A espinha dorsal da pesquisa e da inovação na Universidade de Brasília consiste em produzir ciência e tecnologia para melhorar a vida das pessoas. A infraestrutura física dos quatro campi impressiona, com aproximadamente 900 laboratórios, núcleos e centros de apoio à pesquisa e às atividades tecnológicas.
As frentes de atuação priorizadas englobam ainda cerca de uma centena de projetos de empreendedorismo desenvolvidos nas empresas juniores e na Multincubadora de base tecnológica.
Só no ano de 2021, por exemplo, a Universidade teve mais de 900 alunos matriculados em disciplinas de graduação voltadas à criação, ao crescimento, ao fortalecimento, ao desenvolvimento ou à consolidação de negócios. Os dados constam em artigo da revista Darcy, assinado pela decana de Pesquisa e Inovação (DPI), Maria Emília Walter, e pela diretora de Pesquisa (Dirpe/DPI), Claudia Amorim.
No âmbito intelectual, a UnB alcançou a marca de 673 mil produções bibliográficas, técnicas e artísticas no período de 2011 a 2019. Segundo a gestora do DPI, a instituição continuará investindo em editais que apoiem estudantes, docentes e técnicos.
"A estratégia tem trazido resultados interessantes, como o aumento de citações divulgando o conhecimento que produzimos", aponta. O fomento institucional vem contemplando, nos últimos anos, publicações em livros e periódicos, participação em eventos, aquisição de softwares e equipamentos, dentre outros.
A decana também evidencia a ferramenta UnB Pesquisa, que traz os nomes dos pesquisadores vinculados à instituição e suas áreas de expertise, gerais e específicas. "A plataforma nos ajudará na estruturação mais sistemática dos dados de pesquisa", explica.
Maria Emília Walter completa as metas para os próximos anos com a perspectiva de aprimorar as relações entre a UnB e as fundações de apoio à pesquisa e à inovação e de implementar efetivamente a Política de Inovação da Universidade de Brasília, sobretudo no fortalecimento dos elos entre a produção de conhecimento e sua transformação em produtos relevantes e úteis para a sociedade.
>> Confira outros números da pesquisa na reportagem especial da revista Darcy
PÓS-GRADUAÇÃO – No Brasil, o ecossistema de pesquisa e inovação sustenta-se, em grande medida, pelos cursos de mestrado e doutorado ofertados pelas universidades públicas. De 2011 a 2020, a contribuição da UnB para o setor englobou a formação de 10 mil mestres e 5,2 mil doutores em 183 cursos de pós-graduação. Destaque para a presença feminina nos programas de pós, representando 54% dos egressos do mestrado e 52% do doutorado.
"A UnB é uma das grandes universidades brasileiras na área de pós-graduação. Temos mais de cem programas acadêmicos e profissionais, que vêm se aprimorando. E são muitos os que almejam, com muito potencial, o aumento de suas notas na avaliação Capes", comenta o decano de Pós-Graduação, Lúcio Rennó.
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O gestor acentua a importância da adoção de políticas afirmativas nos últimos anos, como a reserva de vagas para negros, indígenas e quilombolas, além da abertura de novos cursos e da ampliação das vagas para discentes.
Apesar dos cortes orçamentários experenciados desde 2016, a UnB concentrou a maior parte das bolsas de pós-graduação concedidas ao Centro-Oeste pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em dez anos, foram mais de 74,2 mil bolsas distribuídas à instituição do Distrito Federal.
"Nosso único caminho é o do crescimento com qualidade, por meio do apoio da gestão superior aos programas para que eles possam progredir, melhorar suas avaliações, qualificar seus gestores e técnicos, facilitar processos burocráticos e ampliar fontes de financiamento. Vamos ser ainda mais produtivos e competitivos", projeta Rennó.
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