DISSEMINAÇÃO DA CIÊNCIA

Pesquisador estadunidense vem à Universidade em 26 de novembro, ministra palestra e se reúne com estudantes

Vencedor do Prêmio Nobel de Medicina em 2013 e Doutor Honoris Causa pela UnB, Randy Schekman ministra palestra em 26 de novembro, às 10h, na ADUnB. Arte: Secom UnB

 

A Universidade de Brasília recebe, em 26 de novembro, o cientista Randy Schekman, vencedor do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina 2013. Às 10h, o pesquisador ministrará palestra no Auditório da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), campus Darcy Ribeiro, Asa Norte. Essa é a primeira vez que Schekman, Doutor Honoris Causa pela UnB, vem à instituição. A cerimônia que marcou a entrega do título, em 2023, foi on-line.

 

“Espero estar presencialmente na UnB em breve para conversas mais aprofundadas e assuntos de interesse mútuo em biologia celular”, manifestou Schekman durante a cerimônia. Agora, o encontro tem data para se materializar. Na visita à UnB, o cientista abordará O papel dos genes, das células e da ciência básica nas descobertas e nas doenças em sua palestra. O evento é gratuito, aberto ao público e contará com tradução simultânea.

 

A vinda de Schekman faz parte do programa Nobel Prize Inspiration Initiative (NPII), parceria entre a biofarmacêutica global AstraZeneca e o Nobel Media, que leva premiados pelo Nobel para universidades e centros de pesquisas pelo mundo, a fim de inspirar e envolver jovens cientistas, a comunidade científica e o público.

 

“Partilhar a experiência de um laureado com Nobel é reverenciar a ciência e o conhecimento científico. Em uma sociedade civilizada, madura e socialmente justa, não há maior patrimônio que o conhecimento e a cultura”, lembrou o diretor da Faculdade de Ciências de Saúde (FS), Laudimar Oliveira, durante a outorga do título a Schekman, em 2023.

 

PESQUISA – Professor da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos (EUA), doutor em biologia celular e renomado pesquisador na área da biologia molecular, Randy Schekman recebeu o Nobel juntamente com James Rothman (EUA) e Thomas Südhof (Alemanha), em reconhecimento às descobertas científicas envolvendo transporte vesicular, um importante processo celular.

 

O entendimento do transporte vesicular foi importante para compreender melhor doenças como tétano e diabetes, entre outras, além de auxiliar no avanço da eficiência de diagnósticos de diversas doenças.

 

Randy Schekman descobriu um conjunto de genes importantes para o transporte vesicular. James Rothman destrinchou o “maquinário” de proteínas que permite às vesículas se fundirem com suas cargas, fazendo com que sejam transportadas. Thomas Südhof revelou como funcionam os sinais que instruem as vesículas a soltarem suas cargas com precisão.

 

“Esses estudos figuram hoje como fonte inesgotável de avanço para a ciência nas áreas de biologia e medicina”, observou a vice-diretora da FS, Solange Baraldi, na solenidade de outorga do título de Doutor Honoris Causa, em 2023. A Faculdade de Ciências de Saúde foi responsável pela proposta de outorga, aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni) em 2020.

Randy Schekman recebeu o Nobel em reconhecimento às descobertas científicas envolvendo transporte vesicular. Foto: AstraZeneca/Divulgação

 

PERFIL – Randy Schekman nasceu nos Estados Unidos, em 1948. É professor da Universidade da Califórnia desde 1976. O especialista em biologia celular venceu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2013, ao lado de James Rothman e Thomas Südhof, com o registro de mais de 17 mil pessoas on-line para a audiência de entrega do prêmio.

 

O trabalho do cientista revolucionou a compreensão sobre a forma como as células secretam suas proteínas para o exterior, sendo um dos pioneiros na identificação e caracterização dos genes responsáveis pela via de transporte vesicular, um mecanismo crucial para o tráfego intracelular de proteínas.

 

Suas descobertas levaram à identificação de diversos genes envolvidos nesse processo, conhecidos como genes de transporte vesicular, e lançaram as bases para o entendimento de doenças relacionadas a disfunções nessa via, como diabetes e distúrbios de coagulação.

 

Schekman também ajudou a fundar a revista de acesso livre e revisão aberta, eLife. Uma das publicações científicas mais respeitadas em todo o mundo, tem como objetivo acelerar o processo de publicação e tornar a ciência mais ampla e acessível.

 

Após perder a esposa para a doença de Parkinson, em 2017, o ganhador do Nobel foi convidado a liderar uma grande linha de pesquisa, alinhando a ciência básica com a doença.

 

O projeto conta atualmente com uma rede internacional de pesquisa colaborativa de 34 equipes, compreendendo 163 pesquisadores principais, em 80 instituições, de 14 países e mais de meio milhão de dólares investidos, para entender as origens e meios de progressão da doença.

 

SERVIÇO

Palestra O papel dos genes, das células e da ciência básica nas descobertas e nas doenças, com Randy Schekman
26 de novembro de 2024, às 10h, no Auditório da ADUnB, campus Darcy Ribeiro, Asa Norte
Gratuito e com tradução simultânea

 

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