Foi assinado o contrato para a finalização do último prédio que faltava passar por licitação na Universidade de Brasília. A obra de conclusão do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) e do Centro Internacional de Bioética e Humanidades (CIBH) será entregue em seis meses. A reitora Márcia Abrahão recebeu na quinta-feira (15) o secretário-executivo do Ministério da Saúde (MS), Swedenberger Barbosa, instituição que destinou R$ 2.560.879,56 para a conclusão da obra.
A reitora Márcia Abrahão agradeceu à parceria que, ao lado de outras, garante o término de mais uma obra da UnB. “Os últimos anos foram desafiadores para nós devido à redução orçamentária. Tivemos que readequar todas nossas atividades conforme os recursos disponíveis. Somos gratos por essa parceria, que torna possível a conclusão de mais uma obra de grande valor acadêmico para a Universidade de Brasília”, disse Márcia Abrahão.
O secretário-executivo do MS, Swedenberger Barbosa, lembrou dos percalços enfrentados pelo Ministério da Saúde, que nos últimos anos se tornou um “centro de negacionismo do país”. Mas a situação passou a ser revertida já no primeiro ano do atual governo, destacou o secretário-executivo. Ele contou que será feita uma força tarefa para retomar cerca de 5,5 mil obras paradas, vinculadas ao Ministério da Saúde.
“A gente traz de volta a democracia, traz um ambiente de humanidade, solidariedade e traz políticas públicas inclusivas, e compromisso com todas as esferas. A UnB tem nosso total apoio e respeito, e seguiremos nessa trilha de fazer um Brasil melhor, como na frase que sintetiza o lema do governo: união e reconstrução”, destacou Swedenberger Barbosa.
Para o diretor do Centro Internacional de Bioética e Humanidades (CIBH), Gabriele Cornelli, o novo prédio será um grande marco para a Bioética na UnB, assim como um novo momento para as humanidades. “Elas se refletem nos estudos sobre a saúde da mulher campesina, da contribuição dos saberes dos povos tradicionais, das reverberações epidêmicas e pandêmicas, das alterações climáticas e do uso de novas tecnologias digitais”, explicou.
O primeiro diretor do CIBH, Volnei Garrafa, destacou a interdisciplinaridade da bioética e falou do surgimento do Centro por meio dos programas de pós-graduação, que hoje comprovam a excelência da Universidade de Brasília. “Nos últimos anos, nós subimos de classificação nos cursos de pós-graduação, mais de 50% estão com notas cinco, seis e sete”, disse o professor emérito. Ele falou da necessidade de levar os estudos da área para a graduação, e elogiou a gestão do Centro de Desenvolvimento Sustentável, que possui nota máxima na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
AUTOSSUFICIÊNCIA ENERGÉTICA – O secretário de Infraestrutura (Infra), Augusto Dias, reconheceu a sensibilidade do MS em investir nas universidades públicas, e ressaltou a perseverança e o compromisso da gestão em concluir as obras inacabadas da UnB. “Essa foi a última obra licitada para ser concluída. Com esse projeto buscamos atualizar as normas de acessibilidade conforme indicam as prioridades do nosso Plano de Obras.”
Dentre elas, a autossuficiência energética também está incluída na reforma dos dois centros, onde serão instaladas placas de energia fotovoltaicas. “Em um a dois meses as placas serão inauguradas e mais uma vez vamos reafirmar o compromisso da nossa Universidade com a sustentabilidade. Assim como todas as obras que aprovamos, esta também segue as prioridades estabelecidas para atender às normas de acessibilidade e a geração de energia limpa”, comentou orgulhosa a reitora Márcia Abrahão.
SOBRE O CDS – Unidade que atende às principais atividades finalísticas universitárias de ensino, pesquisa e extensão, o Centro de Desenvolvimento Sustentável deu início aos debates sobre ética da sustentabilidade no curso de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento, ainda em 1996. Em 2009 esteve vinculado à criação do curso de graduação de Ciências Ambientais e no ano seguinte à criação do curso de mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais.
À frente da direção desde 2021, Fabiano Toni se sentiu orgulhoso pelo esforço de todas as equipes dos decanatos que viabilizou a parceria e a obtenção de recurso para a conclusão do prédio. “O compromisso dessa gestão com a Universidade garante não só a conclusão da obra, mas que nossa excelência seja fortalecida dia após dia.”