SUSTENTABILIDADE

Com o reforço, o parque fotovoltaico da UnB conta com 18 usinas, cuja capacidade de geração de energia mensal é de mais de 252 mil kWh, deixando de emitir mais de 153 toneladas de CO² na atmosfera, por ano

A inauguração da maior usina fotovoltaica da UnB reuniu a comunidade do IQ, prédio onde está instalada. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

A Universidade de Brasília inaugurou a maior usina de energia limpa entre os quatro campi, localizada no Instituto de Química (IQ), no campus Darcy Ribeiro, Asa Norte. A nova planta recebeu R$ 873 mil de investimento, provenientes de recursos próprios. Agora, o parque fotovoltaico da UnB passa a contar com 18 usinas fotovoltaicas. Toda essa estrutura gera mais de 252 mil kWh por mês e evita a emissão de mais de 153 toneladas de CO², por ano, na atmosfera. O evento ocorreu no dia 9, no IQ.

 

“É um momento de muita comemoração. A gente sabe das dificuldades que existem para fazer avançar no serviço público, desde a ideia até conseguir recursos, que estão cada vez mais escassos, e implementar. Mas nós fizemos a opção pela sustentabilidade ambiental da Universidade e por trabalhar em parceria com as unidades acadêmicas. Se a gente tem a expertise na Universidade de Brasília, por que não usar? Esse projeto é feito com os estudantes, que ficam motivados e veem a importância do trabalho deles ajudando a UnB”, destacou a reitora Márcia Abrahão.

 

Docente da Faculdade UnB Gama (FGA) e participante da elaboração e execução do projeto, Loana Velasco contou que a UnB, logo no início, em 2017, priorizou projetos de eficiência energética, buscando recursos junto à Companhia Energética de Brasília (CEB) e à Neoenergia. “Conseguimos mais de R$ 5 milhões ao longo dos anos para investimento nas instalações das nossas usinas e trocas de lâmpadas”, informou.

A reitora Márcia Abrahão destacou que, apesar dos sucessivos cortes orçamentários que a UnB sofreu nos últimos anos, a Universidade tem avançado nas ações de sustentabilidade. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

De acordo com Loana Velasco, a Universidade de Brasília é a única universidade federal cujos projetos de usinas fotovoltaicas são totalmente executados por estudantes, docentes e técnicos administrativos da instituição, diferentemente de outras, que contratam empresas para realizar os serviços. “A gente tem a obrigação de inovar e fazer pesquisa. Essas usinas são frutos desse trabalho que envolve toda a nossa comunidade, e que só é possível com o apoio da gestão”, complementou.

 

A usina do IQ tem potência instalada de 276,1 kWp (kilo-watt-pico) e 502 módulos fotovoltaicos. Somente com ela, a UnB tem uma expectativa de geração estimada de mais de 37 mil kWh e deixa de emitir 23 toneladas de CO² por ano.

 

O secretário de Infraestrutura da UnB, Augusto Dias, destacou o empenho da Universidade em incluir ações de sustentabilidade – como a instalação de usinas fotovoltaicas – nos Planos de Obras de 2021 e de 2023, este último aprovado em junho do ano passado no Conselho de Administração (CAD). “Essa continuidade demonstra uma postura e um compromisso muito claro da Universidade de Brasília com a agenda verde. Além disso, propicia meios para reduzir custos operacionais referentes à energia elétrica nos campi e uma oportunidade para empregar esses recursos nas atividades finalísticas da UnB”, avaliou.

 

O diretor do IQ, Marcos Juliano Prauchner, celebrou a conquista. “Quero agradecer a consideração que a UnB tem com o Instituto de Química. Nós temos, agora, a maior usina fotovoltaica da Universidade. É a concretização de um sonho”, disse.

 

O sistema de energia solar fotovoltaica atende às estratégias de eficiência energética incentivadas nas esferas federal e distrital e reflete o compromisso da Universidade com a redução de impactos ambientais. As ações são balizadas pelo Plano de Logística Sustentável, elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente (SeMA).

 

AUTOSSUFICIÊNCIA – A Faculdade UnB Gama foi o primeiro campus da Universidade a se tornar autossuficiente energeticamente. Hoje, é um espaço de energia positiva, ou seja, produz além do necessário para o consumo. Inaugurada em 2008, a unidade foi criada por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

 

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