A Universidade de Brasília sediou a Oficina de Apresentação do Censo Demográfico de 2022, organizada pelo Departamento de Estatística do Instituto de Ciências Exatas. Durante o evento, nesta terça-feira (19), no auditório do Instituto de Química, foram apresentados os indicadores da coleta de informações, a plataforma geográfica digital, a pesquisa sobre o entorno dos domicílios, o recenseamento de quilombolas e indígenas, além de desafios e obstáculos enfrentados no levantamento de dados.
O diretor de Pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, destacou que houve muitas dificuldades para realizar o censo. “Estamos aqui agora para comemorar. Temos um trajeto bastante grande pela frente, inclusive para dar as respostas que a academia quer com os microdados e concluir definitivamente esse censo e já começar uma nova contagem de população.”
A reitora Márcia Abrahão reforçou a importância dos dados da população brasileira do ponto de vista acadêmico, mas também para o aprimoramento das políticas públicas. “Sabemos das críticas e das dificuldades enfrentadas pelo IBGE com o censo. Por isso é muito importante mostrar os dados e a metodologia para que não haja dúvida, na sociedade, da qualidade do trabalho do IBGE.”
O primeiro censo brasileiro foi feito em 1872. Desde 2010, o censo não era realizado no Brasil. Agora, a operação censitária envolveu mais de 180 mil entrevistadores, com o objetivo de mostrar o retrato atual da população brasileira. Todo o território brasileiro foi visitado – 5.570 municípios, mais de 90 milhões de domicílios –, com o recenseamento de 203 milhões de habitantes.
A professora do Departamento de Estatística Ana Maria Nogales, coordenadora do evento, disse que, ao conhecer mais da operação censitária, é possível perceber como foi elaborada e executada de maneira cuidadosa, com muito esforço da equipe técnica do IBGE e de seus entrevistadores. “O censo tem trazido o que somos, quem somos, onde estamos e também as nossas potencialidades, quantos seremos e como seremos. Então, a realização do censo 2022 é um marco. Nós estávamos ansiosos por esses dados.”
Para o decano de Pós-Graduação da UnB, Lucio Rennó, que acompanhou o trabalho do IBGE, o censo foi feito em situação muito adversa e a equipe do instituto foi bastante resiliente. “É importante que a gente ressalte a importância e o valor do IBGE para o Estado brasileiro, para as políticas públicas e para a academia. É muito oportuno que essa atividade esteja sendo realizada aqui na UnB porque somos grandes usuários dos dados do censo.”
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