eventos externos, como feiras e workshops”, compartilha a decana Maria Emília Walter.
ATENÇÃO À COMUNIDADE — Já o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) começa o ano com novas orientações de políticas nacionais que devem refletir em decisões internas, e com a perspectiva de consolidação das ações em andamento. “Cito como exemplo a regulamentação final da Política de Assistência Estudantil, que está em análise no CAD [Conselho de Administração], além da racionalização dos recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) para atendimento das demandas da assistência estudantil com base na avaliação de programas e ações”, projeta o decano do DAC, Ileno Izídio.
Também estão entre os planos instalar uma comissão comunitária de avaliação dos programas e ações do decanato, finalizar a Política de Promoção da Saúde da UnB, consolidar a comissão e a revisão das ações e diretrizes conceituais para acessibilidade na instituição, e retomar os programas de esporte e cultura interrompidos pela pandemia. Elenca-se, ainda, como propósitos instituir as diretrizes da alimentação saudável da comunidade acadêmica, tornar digital o acesso ao Restaurante Universitário (RU) e contribuir para o aperfeiçoamento das políticas de Direitos Humanos, aprovada no ano passado, e de Envelhecimento Saudável e Participativo.
MUDANÇA NOS CURRÍCULOS — O Decanato de Extensão (DEX) tem avançado nos últimos anos no processo de institucionalização da extensão universitária como dimensão acadêmica. Em 2022, foram realizadas 2.252 ações de extensão, entre eventos, cursos, projetos e programas. Este ano, a intenção é melhorar ainda mais os resultados na área. “Em 2023, esse número certamente será ampliado, pois uma das metas prioritárias é a consolidação da inserção curricular da extensão, assegurando que todos os cursos concluam a reformulação de seus Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs) e destinem pelo menos 10% da carga horária para atividades de extensão”, aposta a decana de Extensão, Olgamir Amancia.
Essa mudança visa garantir que estudantes ingressantes na Universidade a partir deste ano dediquem parte da trajetória acadêmica às atividades de extensão. Os discentes que já estão matriculados, por sua vez, não serão obrigados a seguir a nova regra.
Além da inserção curricular da extensão, válida a partir do próximo semestre letivo, o DEX tem como metas para o ano a consolidação do Programa Estratégico das Casas de Cultura – entre elas a Casa Niemeyer, a Casa da Cultura da América Latina (CAL) e o memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo) –; a ampliação e consolidação da rede de polos de extensão; a divulgação dos produtos resultantes das ações de extensão; e a revisão das carreiras docentes e técnicas para a inclusão da extensão nos processos de valorização e progressão funcional.
Outra prioridade é estruturar e ampliar os programas como a Semana Universitária e o Extensão e Comunicação em Rede, com o objetivo potencializar a visibilidade das ações da rede de projetos de extensão da Universidade de Brasília. Há previsão, ainda, de lançamento de editais de estímulo à participação em eventos nacionais e internacionais de extensão.
PLANO DIRETOR – Durante 2023, a Universidade também seguirá engajada na atualização do Plano Diretor de seu primeiro campus universitário. “O campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB) está completamente integrado à cidade, ocupando parte da Asa Norte. Pensado e concebido a partir dos princípios de democracia, conservação, inovação e sustentabilidade, o funcionamento pleno do espaço é de grande responsabilidade”, ressalta a reitora.
O processo de construção do Plano tem sido encabeçado por comissão instituída em 2021 por ato da Reitoria. O documento norteará as ações dos próximos anos em eixos como promoção da mobilidade, acessibilidade e sustentabilidade; preservação do patrimônio cultural, material e imaterial do campus; incentivo à interação entre as pessoas; e promoção da qualidade de vida no campus e na vizinhança. Para subsidiar o trabalho da equipe, uma consulta pública foi realizada em 2022 sobre a percepção dos frequentadores do campus em relação a questões como mobilidade, acessibilidade e paisagismo.
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