Segue até sexta-feira (26), a já tradicional Semana da África na Universidade de Brasília. Com o tema Novos olhares e saberes sobre uma África em movimento, esta é a quarta edição que acontece presencialmente e a primeira após a declaração da pandemia de covid-19. O objetivo do evento é promover o intercâmbio cultural e acadêmico entre o Brasil e países africanos.
A Semana é organizada pelos próprios estudantes, por meio da Associação de Estudantes Africanos (AEA) da UnB e da Associação de Estudantes do PEC-G (AEPEC-G) da UnB, em parceria com o Decanato de Ensino de Graduação (DEG). As atividades propostas englobam cardápio especial e temático do Restaurante Universitário (RU), palestras e momentos culturais.
“A alma da semana africana é a apresentação das inúmeras culturas que existem no nosso continente. Temos 54 países. Nenhum continente no mundo tem tantos países. E ainda existe muita desinformação”, conta Mirus Houefá Kiti, aluna da UnB e representante da AEA/UnB.
No dia 25 de maio, Dia da Libertação da África e da fundação da Organização da Unidade Africana, o destaque da programação será a Celebração do Dia da África que contará com desfile de roupas, apresentações culturais e musicais, como a do DJ Afrika. Será das 12h às 14h, na rampa do UDFinho, ICC Sul.
Na sexta-feira (26), os eventos em evidência são as oficinas de tranças e a de turbantes, que acontecem também na rampa do ICC Central Sul. Elas acontecem entre 12h e 14h, e é necessário se inscrever.
Além da Feira Africana, montada desde o primeiro dia no corredor do UDFinho, com estandes diversos vendendo artesanatos, acessórios e trajes que remetem à cultura africana.
ABERTURA – Na segunda-feira (22), a Semana foi oficialmente iniciada com uma mesa de abertura que contou com a presença da Secretária de Direitos Humanos da UnB, Débora Santos; do diretor de Acompanhamento e Integração Acadêmica (Daia) do DEG, professor Rafael Oliveira Rocha; do presidente da AEA/UnB, Samy Milambu; e da representante da AEA/UnB Mirus Houefá Kiti.
“É uma honra estar aqui, pois sou uma mulher afro-brasileira e a minha cultura está completamente ligada aos países africanos. Todos nós, negros brasileiros, temos um pouco de todos os países africanos. Infelizmente, devido à escravidão, mas isso faz com que a gente tenha uma ligação muito profunda nesse sentido”, disse a secretária Débora Santos.
Participou também da mesa de abertura o professor de Licenciatura em Educação do Campo (Ledoc), Djiby Mané. O docente preparou um artigo de opinião sobre a internacionalização da educação superior e a mobilidade estudantil dos estudantes africanos na Universidade de Brasília.
Trazendo um momento de reflexão e debate, após a mesa inicial, a cerimônia de abertura contou com a palestra do professor do Instituto de Ciência Política Aninho Irachande, com o tema Desafios da África hoje: do legado colonial às alternativas de desenvolvimento. O objetivo foi instigar e refletir sobre o que está acontecendo com os povos dos países que compõem a África hoje.
“É um desafio pensar na África a partir de uma visão não colonialista e tentar ver alternativas e a forma como os africanos estão construindo a sua caminhada. E é neste sentido que eu queria fazer essa minha apresentação”, introduziiu o professor, natural de Moçambique.
Continue participando da Semana da África 2023!
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