EXCELÊNCIA

Inep fez visitas in loco nas unidades acadêmicas para análise de evidências documentais e estruturais

Excelência de licenciaturas reflete comprometimento institucional na formação de profissionais. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Dezoito dos 24 cursos de graduação da Universidade de Brasília avaliados em 2024 conquistaram nota 5, a máxima nas avaliações externas conduzidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Os outros seis receberam nota 4. As menções ocorreram após a análise de informações detalhadas sobre os projetos pedagógicos dos cursos (PPCs), a infraestrutura e o corpo docente. O processo envolveu ainda visita in loco às unidades acadêmicas.  

 

NOVIDADE – As avaliações do Inep ocorrem para autorização, reconhecimento ou renovação do reconhecimento dos cursos pelo Ministério da Educação (MEC). Esta é a primeira vez, em 12 anos, em que se avalia cursos de licenciatura, antes apenas acompanhados pelos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, o Enade. Dos 24 cursos da UnB analisados este ano, 14 são licenciaturas. 

 

“É válido destacar que as visitas este ano tiveram um enorme foco nas licenciaturas. E o resultado aponta que as nossas têm alcançado papel essencial no fortalecimento do sistema educacional, já que formam os profissionais responsáveis por ensinar e inspirar novas gerações”, afirma o decano de Ensino de Graduação, Tiago de Souza. Ele classifica a avaliação do Inep como extremamente relevante para aferir a qualidade da oferta de ensino superior no país.

 

O decano diz que “os resultados obtidos pela UnB demonstram um desempenho acadêmico de excelência”, além de reforçar “a reputação da Universidade como referência em ensino superior no Brasil”. Segundo ele, as notas atribuídas em 2024 “refletem o comprometimento da instituição com a qualidade do ensino de graduação, com a estruturação dos PPCs, com a infraestrutura oferecida e com o corpo docente qualificado”.

 

RESULTADOS – “Significa muito para a Faculdade de Educação [FE] e, sobretudo, para os estudantes do curso, que agora recebem uma nota condizente com seu desempenho de excelência”, afirma Paulo Henrique de Felipe, coordenador do curso noturno de Pedagogia, que ascendeu da nota 4 para a 5. Ele celebra a pontuação em igual patamar ao curso diurno. “Representa uma conquista importante, pois equipara os cursos e reafirma a qualidade do noturno.” O coordenador agradece o apoio do Decanato de Ensino de Graduação (DEG) e diz que, apesar de causar sobrecargas de trabalho, o processo de avaliação teve resultado gratificante.

 

A coordenadora da licenciatura em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura, Juliana Dias, comemora a nota 5, atribuída também a outros três cursos do Instituto de Letras (IL) avaliados este ano. Ao relatar a complexidade das etapas da avaliação, a docente elogia o diálogo entre o DEG e as coordenações de cursos. “É uma tarefa hercúlea do coordenador, que pode contar com todo o aparato do DEG”, conta. “Quando chega o momento da visita in loco, a dedicação dos servidores do decanato é de cem por cento em comprometimento e competência.” 

Arte: Isabel Landim/Secom UnB

 

O desempenho global da UnB em 2024 pode melhorar. Três dos cursos avaliados com nota 4 entraram com recursos para reconsideração dos resultados. São eles: Artes Visuais, Computação (licenciatura noturno) e Medicina.

 

PROCESSO MINUCIOSO – O coordenador de Acompanhamento de Ensino de Graduação (Caeg/DEG), Danilo Pereira, explica que o processo de avaliação é estabelecido em três fases principais. As duas primeiras baseiam-se em preenchimento de formulários eletrônicos com detalhamentos de PPCs, matrizes curriculares, corpo docente e infraestrutura. Mesmo denominada in loco, a terceira etapa requer reuniões a distância com coordenadores, professores, técnicos e estudantes.

Projeto pedagógico, infraestrutura e bibliografia utilizada nos cursos estão entre as dimensões avaliadas. Foto: Murilo Abreu/Secom UnB

 

“O maior desafio [deste trabalho] é a comunicação”, afirma Pereira. “É necessário um alinhamento em todas as dimensões: Projeto Pedagógico do Curso (DEG), corpo docente (Núcleo Docente Estruturante, NDE), corpo discente, direção do curso, infraestrutura (Prefeitura da UnB, PRC) e bibliografia do curso (Biblioteca Central, BCE)”, explica. “Todos os agentes deste processo de avaliação precisam colaborar para que as visitas possam ocorrer de forma efetiva e eficaz.”  

 

A avaliação requer ainda a atuação de unidades como as coordenações Pedagógica (CP/DEG), que analisa os PPCs de toda a Universidade, e de Gestão de Atividades de Graduação (CGAT/DEG), que administra os dados dos projetos pedagógicos no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa). A Comissão Própria de Avaliação (CPA) também dialoga com os avaliadores do MEC para apresentar dados e indicadores internos.

 

Danilo Pereira explica que as coordenações de cursos se mobilizam em busca de resultados que demonstrem a excelência da formação oferecida. Ele destaca que o DEG atua na interlocução entre cursos e avaliadores externos. A unidade administrativa orienta a organização de documentos, realiza simulações de visita e reforça as informações sobre prazos e processos. “O nosso maior prazer e alegria é ver os cursos alcançarem nota 5 e refletirem o que o curso produz de bom e o que precisa melhorar continuamente”, afirma.

 

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