A Universidade de Brasília, em parceria com o Hospital Universitário de Brasília (HUB), participa da terceira fase do estudo para testagem da vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac Biotech. Profissionais do HUB começam a aplicar as vacinas CoronaVac na quarta-feira (05) e quinta-feira (06).
Aplicada em duas doses intramusculares com intervalo de 14 dias, a vacina é uma grande promessa para a população mundial que já passa do quarto mês de pandemia.
O estudo, coordenado pelo Instituto Butatan, em São Paulo, encontra-se na fase 3. Isso significa que a vacina já foi testada quanto à segurança e eficácia em números menores de indivíduos. Nesta fase atual, o teste será feito em uma grande quantidade de pessoas e acontecerá da seguinte forma: metade dos voluntários receberá a vacina e metade, um placebo.
Para participar do estudo, é necessário ser profissional de saúde e trabalhar em serviços de referência para atendimento da covid-19 (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas).
O participante não pode ter desenvolvido a covid-19 e nem ser portador assintomático, antes de tomar a dose. Os voluntários serão acompanhados pelo período de um ano.
Esta semana, apenas dez pessoas receberão a vacina com o vírus inativado. Na semana que vem, o HUB vai receber cadastro de outros profissionais de saúde para serem voluntários do estudo.
“No dia da vacinação, serão feitos testes para verificar se os profissionais de saúde estão sadios e se não tiveram o novo coronavírus”, explica Dayde Mendonça, gerente de ensino e pesquisa do HUB.
Após os dez primeiros vacinados, poderão participar do estudo outros 842 profissionais de saúde, entre eles, trabalhadores de hospitais da rede de saúde do Distrito Federal. Será disponibilizada plataforma on-line para inscrição dos candidatos.
Depois de aplicadas as duas doses, os pacientes serão avaliados ao longo de um ano, com regularidade, para verificar se desenvolveram os anticorpos neutralizantes para o vírus.
Além do HUB, 12 centros do Brasil participam da pesquisa, entre eles: Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital das Clínicas da USP, Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
“A vacina é bastante promissora, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido até ser disponibilizada para a população. Além disso, o desenvolvimento da vacina não pode ser considerado motivo para a população relaxar na prevenção com o uso de máscaras, higienização das mãos, isolamento e distanciamento social”, recomenda Dayde.
O acompanhamento dos pacientes ao longo do ano permitirá que os pesquisadores verifiquem se a vacina gerou algum tipo de reação adversa, como dor de cabeça e febre. Se os resultados da aplicação da vacina forem bons, o estudo poderá até ser interrompido para iniciar a produção e comercialização do produto.
Segundo Dayde, embora o Sars-CoV2, que provoca a covid-19, seja um vírus novo, o fato de ser semelhante a outros como o Sars-CoV1, que já vinha sendo estudado, facilitou o desenvolvimento da vacina de maneira mais rápida. O estudo com a vacina foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Brasil, deverão ser testadas 9 mil pessoas.
Confira vídeo produzido pela UnBTV sobre o tema:
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