DIVERSIDADE

A tarde de 25 de maio reuniu estudantes no campus Darcy Ribeiro para comemorar e prestigiar apresentações em homenagem à cultura africana

Estudantes reunidos e dançando no ICC Sul, em evento da Semana da África 2023. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Em 1972, o Dia da África foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde então, 25 de maio é dedicado a celebrações ao continente. Na Universidade de Brasília o dia foi de união e festa entre os estudantes, com uma programação definida para a tarde, o ICC Sul, no campus Darcy Ribeiro, tornou-se um espaço único de exaltação da cultura africana.

A partir das 12h já era possível ver a movimentação dos alunos para o início da tarde, o lugar contava com bandeiras dos países, balões coloridos que enfeitavam o palco e estandes que vendiam produtos de origem africana. O DJ Afrika animava o público com músicas do continente, para o desfile que logo ocorreria.

Vinte e um estudantes desfilaram sob aplauso do público. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB

 

Estudantes da UnB, desceram a rampa do Udefinho com trajes típicos de países africanos. Ao todo, nove foram representados no desfile. Os graduandos Daniel Dzanyikpor e Ivy Adu usaram roupas comuns de Gana, país de origem deles. Logo após, foi iniciada uma dinâmica para alunos brasileiros tentarem acertar o nome dos países retratados nas bandeiras espalhadas pelo ambiente.

A dança e a música guiaram o público até o final do evento. Os estudantes se reuniam ao centro e ensinavam coreografias com o convite sempre aberto para os espectadores participarem da festa e aprenderem um pouco sobre a cultura africana.

Estudante de Letras, Prince Smicer é do Gabão e durante as apresentações cantou a música de um artista da Nigéria. Ao falar da Semana da África, o estudante destacou como o período foi importante para ressaltar a cultura do continente.

Hosiane Bokokpevi contou que a Semana da África foi de festa para ela. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Quem acompanhou todas as exibições e participou da comemoração foi Hosiane Bokokpevi, que veio do Benin e estuda Relações Internacionais na UnB. A estudante contou como a Semana da África é também uma oportunidade para os alunos africanos conhecerem melhor a cultura de cada país do seu continente.

“Eu sou da África do Oeste e eu moro com alguém que é da África Central, e às vezes a gente tem choque de cultura em algumas coisas. E é muito interessante a gente aprender mais sobre a cultura dessas pessoas e não só entre a gente, mas também para os brasileiros, para os indígenas, qual é a nossa história também”, exemplificou a estudante.

Rogério Almeida, servidor técnico da Diretoria de Acompanhamento e Integração Acadêmica (Daia/DEG), organizou em conjunto aos estudantes africanos a Semana da África 2023. O servidor avaliou que este ano o público foi maior em comparação ao das outras edições, além de frisar como a interação e a reação das pessoas foi positiva.

Ousmanne Mbaye vende acessórios importados do Senegal. Foto: Luis Gustavo Prado / Secom UnB

 

Durante toda a semana, a Feira da África ficou exposta no corredor do Udefinho (ICC Sul), com produtos africanos. O costureiro, consultor de imagem e técnico em moda Ousmane Mbaye é do Senegal e estava com sua banca no ICC. O artesão confecciona bolsas e faz roupas sob medidas, além de vender acessórios do seu país. Ousmane possui uma loja física na Vila Planalto e frisa que a participação no evento é um apoio ao Dia da África.

A educadora popular Rosimar Muanda veio para a UnB com o estande Conexão África DF. Em seu espaço, ela vendia roupas com tecidos africanos. Rosimar falou que adapta o costume de não usar vestimentas típicas da África no Brasil e costura roupas com tecidos africanos. “E aí vem o nome Conexão África, da pessoa olhar e se identificar“, afirmou a artesã.

Maria Condjba Diama é da República Democrática do Congo e foi com a mãe vender os tecidos importados do seu país de origem. A artesã Maria Joana Mendes colocava à venda em sua banca acessórios e bonecas que produz.

Ao término do evento, o servidor Rogério Almeida contou esperar que o espaço aberto para a comemoração do Dia da África incentive a instituição a criar mais atividades voltadas ao intercâmbio cultural com os países africanos.

”A gente vê ações com outros países, mas com os africanos tem pouco. E foi importante para o público entender que existem danças e culturas diferentes em cada país. São 54 países representados e a gente fala em dança africana, mas aqui a gente pode ver que tem danças, cada país tem a sua dança típica, dança tradicional”, explicou.


*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

 

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