UnB 60 ANOS

Levantamento estatístico confirma democratização no acesso e na permanência estudantil na Universidade

Série especial apresenta dados sobre ensino, pesquisa e extensão na UnB. Produção é parceria entre UnBNotícias e revista Darcy. Foto: Secom UnB | Arte: Francisco George Lopes/Secom UnB

 

Mais de 100 mil ingressantes e 45 mil formados em todas as áreas do conhecimento, representadas por 147 cursos ativos nos campi Darcy Ribeiro, Ceilândia, Gama e Planaltina. Os números são uma amostra da vocação da UnB na área do ensino: além de formar cidadãos qualificados profissionalmente e comprometidos com valores humanos, éticos e democráticos, atua para promover a inclusão social.

 

>> Leia a edição 27 da revista Darcy, comemorativa dos 60 anos da UnB

 

Um raio-x institucional comprova que, entre 2011 e 2020, a UnB inovou em seus processos seletivos e democratizou o acesso ao ensino superior no Distrito Federal. Destes 100 mil ingressantes na Universidade no período, 25% entraram por meio do Programa de Avaliação Seriada (PAS).

 

Implementado como alternativa ao processo seletivo tradicional, o PAS foi aprovado em 1995, com a aplicação das primeiras provas em 1996 e foco na valorização dos estudantes do ensino médio. Atualmente, metade das vagas de ingresso é reservada à iniciativa, que também visa à integração da UnB com as escolas do Distrito Federal.

 

Na divisão percentual por modalidade de ingresso, observa-se, ainda, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi responsável por 19% das vagas preenchidas e o vestibular continua sendo a forma mais comum de acesso à UnB, com 39%. Outros processos seletivos – como transferência facultativa e portador de diploma de curso superior – correspondem a 17% do total de ingressantes.

Dados sobre formas e sistemas de ingresso evidenciam inovação nos processos seletivos e promoção da inclusão social. Gráfico: Francisco George Lopes/Secom UnB

 

INCLUSÃO – O impacto do vanguardismo da UnB evidencia-se no perfil dos ingressantes, transformado pelas políticas de ação afirmativa adotadas. Considerando esse mesmo intervalo de dez anos, 21% dos novos estudantes entraram pelo sistema de cotas de escolas públicas e 18%, pelas cotas para pretos, pardos e indígenas.

 

O recorte sobre os egressos também aponta para maior inclusão étnica e racial na UnB na última década. Entre os 44,5 mil profissionais formados, cerca de 30% são pretos, pardos ou indígenas, enquanto 31% são brancos. Ressalta-se que não há informação sobre o perfil racial de 39% dos que colaram grau no período.

 

>> Confira a divisão de formados por curso e por sexo na reportagem da revista Darcy

 

“Quando o vento está a favor, a Universidade vai muito além, para surpresa da torcida adversária e dos mais céticos. Instituiu as cotas como parte do sonho de justiça social e foi além do Plano Piloto para estar perto de outras comunidades do Distrito Federal. Está entre as dez melhores federais brasileiras em praticamente todos os rankings nacionais e internacionais”, afirma a reitora Márcia Abrahão, em artigo publicado pela revista Darcy.

 

Sob outra perspectiva, a sistematização estatística aponta que pouco mais de 4% dos estudantes de graduação se declararam pretos, pardos ou indígenas em 2003, antes da adoção pioneira das cotas raciais nos sistemas de ingresso. Dez anos depois, em 2013, o índice alcançou 31%, sendo que os dados mais recentes indicam um percentual próximo à metade dos graduandos (48%).

 

Na divisão por sexo, a maioria absoluta (56%) dos egressos são mulheres, somando mais de 25,1 mil formadas. O número de homens que completaram seus cursos de graduação na UnB ultrapassa a casa dos 19,4 mil.

 

“A mudança de perfil de ingressantes e formandos na última década, com maior inclusão racial e predominância das mulheres, é resultado de esforços institucionais para tornar a Universidade mais plural e democrática. Esses esforços respondem a um forte anseio de enfrentamento das desigualdades sociais, por isso, esperamos que gerem também mudanças estruturais na sociedade brasileira”, salienta Diêgo Madureira, decano de Ensino de Graduação.

 

>> Leia relatos de quem transformou e foi transformado pela UnB

 

OUTROS DADOS – Em relação à oferta curricular, a UnB elevou o número de disciplinas ministradas. A quantidade de componentes para a graduação passou de 4,1 mil, em 2011, para mais de 5,1 mil no ano de 2019. O acréscimo corresponde a quase 23%. Em 2020, houve queda na oferta em decorrência da migração dos processos acadêmicos para o Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa), módulo mais moderno de gestão da vida estudantil e integrado a outras ferramentas implementadas pela Universidade.

 

Além disso, também houve impacto na oferta pela suspensão do calendário acadêmico devido à pandemia de covid-19. Situação que começa a ser normalizada com o retorno seguro e gradual das atividades nos espaços físicos da UnB e com a volta integral da presencialidade a partir do próximo semestre letivo, em junho.

 

Sobre o tema, a reitora Márcia Abrahão remete às palavras do antropólogo Darcy Ribeiro para exaltar o propósito da UnB de “plasmar mentalidades mais abertas, mais generosas e mais lúcidas”. No texto para a revista Darcy, a gestora afirma que a instituição se reforçou nas adversidades e se reinventou nos últimos dois anos.

 

“Primeiro, a pandemia nos deixou atônitos. Em seguida, nos trouxe à memória uma vida de superações. Colocamos a mão na massa para manter nosso tripé sobre os próprios pés. Ensino, pesquisa e extensão se juntaram a uma infinita criatividade a fim de mostrar à sociedade brasileira quem somos, o que fazemos, por que existimos, onde aplicamos as melhores energias, como devolvemos investimento e confiança à sociedade que nos sustenta”, reforça a gestora.

 

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