COMPROMISSO SOCIAL

Agora, eletroeletrônicos em desuso serão enviados para tratamento, remontagem e posterior distribuição para comunidades de baixa renda

A UnB identifica os equipamentos e os envia ao Ministério das Comunicações, que realiza a gestão das cooperativas que receberão os materiais. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

A Universidade de Brasília, por meio da sua Secretaria de Meio Ambiente (Sema), alterou a forma de descartar o lixo eletrônico que produz. As novas medidas se adequam ao que foi proposto pelo governo federal. Além disso, são um passo importante para a gestão de resíduos da UnB, um dos braços do Plano de Logística Sustentável (PLS).

 

>> UnB lança novo Plano de Logística Sustentável

 

Seguindo o recomendado pela Política Nacional de Desfazimento e Recondicionamento de Equipamentos Eletroeletrônicos (Lei nº 14.479/2022), computadores e outros aparelhos eletrônicos do setor público devem ser encaminhados para populações com menor acesso a essas tecnologias. Inserido na política está um programa do Ministério das Comunicações (MCom), o Computadores para Inclusão, do qual a UnB agora faz parte.

 

“Antes, fazíamos esse descarte por meio de leilões. A maioria dos equipamentos já possuía um certo nível de desgaste devido ao tempo de uso e, muitas vezes, o conserto já não compensava. A partir dessa legislação, os materiais são encaminhados para cooperativas que fazem tratamento. Depois, o que estiver em boas condições segue para populações que possuem menos acesso a aparelhos eletrônicos. Assim, conseguimos fazer a reutilização, sempre que possível”, explica o docente Pedro Zuchi, à frente da Secretaria de Meio Ambiente.

 

O MCom faz a ponte entre a Universidade e as cooperativas – os Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs) –, que são responsáveis por recolher o material. Nos CRCs, os dispositivos são desmontados e, quando possível, remontados em novos aparelhos funcionais. O que não se consegue aproveitar é descartado de forma ambientalmente correta. Os aparelhos em pleno funcionamento são enviados para escolas e outras instituições para pessoas com baixo acesso tecnológico.

 

“Entre as vantagens do novo modelo, estão o treinamento e a capacitação de pessoas para o recondicionamento desses equipamentos. Há também a inclusão de pessoas com acesso precário a esses dispositivos. E também a certeza do descarte correto desses materiais, evitando a contaminação da natureza com produtos perigosos. Essas recomendações foram aderidas por vários ministérios e outros órgãos federais”, completa Pedro Zuchi.

“Com a adesão a esse programa, temos a certeza do correto fim dos materiais produzidos por nós. É chave final da nossa ação de descarte correto de resíduos que produzimos”, explica Pedro Zuchi. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

CULTURA DO DESCARTE CORRETO – Segundo o MCom, desde a criação da política nacional, já foram mais de 38,8 mil computadores doados para 812 municípios brasileiros. Foram 156 cursos ofertados até o momento, e mais de 37,7 mil alunos capacitados para o mercado de trabalho. Os CRCs já destinaram mais de 844 mil equipamentos eletroeletrônicos, ultrapassando 3 mil toneladas de resíduos descartados de forma correta.

 

“Esse é o resultado do Brasil, e a UnB quer entrar nessa corrente. Esse é o último elemento na busca para trabalhar os resíduos produzidos em diversas categorias. Aqui nós trabalhamos com resíduo químico, biológico, comum e, agora, eletrônico. Estamos juntos construindo uma cultura do descarte correto”, ressalta o secretário do Meio Ambiente.

 

A meta é educar toda a comunidade sobre o fluxo correto de descarte. Tanto em relação ao lixo eletrônico patrimoniado (os equipamentos de propriedade da Universidade), quanto ao produzido de forma particular. Para isso, a UnB disponibiliza pontos de coleta de resíduos eletrônicos em todos os quatro campi, os chamados Pontos de Entrega Voluntária (PEV). Confira aqui o mais próximo.

 

>> Saiba onde ficam os Pontos de Entrega Voluntária (PEV) em cada campi

 

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