A Faculdade UnB Ceilândia (FCE) abriga um refúgio para os apaixonados por plantas e entusiastas pelas possibilidades de uso. O projeto de extensão Horto ensina aos estudantes sobre as ervas medicinais, aromáticas e condimentares.
“A proposta inicial do Horto foi criar um espaço didático para os alunos de Farmácia, que precisavam estudar sobre as plantas medicinais. Atualmente, o objetivo ainda é produção de matéria química para os estudos de fitoquímica, para que os alunos entendam sobre as espécies medicinais, tóxicas, as que são utilizadas no SUS e as espécies que podem se tornar medicamentos na indústria farmacêutica”, explica Paula Martins, professora responsável pela atividade.
Ao longo do semestre, 30 participantes têm a oportunidade de aprender a cultivar, colher, identificar e processar as ervas. Criada em 2011, a plantação ocupa atualmente uma área de 1.500 metros quadrados e aloja mais de 80 espécies, de 12 famílias diferentes. Os canteiros são organizados em grupos e finalidades e são realocados visando manter o solo nutritivo e as plantas saudáveis.
O plantio é organizado por sistemas, ou seja, dividido em conjuntos de acordo com o uso: as que são usadas para tratar o sistema digestório, as diuréticas, e assim por diante, conforme ilustra a docente Paula Martins. “É claro que nem sempre a gente consegue dessa forma, pois algumas plantas possuem mais necessidade de água ou luz, e isso também é respeitado. De uma maneira geral, trabalhamos com consórcios, plantas que alelopaticamente [influência que uma planta pode ter sobre outras via produção de compostos químicos liberados no ambiente] se estimulam em termos de crescimento e daí potencializam a produção das suas substâncias ativas.”
Todo esse planejamento é feito com auxílio dos extensionistas, cada um dentro da sua área de expertise e saber. Estudantes de todos os campi e cursos da UnB podem participar do Horto e contribuir com seus conhecimentos específicos. Brenda Meyrele, aluna de Enfermagem, compartilhou um pouco da experiência. “Fazemos a limpeza dos canteiros, produzimos a terra, realocamos as plantas e damos mudas para a população e os estudantes. Colocamos a mão na massa mesmo, desde peneirar a terra, a podar”, relata.
Confira mais detalhes do projeto na matéria da UnBTV: