A Universidade de Brasília está de portas abertas para crianças de cinco a dez anos que gostem de praticar esportes. O projeto Oficinas Esportivas – Esporte para crianças na UnB oferece, de 25 de abril a 25 julho, atividades gratuitas para este público nas modalidades basquetebol, futebol, voleibol, circo e formação psicomotora. As práticas ocorrerão às terças e quintas, das 14h às 16h, no Centro Olímpico, localizado no campus Darcy Ribeiro.
As inscrições vão até 25 de abril e devem ser realizadas presencialmente na sala do projeto, que fica no CO. É necessário ter em mãos os dados da criança e identificar os pais responsáveis no preenchimento da ficha de inscrição, assim como fornecer os contatos – endereço de e-mail e celular.
O projeto Oficinas Esportivas existe desde 1992 e tem oferecido à comunidade infantil a prática esportiva centrada no lúdico e voltada para o desenvolvimento de habilidades motoras e capacidades cognitivas.
Segundo Luiz Cezar dos Santos, professor da Faculdade de Educação Física (FEF) e coordenador das Oficinas Esportivas, a iniciativa, por meio da extensão universitária, permite que a Universidade produza e difunda conhecimento significativo para a comunidade .“Este projeto propicia às crianças uma riqueza de interações sociais e o contato com novas metodologias de ensino do esporte”, afirma.
“No projeto, trabalhamos com essa abordagem lúdica, buscando uma progressão das habilidades motoras e esportivas, valorizando também o desenvolvimento socioafetivo das crianças”, explica o professor.
Flávia Ilíada inscreveu os seus dois filhos, Janaína e Heitor, nas Oficinas Esportivas em 2019. Na época, eles tinham nove e cinco anos de idade, respectivamente. A mãe atesta a qualidade do projeto: “As Oficinas Esportivas foram uma experiência muito positiva para os meus filhos. Lá, havia várias modalidades que eram apresentadas de forma sistematizada, e isso possibilitou que eles conhecessem um pouco de diversos esportes, coletivos e individuais”.
Flávia relata que os professores e os responsáveis pelo projeto se mostravam atenciosos com as crianças, e que se sentia segura em deixar os filhos com eles. A realização do projeto na Universidade de Brasília também se mostrou como um ponto positivo.
“À época, nós morávamos no Tororó, então o projeto estar na UnB significava estar perto da região central e dos nossos locais de trabalho. Isso facilitou a nossa logística naquele período”, afirma.
FORMAÇÃO – O projeto também tem sido fundamental para a prática docente de estudantes do curso de Educação Física da UnB, por meio do estágio, e oportuniza o desenvolvimento de competências pedagógicas relacionadas à educação física infantil.
O professor da Faculdade de Educação Física André Reis era estudante de graduação quando o projeto surgiu, em 1992. Ele conta que desde aquela época a iniciativa de extensão oferecia estágio para os alunos, como uma forma de aplicar o que era estudado em sala de aula. “Era um laboratório de experiências pedagógicas para nós, e lá eu aprendi a dar aulas de Educação Física em um espaço de vivência prática”, relembra André.
Hoje aposentado, o docente afirma que aprendeu muito no período em que esteve no projeto, o que o ajudou em seu desempenho profissional e acadêmico. Além disso, acredita que a iniciativa aproxima a Universidade da sociedade. “Para mim, trata-se também de dar um retorno à comunidade externa de um serviço de qualidade que podemos oferecer”, diz.
Depois de graduado, André escreveu o livro Brincando de Capoeira: Recreação e lazer na escola, publicado em 1997 pela editora Valcy. “Eu não teria conseguido se não fosse pela experiência obtida neste espaço de correlação rica entre teoria e prática”, afirma o professor.
Juliana Castro foi outra estagiária do projeto nos anos 1990. Educadora física graduada na FEF e com pós-graduação em Desporto Adaptado pela UnB, Juliana deu aulas de sapateado, área com a qual trabalha até hoje. “A experiência [nas Oficinas Esportivas] foi tão rica para mim e para a comunidade que eu fiquei por 11 anos atuando com as crianças e os adolescentes”, diz Juliana.
Ela relata que tem alunas que praticam o sapateado até hoje, e, após 30 anos dedicados à dança, ela possui uma escola de ensino específico para o estilo. "Percebi que flexibilidade foi a minha maior habilidade desenvolvida. Tive que ser criativa para conquistar as crianças e transmitir a essência da arte que eu representava e difundia”, conta a educadora. “Tenho uma gratidão imensa por essa época.”
Acompanhe informações e novidades sobre o projeto no perfil no Instagram @oficinasesportivas.
*estagiário em Jornalismo na Secom/UnB.
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