REDUZIR E ECONOMIZAR

Universidade apresenta resultados inéditos, com ações alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU

"Mais do que o 'apague a luz' que fazemos em casa, no ambiente público devemos sempre ter em mente a ideia de redução de consumo de energia elétrica", ressalta o professor Pedro Zuchi, secretário da SeMA. Foto: Divulgação

 

Garantir uma atuação focada em práticas de sustentabilidade é objetivo da Universidade Brasília, reforçado no novo Plano Diretor de Logística Sustentável (PLS), que compreende os anos de 2023 a 2027. Atualmente, a instituição é modelo em sustentabilidade energética, com ações que garantem a economia de energia e consequente impacto positivo no meio ambiente.

 

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O esforço empenhado levou a UnB a ser reconhecida como a terceira universidade federal mais sustentável do país, em avaliação do QS World University Rankings: Sustentabilidade 2024, divulgada em dezembro de 2023. O estudo elenca as universidades de acordo com as ações tomadas para enfrentar os desafios globais. 

 

CONSTRUÇÃO DE RESULTADOS – Segundo o docente de Economia (ECO/FACE/UnB) Pedro Zuchi, chefe da Secretaria de Meio Ambiente da UnB (SeMA), os resultados obtidos decorrem do PLS anterior, proposto para 2018 a 2022. O documento previa metas para melhoria e redução do consumo de energia elétrica com ações em várias frentes, além de projetos para energia fotovoltaica.

As novas lâmpadas produzem mais luz com menos consumo de energia e têm uma vida útil de cerca de 100 mil horas. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

“Quando iniciamos o PLS, tínhamos um consumo de 25 milhões de kWh/ano. Em 2023, utilizamos 17 milhões de kWh/ano, um resultado que extrapola os ganhos gerados com a implantação das usinas fotovoltaicas, embora sejam as mais lembradas. Foram diversas ações que permitiram essa redução, como a substituição de lâmpadas e de motores de aparelhos”, aponta Zuchi.

 

Em dezembro de 2023, a instituição inaugurou a 16ª usina de energia solar, na Unidade de Laboratório de Ensino de Graduação da Faculdade de Ciências da Saúde (Uleg/FS). O parque fotovoltaico evita a emissão de cerca de 11 toneladas de CO² na atmosfera e possibilita a economia anual de R$ 1,8 milhão. Outra medida realizada, foi a substituição de lâmpadas e luminárias por novas com tecnologia LED, medida que gera economia de energia mensal de 48 MWh e R$ 36 mil.

 

A Faculdade UnB Gama (FGA) já é autossuficiente em geração e consumo de energia. O campi possui três usinas solares fotovoltaicas, e teve 3.476 lâmpadas comuns substituídas por tecnologia LED. As plantas fotovoltaicas irão gerar energia estimada em 29,8 MWh por ano, com economia prevista em R$ 423 mil para a Universidade.

 

O chefe da SeMA ressalta que a preocupação sobre consumo de energia deve ir além do peso no bolso. É importante considerar também o impacto ambiental. “Estamos falando de aquecimento global e de mudanças climáticas, da humanidade gradativamente mais dependente de energia elétrica e cada vez mais em busca de fontes alternativas”, sublinha.

 

“Temos de estar sempre atentos: não é porque conseguimos reduzir o consumo, que podemos ampliar os gastos de energia. Precisamos manter a conscientização da área técnica e da comunidade sobre a necessidade de permanecer reduzindo o consumo de energia elétrica”, alerta Zuchi.

 

FUTURO SUSTENTÁVEL – O PLS da Universidade está alinhado com as metas globais elencadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Exemplo é a previsão do Plano Diretor de reduzir 3% do consumo de energia elétrica da Universidade. Projeção que contempla o ODS 7, que visa “garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos”.

Simulação de como será o prédio do LabZero UnB, localizado próximo ao Parque Científico e Tecnológico. Arte: Divulgação.

 

“A grande meta é pensar a conservação da energia, ou seja, reduzir o consumo. Temos a previsão que diversos motores, como os de geladeira, ar-condicionado e outros equipamentos, sejam substituídos ao longo do tempo. Além do início da conscientização de toda a comunidade universitária quanto à necessidade de sempre usar de forma racional um recurso importante para a sociedade, e que também traz impactos ambientais”, explica Pedro Zuchi. As trocas incluem motores de maquinários de laboratório, por exemplo. 

 

Outra ação da UnB rumo à sustentabilidade se deu em dezembro de 2023, quando foi assinado contrato para a construção do LabZero UnB, primeiro edifício demonstrativo de balanço energético nulo de Brasília, que funcionará como um living lab (laboratório vivo). Uma concretização do ODS 11 que pretende “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”.

 

FUTURO SOMOS NÓS – O professor Pedro Zuchi dá sugestões para a comunidade universitária evitar o desperdício de energia nos campi. “A dica é estar atento para o uso racional dos equipamentos; evitar acionar iluminação elétrica quando em ambientes cuja iluminação natural seja suficiente; ajustar o ar-condicionado em temperatura razoável; desligar os eletrônicos quando sair; regular a temperatura dos aparelhos de refrigeração de acordo com o que está sendo armazenado: se há pouca coisa na geladeira, não precisa colocar no máximo da capacidade de gelar, pois isso força o consumo e é desnecessário”, exemplifica.

 

“São ações comuns presentes em todos os manuais de consumo de energia. E o mais importante é, ao adquirir qualquer equipamento, ponderar sobre aquele que tem o menor padrão de consumo. Isso é fundamental para que consigamos evoluir e manter essa redução de impacto ambiental”, completa.

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

 

*Matéria editada em 04/03/2024 para maior clareza das informações. 

 

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