O Plano de Logística Sustentável (PLS) para o período 2023 a 2027 está disponível para consulta pela comunidade acadêmica. Lançado em 2023, este é o segundo PLS da Universidade e o último elaborado antes de 2030, ano estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o cumprimento das metas ambientais acordadas entre os países.
Organizado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema/UnB), o documento estabelece diretrizes para adoção de práticas ambientais na instituição conforme legislação vigente no país. São nove eixos de atuação alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU. Gerenciamento de resíduos sólidos, qualidade de vida no trabalho e conservação da natureza são alguns deles.
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“Compras sustentáveis e gestão da água são desafios do novo PLS”, diz o secretário de Meio Ambiente Pedro Zuchi. “Todos os agentes de compras precisam ter essa percepção, inclusive as pessoas que formulam os termos de referência para compras sustentáveis”, destaca.
O ato de compra, lembra, é um momento de decisão no qual o servidor em cada unidade acadêmica ou administrativa deve avaliar o motivo da compra e como sua escolha pode impactar menos o meio ambiente. “Ao se adquirir algo, é importante considerar o custo do descarte”, cita.
A continuidade dos investimentos no reuso de água da chuva e de águas cinzas para irrigação de jardins e descarga em sanitários também está prevista no novo PLS. Repensar a forma como são edificados os espaços, com menos asfalto e mais áreas verdes, segue sendo um desafio, avalia o gestor.
AVANÇOS – Nos últimos anos, diversas ações ambientais foram realizadas na Universidade de Brasília, como implementação da coleta seletiva solidária, compostagem de resíduos verdes e construção de unidades para gerenciamento de resíduos perigosos.
Instalação de usinas solares, substituição de equipamentos e de lâmpadas comuns por LED, redução do consumo de papel e de copos descartáveis foram outras medidas tomadas de uma série em diferentes frentes.
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“O passivo florestal que nossas instalações geraram no Distrito Federal foi pago doze anos depois", destaca Pedro Zuchi. "Com os resultados, a comunidade passou a perceber que é possível avançar", conta.
Segundo a Sema, o PLS hoje é menos engessado, conta com avaliações mais objetivas e está mais focado nas metas que precisam ser atingidas, abrindo espaço para ações corretivas ou que não foram previstas inicialmente. Em certo ponto do processo de implantação da coleta seletiva solidária, por exemplo, investir na infraestrutura de coleta se mostrou mais urgente que investir mais recursos em campanhas de conscientização, lembra o gestor.
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“O plano será sempre atualizado com o surgimento de novas ideias, modelos e tecnologias, nunca chegando a ser um processo totalmente acabado”, observa o engenheiro florestal Rodrigo Magalhães, membro da comissão de acompanhamento e avaliação do PLS.
Os resultados mais recentes podem ser conferidos na última versão do documento disponível aqui na íntegra.