GESTÃO 2016/2020

Diretora da Assessoria de Assuntos Internacionais, Sabine Gorovitz aponta o fortalecimento de políticas como meta para os próximos anos

 

Para abordar os desafios e as perspectivas de diferentes unidades acadêmicas e administrativas, a Secretaria de Comunicação entrevista gestores da Universidade de Brasília. A diretora da Assessoria de Assuntos Internacionais (INT), Sabine Gorovitz, almeja aproveitar todo potencial da UnB e consolidar redes de cooperação e acolhimento. 

 

Integrar setores e focar em políticas institucionais de internacionalização são objetivos da diretora Sabine Gorovitz (E) e da equipe técnica da INT. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

As principais áreas de ação da INT englobam projetos de interação entre UnB e instituições internacionais com foco no intercâmbio científico e cultural. Os instrumentos para fortalecer essas políticas passam pela formalização de cooperações, pelo fortalecimento de redes internacionais de pesquisa, pelo intercâmbio constante de estudantes e também pela capacitação do corpo de professores e técnicos.


Atuar nessas frentes e ampliar o acolhimento de alunos estrangeiros são os principais desafios colocados à Assessoria pela diretora Sabine Gorovitz e por sua equipe técnica. Graduada em Línguas Estrangeiras Aplicadas à Economia e Relações Internacionais pela Université Paul-Valéry, em Montpellier, a professora do Instituto de Letras é mestra em Comunicação pela Universidade de Brasília e doutora em Sociolinguística pela Université Paris Descartes, em Sorbonne. A sociolinguista também é pós-doutora pelo Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em Paris.


“Internacionalizar é abrir os ensinos, as portas das salas de aula, as redes de pesquisa. É acolher os alunos e professores estrangeiros, flexibilizar as equivalências de diploma, colocar os nossos intelectuais em contato com outros pesquisadores. Enfim, é aproveitar todo potencial gigantesco que a UnB tem." Confira a entrevista:


Quais os pontos fortes da INT e qual a importância da internacionalização para a Universidade?


Reforçar a internacionalização da UnB é uma orientação da atual gestão. Sabemos que isso é um projeto de qualquer instituição do porte da Universidade de Brasília para se ter um peso, de fato, no mundo. As redes de pesquisa e as redes acadêmicas são essenciais para inovação e para o aperfeiçoamento do conhecimento. Agora, é preciso traçar estratégias. O processo envolve questões políticas e depende das orientações do Ministério da Educação. Paralelamente ao cenário federal, cabe a nós definirmos as diretrizes que adotaremos e, por isso, estamos avaliando, listando conceitos e parâmetros, observando as experiências internas e externas.

 

Internacionalizar é consolidar redes reais de intercâmbio. Não adianta assinar um acordo se ele ficar na gaveta e não se materializar em associações de pesquisas, na criação de cursos comuns e na inovação coletiva. Outro ponto essencial é fazer com que a INT acolha, de fato, os estudantes estrangeiros e não seja apenas facilitadora de intercâmbios acadêmicos. Acolher no sentido humano é ir além da sala de aula, de dar o diploma ou de resolver questões formais.

 

As diferenças culturais e linguísticas são fronteiras difíceis de serem ultrapassadas, então, é preciso facilitar essa integração por meio de ações que insiram as pessoas na vida do campus e abram espaço para que elas se sintam em casa. Temos que criar políticas de motivação desses alunos, elaborar um programa de boas-vindas, organizar guias de localização, manuais de acessibilidade linguística, fortalecer parcerias com diversos setores e outros programas que existem na Universidade. Queremos auxiliar os estrangeiros em serviços periféricos, essenciais para o desenvolvimento acadêmico.


Quais seriam as áreas envolvidas nesse conjunto de ações?


Praticamente todas. Institutos, departamentos, setores de patrimônio, compras e assistência estudantil, os próprios decanatos de Ensino de Graduação; de Pós-Graduação e de Assuntos Comunitários. Idealmente, a grande conquista seria horizontalizar os procedimentos e criar conselhos com os representantes desses setores para discutir assuntos relacionados à internacionalização. O desafio é se capilarizar e conseguir alcançar os parceiros.


E quais são os outros desafios?


O primeiro é institucional, é dar voz à internacionalização. Permitir, por exemplo, participação e voto do setor nos conselhos. Para implementar instrumentos, a INT precisa mudar de estatuto e a gestão se mostrou aberta para pensarmos juntos em uma solução. Mapear ações, construir um banco de dados consistente, fazer análises estatísticas, elaborar ações de formação e divulgação, adotar políticas de comunicação, desenvolver mais eventos de vitrine, consolidar redes são outros desafios. Também é preciso criar uma estrutura de acompanhamento para alunos em situação de vulnerabilidade social e para os intercambistas em geral. Entra, ainda, nesse rol de prioridades, a ampliação e a adequação dos espaços físicos para receber delegações, embaixadores, reitores e professores do mundo inteiro.


Como medida a curto prazo, a INT já tem algum projeto em curso?


Estamos organizando, por exemplo, a 1ª Feira da Internacionalização, prevista para o final de agosto. Será um grande espaço para reunir as possibilidades de intercâmbio, com a participação de embaixadas, agências de fomento, associações nacionais e internacionais. Paralelamente aos estandes, queremos promover palestras, conferências e mesas com discussões teóricas – e práticas – sobre as políticas de internacionalização e as experiências de sucesso. Enfim, mostrar as oportunidades que alunos, professores e técnicos administrativos têm para viajar, para se qualificar e para explorar novos horizontes.


>> Saiba mais sobre os programas apoiados pela INT:


Acordos e Cotutelas


Intercâmbio


Programas Especiais (PEC-G e Marca)

 

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